Exibido no “Festival É Tudo Verdade” filme A NAÇÃO QUE NÃO ESPEROU POR DEUS chega aos cinemas

A NAÇÃO QUE NÃO ESPEROU POR DEUS foi filmado no Mato Grosso do Sul, onde os cineastas Lucia Murat (QUASE DOIS IRMÃOS) e Rodrigo Hinrichsen mostram o impacto da chegada da eletricidade na região em paralelo aos impasses decorrentes de conflitos com pecuaristas, que invadiram parte de uma reserva. O novo filme da diretora, agora em parceria com Rodrigo Hinrichsen, chega aos cinemas brasileiros no dia 16 de julho.

Produtora, diretora e roteirista, Lucia Murat fala sobre o filme:

“As reuniões que filmamos entre os Kadiwéu e os pecuaristas sobre a questão das terras e que estão apresentadas no documentário são reveladoras não somente da situação atual, mas dos preconceitos que se acumularam na história da conquista. A singularidade do projeto está no fato de termos o material filmado em três momentos diferentes, ao longo de 17 anos. Com isso, podemos acompanhar a história da tribo durante um período de grande transformação, quando o contato com a sociedade branca se intensifica.”

Em 1999, durante as filmagens de “Brava Gente Brasileira”, Lucia Murat entrou em contato com os índios Kadiwéu. Desde então, a luz elétrica chegou à aldeia, e com ela a televisão. Cinco diferentes igrejas evangélicas se estabeleceram na reserva. Terras indígenas estão ameaçadas pela exploração pecuarista. Quinze anos depois, a diretora reencontra a Nação Que Não Esperou Por Deus.

Sobre Lucia Murat:

Seu primeiro longa-metragem, o semidocumentário Que bom Te Ver Viva (1988), estreou internacionalmente no Festival de Toronto e revelou uma cineasta dedicada a temas políticos e femininos. Entre muitos prêmios, o longa foi escolhido melhor filme do júri oficial, do júri popular e da crítica no Festival de Brasília de 1989. A preocupação política volta em Doces Poderes (1996), desta vez sob o ponto de vista do marketing das campanhas eleitorais. O filme estreou em 1997 no Festival de Sundance e, no mesmo ano, também foi exibido no Festival de Berlim. Em 2003 filmou Quase Dois Irmãos, que lhe rendeu inúmeros prêmios, entre eles os de melhor direção e melhor filme latino Americano pela Fipresci no Festival do Rio 2004, melhor filme no Primeiro Amazonas Film Festival e melhor filme no Festival de Mar Del Plata 2005. No Festival do Rio de 2005 estreou o documentário O Olhar Estrangeiro e, na edição de 2007, Maré, Nossa História de Amor, uma coprodução Brasil-França. Em 2008, Maré foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim. Em 2012, lançou Uma Longa Viagem – que mistura ficção e documentário, sobre sua juventude e a de seus dois irmãos na década de 1960. O filme foi o grande vencedor do Festival de Gramado, eleito pelo juri, público e crítica. Seu novo longa-metragem de ficção, A Memória Que Me Contam, uma coprodução Brasil-Chile-Argentina, foi eleito pela FIPRESCI como melhor filme do Festival Internacional de Moscou de 2013.

Sobre Rodrigo Hinrichsen:

Como diretor, roteirista e produtor, foi premiado com o longa documentário “Quebrando Tudo”, sobre o músico Hermeto Paschoal, e com o curta-metragem de ficção “Noite de Domingo”, em festivais como Gramado e Festival do Rio. Recentemente, foi diretor assistente da ficção “Infância”, de Domingos Oliveira. Está dirigindo no momento os documentários “A História Natural do Enigma” e “Só por Hoje” e prepara o seu primeiro longa de ficção, “Da Janela Vejo Copacabana”, em que assina o roteiro em parceria com José Joffily. Em televisão, dirigiu programas para o National Geographic, History Channel, Discovery, GNT, Canal Futura e TV Brasil. Em cinema, também foi assistente de direção em filmes como “Quase Dois Irmãos”, “Menino Maluquinho 2”, “Pequeno Dicionário Amoroso”, “Dois Perdidos Numa Noite Suja”, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *