Foi a partir de histórias reais colhidas em asilos que nasceu a peça À Beira do Abismo me Cresceram Asas, que chega a Porto Alegre em junho como parte de programação comemorativa aos 155 anos do Theatro São Pedro. Maitê Proença e Clarisse Derzié Luz são as octogenárias Terezinha e Valdina que aprenderam a simplificar a vida, já que não há tempo para complicá-la. Muito elogiada pela crítica especializada, a comédia dramática fala sobre a vida e faz um retrato encantador sobre duas mulheres, mesclando momentos de riso com emoção. A obra estará em cartaz nos dias 1º e 2 de junho, sábado às 21h e domingo, às 18h.
Valdina (Clarisse Derzié Luz), de 80 anos, parece levar o dia a dia com otimismo, sem nostalgias, mas não se engane, ela carrega um grande segredo. Terezinha (Maitê), de 86, é de temperamento carrancudo ainda que bem resolvido. Em comum têm a praticidade dos que aprenderam a simplificar a vida já que não há tempo para complicá-la. E têm a grande e indispensável amizade que se desenvolveu pelos anos de convívio.
“À Beira do Abismo me Cresceram Asas”, de Maitê Proença é baseado em pesquisa e ideia de Fernando Duarte, que percorreu asilos Brasil afora colhendo depoimentos da terceira idade. A partir daí, criaram-se novos histórias, ideias, conceitos, costurou-se suspense com magia, brotou a dramaturgia, surgiu a peça e nasceram Terezinha e Valdina. A montagem é dirigida por Clarice Niskier e Maitê Proença, com supervisão de Amir Haddad.
“Velhice não é para covardes”, explica Maitê Proença, parafraseando a cantora francesa Edith Piaf. “‘Asas’ é para quem gosta de ser mexido por dentro. Velhas contêm todas as idades. E é uma fase em que caem as máscaras, não se tem mais cerimônia para tratar as coisas, há autoridade. Quem viveu tanto como elas pode falar de qualquer assunto com autoridade e sem a cerimônia que se tem aos 50 anos. Elas não têm tempo a perder. Não há aquele verniz todo por cima. A esta altura da vida, não é preciso tirar tantas camadas para chegar à pessoa de verdade. Elas falam coisas inacreditáveis, que ninguém fala, como ‘Esse vestido é bonito, mas estava muito feio em você’, ou ‘minha filha, na sua idade fiz um preenchimento nas mãos, você não pode ter m& atil de;os assim e deixar’. Elas te alertam para o que você não esta vendo. E contam coisas inacreditáveis da vida pessoal, que com certeza não contavam aos 50. O público ri durante quarenta minutos e se emociona no final”, revela Maitê Proença.
Com Maitê Proença e Clarisse Derzié Luz
Data: 1º e 2 de junho
Horário: Sábado, às 21h e domingo, às 18h
Theatro São Pedro
Endereço: Praça Marechal Deodoro, s/n
Classificação: 12 anos (menores somente acompanhados dos pais ou responsável)
Duração: 75min
Preço
Galeria
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R$ 30,00
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Camarote Lateral
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R$ 60,00
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Camarote Central
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R$ 70,00
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Cadeira Extra
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R$ 70,00
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Plateia
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R$ 80,00
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