Elenco, equipe técnica e o diretor de O DUELO, uma produção da Total Entertainment e coprodução da Warner Bros. Pictures, lamentam o falecimento do ator, diretor e crítico José Wilker. O filme, uma adaptação da obra “Os Velhos Marinheiros” de Jorge Amado, é um dos últimos trabalhos do ator no cinema e tem previsão de estrear no segundo semestre no Brasil.
”Foi com imensa tristeza que recebi a noticia de que o José Wilker tinha nos deixado tão novo e com tanto ainda para dar. Nosso filme, ainda inacabado, conta com a sua maravilhosa participação e eu fazia planos de estar com ele na estreia de O Duelo. Perdemos um dos grandes atores da língua portuguesa e sem dúvida o maior interprete das adaptações das obras de Jorge Amado. Perdi também um amigo. Apesar de só ter trabalhado com ele neste filme, me encontrei com ele várias vezes em Lisboa, Rio de Janeiro e Nova York. Um grande e saudoso beijo para você de seu amigo”, afirma o ator Joaquim de Almeida, parceiro de Wilker em O Duelo.
Marcos Jorge, que dirigiu Wilker no longa, também lamenta a morte do ator.
“Quando José Wilker aceitou fazer Chico Pacheco em meu filme O Duelo, adaptação para o cinema do romance de Jorge Amado ‘O Capitão de Longo Curso’, devo confessar que fiquei preocupado. Como conseguiria dirigir esse ator de tão grandes personagens, de carreira tão rica e relevante, e de senso crítico tão agudo? Daria eu conta do recado? Wilker se encarregaria de tranquilizar-me: trabalhar com ele foi um dos maiores prazeres de minha vida profissional e dirigi-lo se revelou um grande privilégio. Dirigi-lo, aliás, não é bem a palavra adequada. Mais certo seria dizer ‘filmar com ele’. Wilker simplesmente enchia a tela com seu carisma e sua atuação apaixonada. E aquela voz, o que dizer dela? De fato, a última vez que o vi, poucos dias antes de sua morte, foi para dublar algumas falas do filme, afinando minúcias. O desaparecimento precoce e inesperado de José Wilker me deixou consternado, assim como todos os seus muitos amigos. De qualquer maneira, pode nos trazer algum consolo lembrar do óbvio: os grandes atores não morrem pois através de seus filmes vivem para sempre”, finaliza o diretor.