Em show no IMS-RJ, Monarco e Nelson Sargento revivem Polêmica, disco de 1956 que reúne desavenças musicais entre Noel Rosa e Wilson Batista

O Instituto Moreira Salles realiza no dia 11 de setembro (terça-feira), às 20h, o show Polêmica Noel Rosa x Wilson Batista por Monarco e Nelson Sargento, no qual os sambistas interpretam as nove músicas do LP de 1956 acompanhados de Paulão 7 Cordas (direção musical, arranjos e violão), Alessandro Cardozo (cavaquinho), Vitor Mota (flauta e sax) e Netinho Albuquerque (pandeiro). O jornalista João Máximo participa da apresentação contando a história do disco. Os ingressos estão à venda na recepção do IMS-RJ e custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). A venda de ingressos é limitada a dois por pessoa.

A briga musical entre Wilson Batista (1913-1968) e Noel Rosa (1910-1937) começou bem antes, em 1933, quando Wilson escreveu “Lenço no pescoço”, um samba exaltando a malandragem, o orgulho em ganhar a vida sem trabalhar. Noel Rosa, que não costumava provocar ou responder a alguém em suas letras, rebateu com “Rapaz folgado”, em que verso por verso replica a exaltação malandra de seu oponente.

Wilson soube do ataque de Noel no começo de 1934 e contra-atacou com “Mocinho da Vila”. O caso, pouco notado na ocasião, parecia ter ficado por ali, até que Noel escreveu “Feitiço da Vila”. Foi a chance de Wilson retomar a ofensiva com “Conversa fiada”, o que lhe custou o contragolpe “Palpite infeliz”, uma obra-prima. “Palpite infeliz” e “Feitiço da Vila” foram os dois sambas que chegaram ao grande público na época. Poucos sabiam da briga entre os dois. Wilson ainda acrescentou dois sambas ao fim da história, um comparando Noel a Frankenstein e outro sugerindo que os dois se tornassem, em vez de adversários, parceiros. A briga acabou quando em “Deixa de ser convencida”,  Noel escreveu nova letra para a melodia de “Terra de cego”, de autoria do adversário, agora parceiro.

O primeiro disco reunindo todas as provocações musicais foi lançado pela Odeon, em 1956, já a pós a morte de Noel Rosa, então coube a Francisco Egydio e Roberto Paiva, dois intérpretes de peso, gravarem as músicas. O disco fez grande sucesso e resgatou para o grande público as músicas que não tinham sido gravadas na ocasião.

Este é o quarto espetáculo de 2012 e o décimo da série Grandes discos da música brasileira, organizada pelo IMS, que desde outubro de 2010 já relembrou A arte negra de Wilson Moreira e Nei Lopes (1980); Monarco (1976); O Grande Circo Místico (1983); Acabou chorare (1972); Pobre Menina Rica (1964); Galos de briga (1976); Sidney Miller (1967), Descendo o morro (1958) e Jards Macalé (1972).

SERVIÇO
Polêmica Noel Rosa x Wilson Batista por Monarco e Nelson Sargento
Data: 11 de setembro de 2012, às 20h
Ingressos à venda na recepção do IMS-RJ
Preço: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) – venda de ingressos limitada a dois por pessoa
Telão externo para público excedente
Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500
www.ims.com.br

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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