Dois grandes nomes da música do Rio Grande do Sul sobem ao palco do Oi Araújo Vianna juntos, no próximo dia 28 de julho. Vitor Ramil e Antônio Villeroy fazem parte programação do 8º Festival de Inverno de Porto Alegre e se apresentam domingo, a partir das 18h.
Antônio Villeroy cantará músicas consagradas como Pra Rua me Levar, Garganta, Amores Possíveis, Sinal dos Tempos, Una Loca Tempestad e duas inéditas que estarão no CD Samboleria, e ainda contará com a participação especial de Jorginho Trompete, tocando pandeiro, e Flugelhorn em algumas canções. Ao final do show, os artistas subirão ao palco juntos para interpretações especiais. Os ingressos já estão à venda.
Vitor Ramil
Compositor, cantor e escritor, o gaúcho Vitor Ramil começou sua carreira artística ainda adolescente, no começo dos anos 80. Aos 18 anos de idade, gravou seu primeiro disco Estrela, Estrela, com a presença de músicos e arranjadores que voltaria a encontrar em trabalhos futuros, como Egberto Gismonti, Wagner Tiso e Luis Avellar, além de participações das cantoras Zizi Possi e Tetê Espíndola.
Em 1987, Vitor lançou Tango. Diferentemente do disco anterior, este era o resultado do trabalho de um grupo pequeno de músicos a partir de um repertório também reduzido. Na passagem dos anos 80 para os 90, Vitor afastou-se dos estúdios e passou a dedicar-se ao palco. No período, não só se definiu a música e postura do Vitor Ramil dos discos que viriam a ser gravados na segunda metade dos anos 90 como se apresentou o Vitor Ramil escritor, através da novela Pequod, ficção criada a partir de passagens da infância do autor, de sua relação com o pai. Mas mais do que pela escritura de Pequod, os anos 90 ficaram marcados para Vitor Ramil como os anos em que começou a refletir sobre sua identidade de sulista e sua própria criação através do que chamou de A estética do frio. A busca de ssa “estética do frio” deu-lhe a convicção de que o Rio Grande do Sul não estava à margem do centro do Brasil, mas sim no centro de uma outra história. Simultaneamente a Pequod, aconteceu a gravação do CD À Beça. Em Ramilonga – A Estética do Frio Vitor inaugura as sete cidades da milonga (ritmo comum ao Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina): Rigor, Profundidade, Clareza, Concisão, Pureza, Leveza e Melancolia. Tambong, seu trabalho seguinte, foi gravado em Buenos Aires, sob a produção de Pedro Aznar. Em 2003, Vitor apresentou seu primeiro show solo em Montevidéu, Uruguai, Sala Zitarrosa, mesmo local onde tocara, no final de 2002, com o compositor e intérprete uruguaio Jorge Drexler, hoje seu parceiro. Ainda em 2003, apresentou-se com sua banda na Suíça, nas cidades de Gene bra, Zurique e Schaffhouse. Além de seu livro Pequod, suas canções vêm sendo distribuídas na Europa em coletâneas inglesas, espanholas e portuguesas.
Em março de 2006, Vitor Ramil reúne-se ao percussionista carioca Marcos Suzano e compõe uma série de novas canções. Satolep Sambatown é o nome desse trabalho, que chega às lojas em setembro de 2007. Satolep, anagrama de Pelotas, cidade natal de Vitor, que está presente de forma recorrente tanto em sua literatura como em sua música, é também o nome do selo através do qual ele costuma lançar seus discos. No inverno de 2009, Vitor dá início, em Buenos Aires, às gravações de seu novo álbum (CD + DVD documental), délibáb. Seu projeto é reunir as milongas que compôs para versos do poeta argentino Jorge Luis Borges e do poeta rio-grandense João da Cunha Vargas. délibáb torna-se o álbum de Vitor Ramil mais difundido no Brasil e no exterior. Por ele, Vitor volta a ganhar o Prêmio da Música Brasileira como melhor cantor, dessa vez na categoria Música Regional, e também o prêmio Açorianos, no qual délibáb arrebata quatro troféus: Disco do Ano, Melhor Disco de MPB, Melhor Instrumentista para Carlos Moscardini e Melhor DVD para o diretor argentino César Custodio.
No começo de 2012, dá início às gravações de um novo disco, o álbum duplo Foi no mês que vem. Planejado inicialmente para ser um disco solo, voz e violão, que ilustrasse com 30 canções o repertório de 60 do songbook que estava sendo feito sobre a obra de Vitor, Foi no mês que vem torna-se um amplo encontro do compositor com músicos e intérpretes brasileiros, uruguaios e argentinos ligados de uma forma ou de outra à sua carreira. O Vitor Ramil – Songbook tem produção e lançamento simultâneos ao disco.
Antônio Villeroy
Desde 2010 sem apresentar um show próprio em Porto Alegre, Antonio Villeroy começou sua carreira musical no início dos anos 80 em Porto Alegre. Possui seis CDs e um DVD autorais lançados e cerca de 150 canções gravadas nas vozes de outros intérpretes e parceiros musicais, como Ana Carolina, Chiara Civello, Gal Costa, Ivan Lins, Jesse Harris, John Legend, Maria Bethânia, Maria Gadu, Mart’nália, Moska, Seu Jorge e Zizi Possi, entre outros.
Nesse anos de carreira, levou sua música para todo Brasil e para diversos países das Américas, Europa e África, muitas vezes apenas acompanhado de seu violão, mostrando suas criações. Nesse formato, já se apresentou para públicos de até 30 mil pessoas.
Suas criações são presença constante no cinema e televisão, em filmes como Sonhos Roubados, Amores Possíveis, Divã, Sexo Amor e Traição e novelas da Rede Globo, Record, Band e SBT. Antonio Villeroy teve duas canções indicadas ao Grammy Latino, São Sebastião em 2005 e Rosas em 2007. Atualmente, está gravando seu sétimo disco Samboleria, que deverá ser lançado em setembro, com canções em português e espanhol, apresentando parcerias com Moraes Moreira, João Donato, com o americano Don Grusin, o cubano Descemer Bueno e o colombiano Jorge Villamizar, entre outros artistas.
Data: 28 de julho
Horário: Domingo, às 18h
Oi Araújo Vianna
Endereço: Av. Osvaldo Aranha, 685 – Porto Alegre
Classificação: 12 anos (menores apenas acompanhados dos pais ou responsáveis)
Plateia Alta Lateral
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R$ 40,00
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Plateia Alta Central
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R$ 40,00
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Plateia Baixa Lateral
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R$ 40,00
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Plateia Baixa Central
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R$ 40,00
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