Dando continuidade à implantação das atividades em sua nova sede, o Museu inaugura duas exposições no dia 15 de junho, das 11 às 14 horas, abrindo ao público o sexto andar do edifício. São agora nove exposições em cartaz, todas gratuitas.
Com curadoria de Tadeu Chiarelli, diretor do MAC USP, a exposição O Artista como Autor / O Artista como Editor apresenta duas características fundamentais da cena artística das últimas décadas: de um lado, o artista que age sobre o mundo reivindicando sua inscrição como autor, por meio de gestos e estruturas formais que ratifiquem sua individualidade; de outro, o artista movido pela possibilidade de operar com imagens já existentes, recombinando-as para conferir novos sentidos e significados à realidade já existente, quer por meio da escolha arbitrária de uma ou outra imagem, quer pela articulação entre elas.
Para o curador, é “pertinente destacar as diferenças de atitude entre o artista/autor e o artista/editor, como posturas que explicitam de maneira mais contundente as crises da sociedade ocidental e, dentre elas, a crise da arte”. A exposição procura evidenciar tais questões apresentando obras de artistas como Ivens Machado, Karel Appel, Robert Raushenberg e Regina Silveira, entre tantos outros. A mostra traz ainda artistas que relativizam a noção de autoria por meio de trabalhos em colaboração, como José Leonilson e Albert Hien, Shirley Paes Leme, Fernando Lindote e Felipe Cama.
As 41 obras da exposição José Antonio da Silva em Dois Tempos apresentam um artista entre o primitivo e o concreto. Seus trabalhos chegaram ao acervo do Museu em dois momentos distintos. Em 1963, as 16 obras provenientes da coleção de Francisco Matarazzo Sobrinho e do antigo MAM, mostram o artista autodidata em um momento em que sua pintura primitiva é pautada pela cor. Mais tarde, em 1979, o Museu recebeu 25 obras doadas pelo crítico, poeta e psicanalista Theon Spanudis, que refletem um segundo momento do artista, que o aproxima dos grupos abstratos concretos brasileiros. “Que sua obra seja vista de uma perspectiva ou de outra, reflete sua introdução na história da arte moderna do Brasil num momento que parece marcar uma virada em torno da noção de modernismo: o abandono das tendências realistas e o mergulho no abstracionismo”, afirma Ana Magalhães, docente do MAC USP e curadora da exposição.
Curadoria: Tadeu Chiarelli
José Antonio da Silva em Dois Tempos
Curadoria: Ana Magalhães
Abertura: 15 de junho, das 11 às 14 horas
Funcionamento: Terça das 10 às 21, quarta a domingo das 10 às 18 horas
Local: MAC USP Nova Sede
Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301
Telefone: 11 5573.9932
Entrada gratuita
www.mac.usp.br
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