Esculturais e belíssimas. As geleiras formam um dos cenários mais impressionantes e duradouros da natureza. O fotógrafo internacional James Balog capturou milhares de imagens majestosas de geleiras que permitem visualizar mudanças climáticas evidentes.
Essas imagens se transformaram no filme “Mudanças Climáticas”, vencedor na categoria melhor fotografia no Festival de Cinema de Sundance de 2012. Balog demorou três anos para capturar o mundo natural em transformação. Com 25 câmeras instaladas na Islândia, Groenlândia, Alasca e Montana, suas lentes puderam dar o testemunho da tensão entre o poder enorme, duradouro das geleiras e sua fragilidade final enquanto elas se desfazem no oceano. Comprimindo anos em 75 minutos, o filme oferece imagens impressionantes – e assustadoras.
“Mudanças Climáticas” estreia no Nat Geo no domingo, dia 21, às 18h30, dentro do programa “125 anos de National Geographic” e é dirigido por Jeff Orlowski e produzido por Paula DuPre’ Pesmen. A música do filme “Before My Time”, escrita por J. Ralph e interpretada por Scarlett Johansson e Joshua Bell, foi indicada ao Oscar 2013 de melhor canção original.
Balog e seu time de pesquisa lançaram um ambicioso plano para criar um registro completo de mudanças geológicas com resultados surpreendentes. Em uma das sequências de imagens de “Mudanças Climáticas” é mostrado um enorme rompimento de geleira.
“A única maneira que você pode tentar colocá-lo em escala com referência humana é se você imaginar Manhattan. De repente, todos esses edifícios começam a mexer, caem … e rolam. Toda esta cidade enorme caindo na frente de seus olhos”. diz Adam LeWinter
James Balog é um jovem cientista cuja audácia abriu o caminho para uma carreira de fotógrafo aclamado. As câmeras colocadas pelo Ártico deveriam suportar ventos com força de furacão, temperaturas de -40ºC, nevascas e rochas caindo. Com a ajuda de engenheiros da National Geographic, Balog e sua equipe desenvolveram um sistema que permitiu que as câmeras fizessem disparos a cada hora do dia por três anos.
“Quando minhas filhas, Simone e Emily, olharem para mim daqui a 25 ou 30 anos e dizerem: ‘o que você estava fazendo quando o aquecimento global estava acontecendo e você sabia o que vinha pela frente’, eu quero ser capaz de dizer que eu estava fazendo tudo o que eu sabia fazer “, afirma Balog.