MIS abre Voltar ao lugar onde se foi feliz, última mostra do programa Nova Fotografia 2015

O MIS, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, inaugura, em dezembro, a sexta e última exposição do programa Nova Fotografia 2015:  Voltar ao lugar onde se foi feliz. A individual do paulista Guilherme Botelho é uma série de fotografias panorâmicas realizadas, entre 2010 e 2014, em diferentes países: Brasil, Quênia, Congo, Itália, França, Turquia, Espanha, Uruguai e EUA.

A relação entre o indivíduo e o entorno é o tema da mostra, em que o fotógrafo investiga a conexão do sujeito com lugares cotidianos, com a intenção de registrar as marcas da presença e da ausência e, ainda, de encontrar os tons do que existe entre a multidão e a solidão absoluta. O olhar sobre o espaço em que cada um habita, espaços de todos os dias, ou transitórios, de passagem, espaços de quase nunca. Essa diversidade de cenários corresponde à intenção do autor de transitar entre espaços urbanos, rurais, desérticos, litorâneos e paisagens de diferentes culturas, deixando ver a relação dos habitantes com o lugar, independente de latitude ou longitude, situação política ou econômica.

“Nessa investigação sobre a relação do indivíduo com o meio, era fundamental ressaltar o papel da paisagem, do entorno. Por essa razão, foi determinante para construção da narrativa a escolha do equipamento usado para fotografar: uma câmera Hasselblad Xpan”, comenta o fotógrafo. “O negativo de 24×65 mm e o uso de uma lente de 45mm possibilita uma extensão de ângulo panorâmico, dando ao espaço da fotografia o peso que o fotógrafo pretende. Finalmente, a grande angular tem a amplitude necessária para transmitir com precisão o silêncio e a poética visual presentes no entorno onde as fotos foram realizadas”.

Sobre o fotógrafo

Guilherme Botelho nasceu em São Paulo e passou a infância entre a Colômbia, Costa Rica e USA. Estudou fotografia em Miami, Florença e Barcelona onde viveu e fotografou suas ruelas, esquinas e habitantes por muitos anos. As memórias da infância, período em que viveu entre as diferentes realidades dos EUA e da América Latina, despepertaram o olhar e curiosidade sobre o indivíduo e a sua presença, indepente do lugar geográfico, da situação social ou entorno político. Em 2012 viajou pela primeira vez à África e desde então esse continente e os que nele vivem, vêm sendo objeto de suas fotografias enquanto é coperante da Organização Médicos Sem Fronteira.