Crítica do filme Kung Fu Panda 3

O panda mais atrapalhado e divertido do cinema, Po, está de volta nas telonas mundiais com a animação Kung Fu Panda 3, mais nova aventura da Dreamworks que resgatada toda magia por traz da cultura e sabedoria oriental. Dessa vez, dragão guerreiro deve enfrentar duas imensamente épicas, mas diferentes ameaças: uma sobrenatural e outra um pouco mais perto de sua casa.

Sucesso mundial desde seu primeiro filme, que estreou em 2008 e que ganhou uma sequência em 2011, a franquia Kung Fu Panda sempre teve como um dos seus maiores méritos a facilidade em agradar tanto os mais jovens/crianças como também o público adulto. Neste terceiro filme não é diferente, se utilizando de elementos harmônicos em sua trama, a animação aborda temas bastante delicados mas que se tornam sutis devido a ambientação/cenários maravilhosos e claro seus carismáticos personagens.

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Conhecido por excelente trabalho na área da animação computadorizada, aonde criou diversas produções de sucessos arrebatadores ao redor do globo, como  franquia Shrek que arrecadou mais de US$ 3,5 bilhões nos cinemas, o estúdio da DreamWorks conseguiu melhorar o que já era bom. Para fechar a trilogia, os excelentes animadores do estúdio deram uma nova roupagem e traços mais realistas (tratamento visual), aonde o 3D consegue transmitir em diversos momentos um cenário maravilhoso e muito bem desenhado. Mas a melhor visual não fica apenas nos cenários, os personagens também receberam um “up” visual com destaque para o pai (panda) de Po, que em certos momentos podemos ver os pelos acidentados (envelhecidos) em todo seu corpo.

O roteiro do longa apresenta um história inspiradora que eleva a alma e apresenta todo um ensinamento da cultura chinesa de nos autoconhecer e equilibrar a nossa energia vital o “Chi”. Desta vez, Mestre Shifu tem como principal ensinamento fazer com que Po aprenda a técnica de dominação do Chi, uma espécie de “energia vital”. Porém, o atrapalhado panda acaba se desconcentrando com a chegada do pai de sangue, o panda Li, que o carrega para a vila secreta dos pandas – aguçando o ciúme do Sr Ping, o “pai” ganso de Po. Em paralelo, o poderoso touro Kai, O Coletor, um centenário inimigo do Mestre Oogway, reúne forças para voltar para o mundo dos vivos e tomar o que ele acha que é dele por direito. Caberá a Po e seus amigos impedir o maléfico plano do vilão.

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A dublagem brasileira conta com o retorno do ator Lúcio Mauro Filho, que faz a voz de Po, e que pela primeira vez contracena com seus filhos. Na animação as crianças fazem as vozes dos pandinhas da Vila. E ainda as vozes de Christian Figueiredo e da Jiang Pu, que fazem as vozes dos gansos. Para fechar com chave de ouro a franquia (terá um novo filme!?), a diretora Jennifer Yuh retorna à franquia de animação, após trabalhar em Kung Fu Panda 2 (2011), o que de certa forma ajuda consideravelmente o desfecho da jornada do nosso querido dragão guerreiro.

Kung Fu Panda 3 consegue se diferenciar de muitas outras sequências e franquias, que normalmente são conhecidas por perderem força a cada filme, se tornando massante e desnecessário. Nessa sequência o que vemos é o contrário, uma história que inicialmente se mostra um pouco previsível, mas que ao se desenrolar cresce e ganha uma roupagem mais madura, apresentando uma abordagem mais séria e densa, com um humor na medida. Uma das cenas mais tocantes e lindas da franquia, se desenvolve no desfecho final do filme aonde vale apena o público ficar atendo para captar toda mensagem.

Kung Fu Panda 3-Poster nacionalKung Fu Panda 3
Direção: Jennifer Yuh Nelson e Alessandro Carloni
Roteiro:
Jonathan Aibel e Glenn Berger
Gênero: Aventura | Animação
Distribuidora: Fox Filmes
Elenco vocal: Jack Black, Dustin Hoffman, Kate Hudson.
Estreia no Brasil em: 03 de Março de 2016

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Avaliação (7/10)

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