CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS interpreta composições com temática religiosa e trechos operísticos na série LÍRICO SACRO

O Coral Lírico de Minas Gerais realiza mais uma edição da série Lírico Sacro. Serão interpretadas diversas composições da tradição religiosa judaico-cristã e, pela primeira vez, o público poderá ouvir a peça Ubi Caritas, de Maurice Duruflé. O programa conta também com obras de BachMozartPablo Casals e coros de conhecidas óperas. O repertório será dedicado às composições sacras nacionais, com obras de Heitor Villa-Lobos e padre José Maurício Nunes Garcia.

Segundo o maestro Lincoln Andrade, a aposta em canções com temática religiosa para compor o repertório é uma forma de evidenciar a versatilidade que tem marcado os concertos que o Coral Lírico realiza ao longo do ano. “É importante realizar apresentações como esta, porque nós mostramos a enorme versatilidade do Coral Lírico e garantimos que as pessoas conheçam diferentes e belas canções sacras”, disse.

Uma das formas de ampliar e diversificar o repertório do CLMG é apostar em composições inéditas ou poucas vezes interpretadas. Caso de Ubi Caritas, do compositor francês Maurice Duruflé. Composta em 1960, a peça faz parte de uma série que Duruflé criou sobre temas gregorianos. “Neste trabalho, Duruflé mostra o seu talento particular ao reunir elementos espirituais da melodia gregoriana num contexto polifônico”, destaca Lincoln Andrade.

A ópera e a música sacra – Não só tragédias, traições e amores inspiraram os enredos de óperas. Algumas delas possuem árias que revelam um forte tom religioso e, por esse motivo, o maestro Lincoln Andrade também selecionou coros de famosas composições operísticas para integrar o repertório do Lírico Sacro. O programa conta com o Coro dos Prisioneiros, da ópera Fidelio, de Beethoven; o Coro dos Peregrinos, de Tannhäuser, composta por Wagner; e Intermezzo, de Cavalleria Rusticana, da obra de Mascagni.

O regente explica que os coros selecionados possuem um contexto sacro muito marcante e que demonstram a capacidade dos compositores em inserir temas religiosos em suas obras. “Há todo um contexto religioso, mas não obrigatoriamente uma música sacra”, destaca o maestro. Para ele, “o universo do compositor é compor para o maio número de gêneros possíveis”. Assim como eles escrevem sinfonias, também podem escrever concertos, óperas, músicas sacras”, aponta.

Brasilidades sacras – O concerto também abre espaço para composições sacras da música nacional, com destaque para os trabalhos de Heitor Villa-Lobos e padre José Maurício Nunes Garcia. De Villa-Lobos, o CLMG interpreta duas obras sacras, de diferentes períodos do compositor: Ave Maria, de 1918; e Pater Noster, de 1950. Já do padre José Maurício, a obra selecionada foi Judas Mercator. De acordo com o maestro Lincoln Andrade, estas duas obras sintetizam a qualidade das composições sacras brasileiras.

“O Villa-Lobos escreveu muitas músicas sacras, em diferentes graus de dificuldades e os trabalhos são sempre surpreendentes. Já o José Maurício é o nosso grande músico sacro, o nosso patrono. Ele está para a música sacra assim como Carlos Gomes está para a ópera”, finaliza.

SERVIÇO
Série Lírico Sacro – Coral Lírico de Minas Gerais
Data: 27 de agosto
Local: Catedral da Boa Viagem
Endereço: Rua Sergipe, 175 Funcionários
Horário: 19h30
Entrada gratuita

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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