“QUANDO EU ERA VIVO” leva o clima sombrio do livro de LOURENÇO MUTARELLI ao cinema

Dirigido por Marco Dutra, produzido pela RT Features e com distribuição da Vitrine Filmes, QUANDO EU ERA VIVO é um longa que fala sobre complexas relações familiares e a impossibilidade de recuperar o passado, sob um inusitado viés de suspense.

O filme é baseado no livro A arte de produzir efeito sem causa (Companhia das Letras) de Lourenço Mutarelli, um dos mais sólidos autores brasileiros contemporâneos. Tanto o texto quanto o filme carregam o tom sombrio e opressivo da obra do autor, que recebe influências de Kafka e Dostoiévski. A editora Companhia das Letras preparou uma versão digital do livro, acrescida do roteiro adaptado, que será lançada agora em janeiro; e também levará as livrarias uma nova reimpressão da última edição de “A arte de produzir efeito sem causa”.

O diretor Marco Dutra conta que leu a obra completa de Lourenço Mutarelli ao trabalhar como roteirista na adaptação para o cinema de um de seus quadrinhos mais antigos. O diretor se interessou especialmente por A arte de produzir efeito sem causa. Então, em 2011, o produtor Rodrigo Teixeira, a quem este livro de Mutarelli é dedicado, o chamou para iniciar a empreitada que os levaria à QUANDO EU ERA VIVO.

Marco levou cerca de quatro meses para escrever a adaptação, junto com a co-roteirista Gabriela Amaral Almeida. Nas primeiras semanas, estudaram os temas e a estrutura do livro, para depois buscar “um esquema dramático equivalente, mas nunca ‘igual’”, segundo ela. O diretor e roteirista de QUANDO EU ERA VIVO concorda que “é preciso entender bem o que define o DNA da obra-base para levá-la para o outro meio, e não apenas copiar o que já foi escrito”.

“Acreditamos ter levado, à nossa maneira, as questões fundamentais do livro para o roteiro. Lourenço Mutarelli sentiu o mesmo ao ler nossa adaptação, o que nos deixou imensamente felizes”, conta Marco.
A história do livro e do filme gira em torno de Júnior, que, após um divórcio traumático, busca abrigo na casa do pai, Sênior, com quem mantinha uma relação distante. Lá, nada lembra o lar em que viveu quando jovem. O pai se tornou um homem estranho, rejuvenescido à base de exercícios físicos e bronzeamento artificial. Os objetos e fotos da mãe, morta há alguns anos, foram encaixotados e trancados no quartinho dos fundos. No quarto que dividia com o irmão, Pedro, agora vive a inquilina Bruna, jovem estudante de música que veio do interior para fazer faculdade. Após encontrar objetos que remetem ao passado e à sua mãe, Júnior desenvolve uma obsessão pela história de sua família e tenta recuperar algo que aconteceu em sua infância e que, até hoje, o assombra.

O elenco de QUANDO EU ERA VIVO conta com nomes como Antonio Fagundes, Sandy Leah e Marat Descartes, este cada vez mais consolidado como um dos grandes atores do cinema nacional contemporâneo – ele trabalhou anteriormente com Marco Dutra e Juliana Rojas em “Trabalhar Cansa” (2011) e no curta “Um Ramo” (2007), e ganhou o Kikito de Melhor Ator no 40o Festival de Gramado, em 2012, por sua atuação no longa “Super Nada”.

Segundo o produtor do filme, Rodrigo Teixeira,

“Marco fez excelentes sugestões, como a Sandy e o Marat, que tem com ele uma parceria de longa data”. Rodrigo, no entanto, conta que “um nome que sempre esteve presente foi o do Antonio Fagundes”, que se entusiasmou muito com o convite, pois era fã declarado da obra de Lourenço Mutarelli.

A sugestão de Fagundes para o papel de Sênior partiu da esposa de Mutarelli, Lucimar, também escritora. Lourenço já teve outros dois livros adaptados para o cinema pela RT Features, e ficou muito impressionado com o primeiro longa-metragem de Marco Dutra, “acho Trabalhar Cansa um filme incrível. Sei que QUANDO EU ERA VIVO é uma adaptação. Conheço as diferenças entre o livro e o roteiro, estou curioso.”

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