Capitão América 2: O Soldado Invernal (Captain America: The Winter Soldier)
Direção.: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro.: Christopher Markus, Stephen McFeely
Gênero.: Ação | Aventura | Sci-Fi
Distribuidora.: Walt Disney
Elenco.: Chris Evans, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Robert Redford, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Cobie Smulders, Frank Grillo.
Sinopse.: Dois anos após os acontecimentos em Nova York (Os Vingadores – The Avengers), Steve Rogers (Chris Evans) continua seu dedicado trabalho com a agência S.H.I.E.L.D. e também segue tentando se acostumar com o fato de que foi descongelado e acordou décadas depois de seu tempo. Em parceria com Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), também conhecida como Viúva Negra, ele é obrigado a enfrentar um poderoso e misterioso inimigo chamado Soldado Invernal, que visita Washington e abala o dia a dia da S.H.I.E.L.D., ainda liderada por Nick Fury (Samuel L. Jackson).
Avaliação.: (4/10) |
Na era em que os filmes de heróis dominam cada vez mais espaço nos grandes circuitos, além de se consolidarem como sinônimos de sucesso e faturamento na casa de milhões nas bilheterias, Capitão América 2: O Soldado Invernal, chega em um momento que o gênero necessita de novos ares. Neste ponto que o longa promete surpreender à todos, mesmo os não tao fanáticos pelas historias em quadrinhos, com um roteiro digno de ser resolvido apenas pelos ‘Vingadores’ e ações que prometem entreter os fãs do herói. Com muito mais cenas de ação, perseguições dignas do herói, o longa consegue superar facilmente o primeiro longa.
Com um propósito diferente dos demais filmes do gênero, o longa, consegue unir todos os efeitos especiais, barulhos, explosões e ação de tirar o fôlego com um roteiro muito mais maduro e cheio de acontecimentos, que pretendem agradar também o público que busca uma história mais coesa e não apenas ação sem sentido, neste caso se apoiando em história grandioso para seu universo. Outro mérito desta produção, o que muitos podem dizer que neste ponto supera facilmente o primeiro longa “Capitão América: O Primeiro Vingador”, são a construção de todos os personagens e seus antagonistas. Elementos esses que fazem a trama ganhar mais peso e faz o longa seguir um desenvolvimento muito interessante, sem nunca perder o foco em seu protagonista. Os vilões apresentados em Capitão América 2: O Soldado Invernal sem dúvida alguma estão a altura do herói, deixando no ar um ar de conspiração além de devastação a toda a trama.
O longa Capitão América 2: O Soldado Invernal, consegue trazer uma ação de qualidade, envolta de um roteiro com diversos acontecimentos e reviravoltas que conseguem prender a todo momento a atenção do público. Com a falta de grandes roteiros nos deparamos, com este roteiro escrito pela dupla Christopher Markus e Stephen McFeely, que é sem dúvida alguma um dos roteiros mais coerentes e maduros feitos pela Marvel. Com tamanha grandiosidade, esta trama apresentada no longa, causa um certo desconforto ao ver tal eventos sendo resolvidos por um único herói, talvez funcionasse mais em um longa dos “Vingadores”. Pois todo caos e ações são baseadas em eventos que interferem diretamente a agencia Shield, ficando uma ponta solda no ar de não convencer o fato de todos os outro herói terem ficado de fora da queda da agencia que todos pertencem.
Na direção o longa traz a dupla Anthony Russo e Joe Russo, irmãos conhecidos pela série cômica “Community”, que demonstram nesta produção um trabalho muito linear e que em alguns momentos se tornam fora do contesto da produção. Sem trazer planos e movimentação de câmeras necessárias para a trama, mesmo nas cenas de CGIs, a dupla mostra que a falta de experiencia neste tipo de produção contou e muito na condução de cenas que necessitam deles. Até mesmo em momentos do argumento que deveriam se destacar, com as pausas cômicas, eles demonstram uma falta de “feeling” para o ponto da comédia, ficando dessa forma sem sentimento algum. Sei que fãs mais fanáticos dos quadrinhos adoram tais momentos, mas sem dúvida um dos pontos negativos para o longa fica novamente para algo que normalmente sempre desagrada na maioria dos filmes desse gênero de heróis, que no caso é, as situações bobas e piadas desnecessárias, o que faz com que diversas cenas percam impacto necessário que mereciam.
Com um desenvolvimento muito interessante, enriquecendo toda trama, estão diversos personagens secundários. Todos conseguem seu espaço devido na produção, sempre aprofundando mais a trama, desde Peggy Carter (Hayley Atwell) passando pela agente Maria Hill (Cobie Smulders), Falcão (Anthony Mackie), pela voz de Arnim Zola (Toby Jones) e até mesmo personagens bem menores como Howard Stark (Dominic Cooper). Um dos destaque do longa fica para o principal nome na agencia Shiel, Alexander Pierce, vivido por Robert Redford, grande amigo de Fury, que demostra facilmente seu caráter duvidoso e extremamente previsível.
Responsável pela trilha-sonora e efeitos de som do longa, Henry Jackman (Capitão Phillips e X-Men: Primeira Classe), ganha grande destaque no filme. Em cenas de perseguição de carro, aonde conseguimos observar efeitos de som muito bem trabalhados, acompanhados com uma direção bastante frenética e alucinada, conseguindo dessa forma conduzir na medida certa toda a adrenalina e desespero que a cena necessita.
Com um roteiro bem desenvolvido que consegue explorar diversos ambientes, além de seus personagens, sentimos que Capitão América 2: O Soldado Invernal merecia uma direção que acompanha-se está abordagem de forma madura que o longa necessitava. Não é de se estranhar, devido o perfil dos cineastas, que possuem muitas produções cômicas, que nas diversas cenas que necessitam de uma carga dramática, o filme tenha um queda de ritmo, devido as piadas desnecessárias e os planos utilizados que não agregam sentimento a trama. Mesmo com uma escolha errada para sua direção, o longa consegue agradar os diversos tipos de publico, devido seus personagens bem construído e seu roteiro bem trabalhado.