O curta documental Luiza, de Caio Baú, é uma das produções brasileiras da lista de 32 filmes do Festival Assim Vivemos, que está no CCBB São Paulo entre os dias 20 de setembro e 1º de outubro. No dia 29 de setembro, às 17h o documentário será exibido ao público e, em seguida, às 18h15, o diretor e a personagem principal estarão no debate “Amor e relacionamento”. Com entrada gratuita, o evento tem realização do Centro Cultural do Banco do Brasil, patrocínio do Banco do Brasil e do Ministério da Cultura e produção da Lavoro Produções.
O documentário gira em torno de Luiza Baú, irmã do diretor, uma jovem de 24 anos que está descobrindo a sexualidade ao lado do namorado Fábio. Caio Baú conta que identificou um conflito na relação dela com o namorado e percebeu a importância de abordar o tema.
“Esse tema é um tabu quando a gente fala de deficiência. E eu quero trazer esse conflito para além das famílias que lidam diretamente com a deficiência, quero trazer para a sociedade através do espectador. Quando as pessoas assistem, começam a pensar mais a respeito e discutir o tema”, explica o diretor.
Segundo Caio, o fato de Luiza ser sua irmã facilitou o processo de elaboração do documentário: “O filme só teve essa potência porque eu conheço muito bem os personagens. Eu sabia como fazer para que minha família tocasse nos assuntos que eu queria que ela tocasse. No momento que eu assumi que esse documentário teria meu ponto de vista, eu roteirizei e saiu exatamente como planejei”.
“O filme só teve essa potência porque eu conheço muito bem os personagens. Eu sabia como fazer para que minha família tocasse nos assuntos que eu queria que ela tocasse. No momento que eu assumi que esse documentário teria meu ponto de vista, eu roteirizei e saiu exatamente como planejei”, conta.
Realizado a cada dois anos, o festival se mantém como o principal evento que celebra a inclusão cultural no Brasil. Ao primeiro, realizado em 2003 no Rio de Janeiro e em Brasília, seguiram-se edições inéditas em 2005, 2007, 2009, 2011, 2013 e 2015. Desde 2009, São Paulo também abriga o festival. Em 2010 e 2012, foram feitas itinerâncias em outras cidades, como Belo Horizonte, Porto Alegre, Pelotas e Santa Cruz do Sul, ampliando seu alcance e possibilitando que mais pessoas conhecessem o projeto e, através dos filmes, histórias de vida inspiradoras e altamente transformadoras. Comprometido com a promoção de acessibilidade para todos os públicos, o festival oferece audiodescrição em todas as sessões e catálogos em Braille para pessoas com deficiência visual; e legendas LSE nos filmes e interpretação em LIBRAS nos debates para as pessoas com deficiência auditiva. Os portadores de deficiência física também contam com garantia de acessibilidade, uma vez que o Centro Cultural Banco do Brasil tem sua arquitetura concebida para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes.
Sobre o Festival Assim Vivemos
Além de exibir filmes nacionais e internacionais inéditos, o festival tem o objetivo de promover uma discussão estética cinematográfica, que acrescenta muito na formação cultural de um público diversificado. Esse debate se articula com os temas dos filmes e traz à tona questões fundamentais e urgentes relativas às pessoas com deficiência. O festival exibe documentários, filmes de ficção e animações que formam um mosaico surpreendente e esclarecedor. Filmes que trazem a pessoa com deficiência para a cena principal e, através da arte, quebram os preconceitos, conferindo à questão outra dimensão. O festival teve sua primeira edição em 2003 no Rio de Janeiro e em Brasília. Desde a primeira edição, o festival oferece uma acessibilidade para pessoas com deficiência visual. A audiodescrição é feita por dois atores em todas as sessões e transmitida para fones de ouvidos disponibilizados para o público. Em todos os filmes são inseridas legendas closed caption, sistema que inclui informações extra-diálogos para o público de pessoas com deficiência auditiva. São distribuídos catálogos em Braille com informações e sinopses dos filmes para as pessoas com deficiência visual. E nos debates, há intérpretes de LIBRAS, para que as pessoas surdas também possam participar.