Tizuka Yamasaki dirige a estreia da semana no Canal Curta!: “Tomie”. O documentário que vai ao ar na Terça das Artes, dia 2, traz depoimentos de críticos como Paulo Herkenhoff, Agnaldo Farias e Miguel Chaia que falam sobre a artista plástica Tomie Ohtake e que relatam a maneira harmoniosa como sua vida e obra dialogaram ao longo dos anos. Japonesa naturalizada brasileira, a artista ganha a cena do longa com registros que mostram seu trabalho no ateliê, rabiscando e recortando papéis e até os almoços em família.
A Segunda da Música, dia 1º, é de Ícones do Jazz, com episódio sobre o multi-instrumentista Lionel Hampton. O concerto de uma hora traz atuações de grandes solistas do jazz como Andy McGhee, Art Hoyle, Billy Mackel, Lou Blackburn, Bobby Plater, Wilbert Hogan e Eddie Williams. O show apresenta músicas autorais de “Hamp”, como era conhecido, com muito blues e jazz.
Kleber Mendonça Filho é o diretor de “O Crítico”, que vai ao ar na Quarta do Cinema, dia 3. O documentário reúne reflexões de cineastas e críticos do Brasil, dos Estados Unidos e de vários países da Europa, registradas durante quase dez anos (de 1998 a 2007), sobre o mercado audiovisual e as críticas a que os profissionais do ramo estão expostos.
Ainda na quarta, o “A Vida É Curta!” traz uma seleção de filmes que dialogam com os Jogos Olímpicos e com o Rio de Janeiro. Abre a faixa “Contos da Maré”, que mostra como a favela se torna um cenário assustador quando se mistura o real e o ficcional dos contos de terror baseado em lendas urbanas. Na sequência, “Atrocidades Maravilhosas” retrata o Rio e os artistas que praticam intervenções urbanas. Para encerrar com chave de ouro, “Três no Tri” relembra a Copa de 70, quando Pelé fez um gol de virada e lançou a seleção brasileira rumo ao tricampeonato.
Na série Impressões do Mundo é a vez do episódio “James Holston e as Cidades”, que vai ao ar na Quinta do Pensamento, dia 4 de agosto. As ideias do antropólogo americano James Holston norteiam um debate sobre os problemas das grandes cidades, a partir de seu estudo sobre as grandes metrópoles do mundo, entre elas, Brasília. A cidade se tornou tema de seu livro “A Cidade Modernista: Uma Crítica de Brasília e Sua Utopia Modernista”.
A semana termina com chave de ouro com uma exibição na íntegra de “Quartier Latin – Maio de 68”, na Sexta da Sociedade, dia 5 de agosto. O longa traz registros dos protestos de maio de 68, na região do Quartier Latin, em Paris, feitos pelo diretor William Klein, a pedido dos alunos da Universidade Sorbonne. Trabalhadores, donas de casa, garçons, donos de loja, imigrantes, crianças, pensionistas, estudantes, homens e mulheres de todos os tipos e tendências políticas ganham voz nesse documentário.
SEGUNDA DA MÚSICA
Ícones do Jazz – Lionel Hampton (Documentário)
Concerto de uma hora de um dos mais amados bandleaders da história do jazz. Hamp, o irresistível rei dos artistas, toca vibrafone, bateria, piano, canta e dança, enquanto ele e sua lendária banda encantam esta audiência belga. Com atuações de grandes solistas do jazz, como Andy McGhee, Art Hoyle, Billy Mackel, Lou Blackburn, Bobby Plater, Wilbert Hogan e Eddie Williams, a Hampton Orchestra toca as misturas autorais de Hamp, com muito jump blues, jazz e rhythm’n blues, levando o público a um frenesi. Hamp fez de sua missão levar as alegrias da música americana ao resto do mundo e este é um registro de seu trabalho para as próximas gerações.
Diretores: David Peck, Phillip Galloway e Tom Gulotta
Duração: 50 min.
Exibição: 1 de agosto, segunda-feira, às 21h.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 2 de agosto, terça-feira, às 1h e às 15h;
Dia 3 de agosto, quarta-feira, às 9h;
Dia 7 de agosto, domingo, às 0h.
TERÇA DAS ARTES
Tomie (Documentário)
Ao reconhecer em Tomie Ohtake a personalidade que melhor incorporou a unidade cultural entre Brasil e Japão, Tizuka Yamasaki baseou a sua contribuição para os 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil, celebrado em 2008, produzindo o documentário “Tomie” sobre a artista. Por meio de entrevistas conduzidas pela cineasta, Tizuka traz depoimentos dos críticos Paulo Herkenhoff, Agnaldo Farias e Miguel Chaia, além de conversas informais sobre a vida pessoal e profissional de Tomie Ohtake. Ao captar momentos da artista trabalhando em seu ateliê, rabiscando, recortando papéis, pensando em mais um novo projeto, ao lado dos filhos Ruy e Ricardo, com a família nos almoços de domingo e com os amigos, a diretora evoca a natureza harmoniosa entre vida e obra, que acabou construindo a grande personalidade que é a Tomie.
