Centro Cultural UFMG apresenta a exposição Trans

O CENTRO CULTURAL UFMG apresenta nos dias 4 de maio a 26 de junho de 2016 a exposição TRANS do artista visual Domingos Mazzilli, com curadoria de Rodrigo Vivas.

São 50 trabalhos realizados a partir de 2007, sendo 18 inéditos e recentes criados em 2016.

A exposição é constituída de objetos, fotografias, bordados, colagem e instalação que reverenciam a obra de Amílcar de Castro, Lygia Clark, Marcos Coelho Benjamim, Farnese de Andrade e Tarsila do Amaral. A mostra aborta questões de gênero, etnia, memória e promove diálogos com o tempo presente, além de possuir forte apelo, mesmo aos não iniciados na arte contemporânea, pela diversidade de materiais utilizados e familiaridade dos objetos expostos como bacias, penico, faqueiro e outros utensílios de uso doméstico.

“Gosto da pátina do tempo. Tenho uma admiração grande por artistas que produzem esculturas, objetos, colagens e assemblages e que também se submetem a ela como Joseph Cornell, Farnese de Andrade, Arman, Rebecca Horn, Bispo, Benjamim, Amílcar, Celso Renato, Louise Bourgeois, Meret Oppenheim, Duchamp, Dali além de outros surrealistas e dadaístas que agregam “estranhamento” ao tempo. Recentemente descobri uma artista americana maravilhosa – Aldwyth – que cria assemblages deslumbrantes.” Mazzilli

“Falo de um mundo que desaba, que está desmoronando, ruindo. Daí a nostalgia, a memória e certa saudade do paraíso perdido. Como Proust, ‘Em busca do tempo perdido’; Lúcio Cardoso, em ‘Crônica da casa assassinada’; Dalton Trevisan em ‘Os Sinos da Agonia’ e ‘O Risco do Bordado’; Bartolomeu Campos de Queirós em ‘Vermelho Amargo’. O meu trabalho é uma tentativa de paralisar o tempo, contabilizar perdas e dar um sentido a elas. Assim, faço arte. Se quiserem adjetivá-la, se isto for realmente imperioso, chamem-na de arte existencial.” Mazzilli

O curador e professor da EBA, UFMG, Rodrigo Vivas diz: “A exposição TRANS perpassa as relações fluidas entre as linguagens e as representações da arte contemporânea. O termo TRANS visa designar esse universo de contínua transformação dos suportes nos objetos, fotografias e performances. (…) Domingos Mazzilli dialoga, mas não se restringe a esse lugar. Artista inteligente que circula entre os espaços: de crítico, de historiador da arte, de curador. Congrega e dialoga com todas as referências do circuito e constrói com competência o próprio circuito. Um dos objetivos de uma curadoria é inaugurar o não visto, aproximar espaços e desconstruir lugares naturalizados. Esse foi o desafio da exposição. Produzir aproximações entre universos e principalmente demonstrar que Mazzilli possui uma obra que merece uma observação atenta para além do discurso!”

SERVIÇO
TRANS
Curadoria: Rodrigo Vivas
Abertura: 4 de maio – quarta-feira – 19h até 21:30h
Exposição: de 5 de maio a 26 de junho
Horário: Terças a sextas de 10 às 21h e Sábados e domingos de 10 às 18h
Centro Cultural UFMG
Local:
Galeria Aretuza Moura
Endereço: Avenida Santos Dumont, 174 – centro – Belo Horizonte/MG

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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