‘Ela foi tragada pela própria labareda’, afirma Andréia Horta, intérprete de Elis Regina no cinema

Intensa. É assim que Andréia Horta descreve a icônica cantora brasileira Elis Regina, a quem dá vida nos cinemas a partir do dia 24 de novembro no filme ELIS, de Hugo Prata. No vídeo disponível logo abaixo, a protagonista deixa claro seu encantamento pelo legado da artista: “Ela tem voz das deusas do Olimpo, do fundo das águas, dos ventos. A voz dela é muito poderosa, traduz muitas energias fora do corpo humano”.

ZéCarlos Machado, que vive Romeu, ressalta que a música era a maneira que a cantora encontrava para se expressar politicamente: “Ela somatizava todos os conflitos, os paradoxos, as alegrias, as esperanças desse país através da sua voz, através da sua alma”. “Ela era um diamante”, completa o diretor Hugo Prata.

O longa é uma produção da Bravura Cinematográfica, com distribuição da Downtown Filmes e Paris Filmes e coprodução da Globo Filmes e Academia de Filmes.

Vencedor de três Kikitos no 44º Festival de Gramado – melhor filme pelo júri popular, melhor atriz para Andréia Horta e melhor montagem para Tiago Feliciano -, o longa traz algumas das mais relevantes passagens da carreira e vida pessoal da gaúcha como a chegada ao Rio de Janeiro no dia do Golpe de 1964; o primeiro contato com o boa praça Luiz Carlos Miéle e o charmoso Ronaldo Bôscoli, seu primeiro marido; o rápido sucesso e amadurecimento musical; o terror imposto pelos militares; a parceria amorosa e artística com o pianista César Camargo Mariano, que rendeu espetáculos históricos como “Falso Brilhante”; a maternidade e o fim da vida.

No elenco estão Lucio Mauro Filho, como Miéle; Caco Ciocler, como César Camargo Mariano; Julio Andrade, como o dzi croquette Lennie Dale; Gustavo Machado, como Ronaldo Bôscoli e Zécarlos Machado, como Romeu, pai de Elis. Em participações especiais destacam-se Rodrigo Pandolfo, como Nelson Motta; Isabel Wilker, como Nara Leão; Icaro Silva, como Jair Rodrigues e Natallia Rodrigues. O filme foi rodado no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Paris entre agosto e setembro de 2015.

A vida de Elis Regina – indiscutivelmente a maior cantora brasileira de todos os tempos -, é contada nesta cinebiografia em ritmo energético e pulsante. A trendsetter cultural que sinalizou a mudança de estilos de Bossa Nova para MPB, a “pimentinha” ardente (brilhantemente interpretada por Andréia Horta), que viveu uma vida turbulenta. Ao mesmo tempo em que se chocava com a Ditadura Militar no Brasil, ela lutou com seus próprios demônios pessoais. “Elis”, o filme, está imbuído da alma da cantora e do país que ela amava.

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