Labirinto toca no Centro Cultural São Paulo

Dia 02 de novembro, domingo, às 18h, a banda Labirinto toca no Centro Cultural São Paulo, neste que é um dos últimos shows em 2014. A banda se prepara para gravar o seu novo disco, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2015. Três das músicas que estarão no próximo álbum estarão no repertório deste show, uma delas inédita no palco.

Em agosto a banda lançou um vídeo com as músicas “Alamut” e “Avernus”, que estarão no próximo álbum. O vídeo também traz a já conhecida faixa “Masao”, música homônima do mais recente disco da banda, lançado em maio de 2014.

“Alamut” tem oito minutos de duração (inicia em 18min22s no vídeo) é uma música instrumental pesada e cheia de referências e harmonias do Oriente Médio. A palavra alamut, em persa, significa “ninho de águia”, e constituía-se em uma fortaleza, no que hoje é o Irã (século XI – XIII), habitada por uma ordem de assassinos, cujo maior líder foi Hassan I Sabah, chamado de “O Imortal”, ou “velho da montanha”. Simboliza dentro do conceito do futuro disco, a busca pelo conhecimento e autopreservação no meio do caos existencial. Já “Avernus” tem sete minutos de duração (inicia em 10min10s no vídeo). Lenta e bela, forte e lírica, com guitarras, baixos e baterias profundas e pesadas, contrastando com synths e melodias sinuosas. “Avernus” representa a primeira camada do inferno para algumas lendas, sendo o limite entre o abismo mais profundo e o “mundo material humano”.

Labirinto

Há dez anos a banda brasileira Labirinto espalha sua música experimental pelo Brasil e mundo afora. Ao todo são mais de sete trabalhos lançados, entre EPs, discos, coletâneas e singles, sendo o mais recente deles, o single “Masao”, lançado em maio deste ano.

O som do Labirinto não possui rótulos, mas é muito caracterizado como post rock, música instrumental, experimental, tendo como algumas das maiores referências bandas como Mogwai e Godspeed You! Black Emperor. Suas músicas caminham mais para um caráter climático, imagético, como se fossem uma trilha sonora sequenciada e repleta de texturas sonoras.

Para se ter uma ideia, no disco “Labirinto & Thisquietarmy”, lançado em 2013, o grupo levou dois meses para gravar as três faixas que compõem o split: “Tahrir”, “Diluvium” e “11 Palmos”. Em uma única faixa foram sobrepostas 50 camadas de textura sonora, mixadas em Glasgow, por Tony Doogan, produtor e engenheiro de som escocês, que assinou discos de bandas como Belle and Sebastian, Dirty Pretty Things, Teenage Fanclub e Mogwai, entre outros.

Suas apresentações ao vivo chamam a atenção, em meio a projeções de imagens compiladas sistematicamente por Muriel Curi (baterista) e programadas em harmonia com o som tocado pela pequena orquestra experimental, que é formada por Erick Cruxen, Felipe Freitas e Luis Naressi nas guitarras e sintetizadores; Muriel Curi na bateria; e Ricardo Pereira no contrabaixo, além de convidados executando as partes de percussão.

Até aqui foram mais de 50 apresentações realizadas em 13 países diferentes, entre América do Norte e Europa, com shows muito bem qualificados pela mídia especializada e participações em festivais de relevância, como SXSW (EUA), tocando ao lado de Swevedriver e Devo, Canadian Music Fest, o Dunk!festival, na Bélgica, maior festival de post rock do mundo, onde tocaram ao lado de gente como I Like Trains, Kokomo e Stephen O’Malley. Em shows no Brasil, já tocaram com a banda canadense Nadja e em breve, no dia 06 de setembro, tocarão na 1ª edição do Overload Music Fest, que também contará com God is na Astronaut (Irlanda) e Alcest (França) no line up.

Além do single “MASAO” (2014) e do disco “Labirinto & Thisquietarmy” (2013), indicado pelo jornalista Fabio Massari como um dos cinco melhores lançamentos de 2013, o grupo também lançou o aclamado disco “Anatema” (2010) e os EPs “Kadjwynh” (2012), “Etéreo” (2009), “Labirinto” (2007) e “Cinza” (2006). O segundo álbum de estúdio da banda é esperado para o segundo semestre de 2015.