O espetáculo infantil “Nós de Borboletas” estreia no Oi Futuro em Ipanema

Livremente inspirado na obra “NÓS”, da premiada escritora e ilustradora de literatura infantil Eva Furnari, o espetáculo NÓS de borboletas estreia no dia 16 de novembro, sob direção de Cristina Moura e Emilio de Mello, no Oi Futuro em Ipanema. Abordando questões como o medo do diferente, a exclusão, a descoberta do novo e a amizade, a peça busca explorar novas maneiras de olhar para as relações no mundo de hoje, incentivando o acolhimento para tudo o que é diferente.

No elenco, Daniele do Rosário, Carolina Pismel e Leandro Daniel Colombo encenam a história de Mel (Daniele), uma garotinha que morava na pequena cidade de Pamonhas e vivia rodeada de borboletas, motivo pelo qual gerava brincadeiras por parte dos habitantes ‘normais’ da cidade. Um dia, de tanto segurar o choro e a mágoa, Mel acabou com o corpo cheio de nós, um mais apertado que o outro. Diante disso, resolveu ir embora de Pamonhas. Mel não sabia que havia tantas coisas interessantes fora de sua cidade. Seus nós fizeram com que ela se aventurasse pelo mundo, procurando soluções. A menina andou, cruzou montanhas e rios até que conheceu uma cidade chamada Merengue em que cada um tinha seus próprios nós e ninguém ligava para isso.

Quando se junta aos seus melhores amigos, Paulo Henrique (Leandro) e Eneida (Carolina), para elaborarem um maravilhoso invento para concorrerem no concurso de invenções da cidade, que terá como tema “O tempo”, eles fazem muitas descobertas sobre como transformar as coisas através de nosso jeito de olhar pra elas. A empreitada acaba conduzindo Mel a algumas situações inusitadas devido às diferenças entre eles, o que a motiva a imaginar ainda mais maneiras de poder transformar o tempo e a realidade.

Com texto de Keli Freitas foi possível ir além da história da Mel do livro. Na peça, a protagonista não está sozinha, ela tem seus melhores amigos, que são essenciais para que sua trajetória aconteça em meio a perguntas e reflexões sobre a duração das coisas, além de todos os outros personagens imaginários que compõem as cidades de Pamonhas e Merengue.

“Criamos um território lúdico, de cidades onde todos têm diferenças muito claras entre si e maneiras diferentes de lidar com essas diferenças. A trajetória da menina que observa o nascimento de nós no seu corpo sempre que não consegue entender o que fazer com seus sentimentos vai se desdobrando num divertido jogo de perguntas feitas pelas próprias crianças, em busca de caminhos sobre como transformar as coisas ao nosso redor e a nós mesmos”, conta Keli.

O espetáculo também introduz para as crianças os temas de reciclagem e reaproveitamento, levando o público a se questionar sobre a duração das coisas: Quanto tempo dura uma lâmpada? Uma tartaruga? Quanto tempo eu tenho de vida? Quanto tempo leva o alumínio para desaparecer? Quanto tempo demora para eu virar adulto? E para água virar chuva?

“A parceria de Cristina Moura e Emílio de Mello na direção deste projeto deu a este espetáculo um tempero único e importante para nossa criação. Este é um teatro atual pensado hoje, um trabalho destinado a todos os públicos, lúdico, mas com a potência de cada um de todos os nossos colaboradores”, afirma Daniele do Rosário, idealizadora do projeto.