Diretor: Tizuka Yamasaki
Duração: 34 min
Exibição: 2 de agosto, terça-feira, às 23h20.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 3 de agosto, quarta-feira, às 3h20 e às 17h20;
Dia 4 de agosto, quinta-feira, às 11h20;
Dia 6 de agosto, sábado, às 12h15.
QUARTA DE CINEMA
Em clima de Jogos Olímpicos, o “A Vida é Curta” dessa semana apresenta produções que dialogam com os Jogos Olímpicos e com o Rio de Janeiro
Entre torcidas e polêmicas, o “A Vida é Curta” exibe essa semana histórias que apresentam diferentes aspectos da cidade olímpica e a vocação brasileira pelo esporte, com os curtas “Contos da Maré”, “Atrocidades Maravilhosas” e “Três no Tri”. “Contos da Maré reune relatos e contos de moradores do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. A direção é de Douglas Soares, ex-morador do local. Já “Atrocidades Maravilhosas” traz um ato de intervenção estético-urbana em prol da liberdade de tomar, recriar e marcar a cidade do Rio de Janeiro. Finalizando, o curta “Três no Tri” revive a Copa do México, em 1970, quando Pelé fez o gol da virada contra a Tchecoslováquia, ajudando a seleção brasileira rumo ao tricampeonato.
Exibição: 3 de agosto, quarta-feira, às 20h
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 4 de agosto, quinta-feira, às 0h e às 14h
Dia 5 de agosto, sexta-feira, às 8h
Dia 6 de agosto, sábado, às 14h.
Critico (Documentário)
Crítico profissional de cinema e diretor de curtas, o documentário segue os questionamentos pessoais de quem está situado na indústria cultural tanto como cineasta, como também observador da arte e da indústria do audiovisual. Os registros começaram em 1998 e seguiram até 2007, ocorridos no Brasil, Estados Unidos e Europa, com cineastas e críticos do mundo inteiro. Trata-se de uma janela para uma arte cada vez mais julgada por mecanismos de mercado e que luta para permanecer humana tanto no fazer, como no observar.
Diretor: Kleber Mendonça Filho
Duração: 76 min
Exibição: 3 de agosto, quarta-feira, às 22h30.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 4 de agosto, quinta-feira, às 2h30 e às 16h30;
Dia 5 de agosto, sexta-feira, às 10h30;
Dia 6 de agosto, sábado, às 22h30.
QUINTA DO PENSAMENTO
James Houston e as Cidades (Documentário)
As crises das grandes cidades e o espaço da cidadania em um debate sobre as polêmicas e provocativas ideias do antropólogo estadunidense que estuda as experiências de várias metrópoles do mundo, incluído Brasília, esta como tema de um de seus livros, “A cidade Modernista: Uma Crítica de Brasília e sua Utopia Modernista”. A insurgência da cidadania como o principal foco de observação do escritor e antropólogo James Holston.
Diretor: Ronaldo Duque
Duração: 26 min
Exibição: 4 de agosto, quinta-feira, às 23h30.
Classificação: Livre
Horários alternativos:
Dia 5 de agosto, sexta-feira, às 3h30 e às 17h30;
Dia 6 de agosto, sábado, às 21h;
Dia 7 de agosto, domingo, às 9h.
SEXTA DA SOCIEDADE
Quartier Latin – Maio de 68 (Documentário)
Por um pedido de estudantes da Sorbonne, William Klein filmou eventos no Quartier Latin, em Paris. Esse material deveria ter sido usado como parte de um filme sobre Maio de 68, mas que, por inúmeras divergências, não foi finalizado na época. O filme é levado à população, estudantes, militantes, ativistas, pessoas que no dia a dia não têm quase contato umas com as outras e podem, de repente, se expressar. Foram ouvidos trabalhadores, donas de casa, garçons, donos de loja, imigrantes, crianças, pensionistas, yuppies insatisfeitos, chefes arrependidos, jovens homens e mulheres raivosos e de todos os tipos e tendências políticas, cujas discussões inflamadas espalharam-se por toda a cidade. Boas intenções, rumores, revelações, sonhos selvagens e discursos, análises incisivas e rebuscadas, reviravoltas dramáticas, intrigas, confissões, crises de consciência, psicodramas. Falas e mais falas delirantes.
Diretor: William Klein
Duração: 90 min
Exibição: 5 de agosto, sexta-feira, às 22h10.
Classificação: Livre.
Horários alternativos:
Dia 6 de agosto, sábado, às 2h10 e às 10h15;
Dia 7 de julho, domingo, às 15h30;
Dia 8 de agosto, segunda-feira, às 16h10.