Antepenúltima das 28 óperas compostas por Giuseppe Verdi e um de seus maiores sucessos, Aida está de volta ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura, em montagem inédita, após uma ausência de 27 anos, para comemorar o bicentenário de nascimento do compositor italiano, com patrocínio da Petrobras. Com direção musical e regência de Isaac Karabtchevsky, direção de cena e iluminação de Iacov Hillel, cenografia e direção de arte de Helio Eichbauer e coreografia de João Wlamir, a produção – que reúne cerca de 250 artistas, entre solistas, Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, além de bailarinos e figurantes – estreia em 20 de abril e terá cinco récitas até o dia 1º de maio.
No papel-título estará a soprano italiana Fiorenza Cedolins (20, 23, 26 e 28 de abril) e a cantora mineira Eliseth Gomes (1º de maio). Completam o elenco de solistas o tenor italiano Rubens Pelizzari (Radamés), a mezzo-soprano russa Anna Smirnova (Amneris) e os brasileiros Licio Bruno (Amonasro), Sávio Sperandio (Ramfis) e Carlos Eduardo Marcos (Faraó), Lucia Bianchinni (Sacerdotisa I) e Ricardo Tuttmann (Mensageiro). Vale destacar a participação especial, no espetáculo, da escola de dança da Fundação Teatro Municipal, a Maria Olenewa, dirigida por Maria Luisa Noronha, e da Cia. Jovem de Ballet do Rio de Janeiro, sob a direção artística de Dalal Achcar e direção geral de Mariza Estrella.
“É uma montagem imperdível para quem conhece ópera e para aqueles que nunca viram, não só pela história como por sua belíssima música. Uma ópera que, com grande alegria para nós, cantores, músicos, bailarinos, técnicos e direção, retorna ao palco do Municipal depois de quase três décadas”, comenta Carla Camurati, presidente da Fundação heatro Municipal do Rio de Janeiro.
O Maestro Isaac Karabtchevsky, que elaborou a programação artística do Theatro Municipal, faz coro e destaca: “Aida representa a última das grandes produções de Verdi no estilo “grand opera”. Logo após viriam duas óperas de caráter introspectivo e quase trágico, que foram Otello e Falstaff. Nada mais apropriado para se abrir as comemorações do bicentenário do compositor do que a montagem deste título”.
A temporada marca também a estreia do projeto Falando de Ópera. Serão palestras gratuitas com uma hora de duração sobre o espetáculo a ser apresentado – aos moldes das opera talks realizadas habitualmente em teatros europeus –, com início uma hora e meia antes do começo da sessão, no Salão Assyrio. O primeiro palestrante será o Maestro Silvio Viegas, regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, que falará sobre a história de Aida e abordará também detalhes específicos desta montagem.
Com libreto de Antonio Ghislanzoni, a partir da base em prosa escrita originalmente em francês por Camille du Locle e Mariette Bey, Aida fez sua estreia em 1871, no Cairo, Egito, com enorme sucesso. Assim também foi sua temporada subsequente, no Scala de Milão, em fevereiro do ano seguinte. Verdi, que conduzia a orquestra na ocasião, precisou retornar à cena 32 vezes, sob ovação entusiástica do público. No Rio de Janeiro, a ópera estreou em outubro de 1876, no Teatro D. Pedro II.
Na concepção dos cenários e na direção de arte desta nova montagem, Helio Eichbauer evoca a atmosfera egípcia através de formas angulosas e triangulares, que remetem ora às pirâmides, ora aos templos e palácios, assim como faz uso de projeções sobre o cenário de tom predominantemente ocre. “O cenário é inspirado na abstração geométrica e respeita as proporções da geometria encontrada na arquitetura egípcia, que foi estudada e descrita por Pitágoras”, conceitua Eichbauer. O diretor Iacov Hillel assina a encenação, procurando trabalhar com a duplicidade que esta ópera oferece, entre seus aspectos monumentais e as cenas intimistas, verdadeiras. “A ópera fala, acima de tudo, do afeto, o que a torna universal e atemporal”, resume.
Datas: 20 e 26 de abril, às 20h
23 e 28 de abril e 1º de maio, às 17h
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro
Capacidade: 2.227 lugares
Informações: tel:(21) 2332-9191
Falando de Ópera
Apresentação: Maestro Silvio Viegas
Salão Assyrio / Av. Rio Branco, s/nº – Centro
Entrada Franca, mediante a apresentação do ingresso
20/04 – 18h30 às 19h30
23/04 – 15h30 às 16h30
26/04 – 18h30 às 19h30
28/04 – 15h30 às 16h30
01/05 – 15h30 às 16h30
Preços:
- Frisa/Camarote – R$ 504,00
- Plateia / Balcão Nobre – R$ 84,00
- Balcão Superior – R$ 60,00
- Galeria – R$ 25,00
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