Começa hoje (16/04) na cidade de Campinas, em comemoração ao Dia do Índio (19/04), uma programação muito especial de cinema que ocorrerá no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS). A mostra “Semana do Índio – Cineastas indígenas” promete trazer ao público presente diversos curtas-metragens que abordam esta temática, além de tentar resgatar a cultura e os costumes indígenas e aproximar, principalmente, as novas gerações dos mais antigos habitantes do Brasil.
A realização do projeto é de autoria do projeto Vídeo nas Aldeias, Ponto de Cultura Vídeo nas Aldeias e Programa Cultura Viva – MINC, a “Semana do Índio – Cineastas indígenas” tem curadoria de Célio Turino e ocorre de 16 a 19 de abril, com entrada gratuita.
Na programação serão exibidos 10 curtas-metragens que mostraram um pouco da riquíssima cultura de cinco povos diferentes. No ultimo dia da programação (19/04) após as ultimas seções haverá uma palestra, intitulada “Cineastas indígenas – os índios por eles mesmos”, com o historiador do MIS, Célio Turino.
16/abril – 19 h – HUNI KUI
Xinã Bena ( Novos Tempos) 2006 – 52 min
Sinopse: Dia- a- dia da aldeia Huni Kui de São Joaquim, no estado do Acre. Augustinho, Pajé patriarca da aldeia, sua mulher e seu sogro relembram o cativeiro nos seringais e festejam os novos tempos. Agora, com as terras demarcadas, eles podem ensinar suas tradições.
Huni Meka ( Os cantos do cipó ) 2006 – 25min
Sinopse: Uma conversa sobre cipó ( aiauasca) , “miração” e cantos. A partir de uma pesquisa do Professor Isaías Sales ibâ sobre os cantos do povo Huni Kui, os índios resolvem reunir os mais velhos para gravar um CD e publicar um livro.
17/abril – 19 h – ASHANINKA
Shomõtsi 2001 – 42 min
Sinopse: Crônica do cotidiano d Shomõtsi, um Ashaninka da aldeia Apiwtxa no rio Amônia, Acre, na fronteira do Brasil com o Peru. Professor e um dos cineastas da aldeia, Valdete retrata o seu rio, turrão e divertido.
A gente luta mas come fruta 2006 – 39 min
Sinopse: O manejo agroflorestal realizado pelos Ashaninka de Apiwtxa. No filme eles mostram seu trabalho para recuperar os recursos da sua reserva e repovoar seus rios e suas matas com espécies nativas; e também sua luta contra os madeireiros que invadem sua área na fronteira com o Peru.
18/abril – 19 h – XAVANTE
Wapté Mnhõnõ ( A iniciação do jovem Xavante ) – 1999 – 52 min
Sinopse: Wapté Mnhõnõ, o ritual de iniciação do guerreiro Xavante exige atenção de toda a aldeia, e paciência e disciplina dos meninos. No final, a furação de orelhas sacramenta a sua passagem para a vida adulta. Quatro cineastas Xavante e um Suyá realizam esta produção.
Wai’ã Rini ( O Poder do Sonho ) – 2001 – 48 min
Sinopse: A iniciação espiritual do jovem Xavante se dá na festa do Wai’ã. Depois de muitas provações os meninos desmaiam e sonham, entrando em contato com o mundo dos espíritos. O diretor Divino Tserewahú revela o que pode ser mostrado desta festa secreta dos homens.
19/abril – 19 h – PANARÁ
Kiarãsã Yõ sãty ( O amendoim da cutia ) – 2005 – 15 min
Sinopse: O cotidiano da aldeia Panará na colheita do amendoim, apresentado por um jovem professor, uma mulher pajé e o chefe da aldeia, numa mescla de tradição e modernidade.
Priara Jô ( Depois do ovo, a guerra ) – 2008 – 15 min
Sinopse: As crianças Panará apresentam seu universo e dia de brincadeiras na aldeia. O tempo da guerra acabou, mas ainda continua vivo no imaginário das crianças.
19/abril – 19 h – KUIKURO
Imbé Gikegü ( O Cheiro de pequi ) – 2006 – 36 min
Sinopse: Ligando o passado ao presente, os realizadores Kuikuro contam uma história de perigos e prazeres, de sexo e traição, onde homens e mulheres, beija-flores e jacarés constroem um mundo comum.
Nguné Elü ( O dia em que a lua menstruou ) – 2004 – 28 min
Sinopse: Durante uma oficina de vídeo na aldeia Kuikuro, no alto Xingu, ocorre um eclipse. De repente tudo muda. Os animas se transformam. O sangue pinga do céu como chuva. É preciso cantar e dançar.
Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS).
Palácio dos Azulejos.
Rua Regente Feijó, 859, Centro
(19) 3733-8800
Entrada: gratuita
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