Foi na voz e atitudes de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Torquato Neto, Capinan, Jards Macalé que o Brasil entrou definitivamente na libertária cultura jovem dos anos 1960/70. Para discutir o Tropicalismo e sua relação com a Contracultura, o Centro Cultural Banco do Brasil reúne, no dia 17 de julho, a partir das 18h30, os músicos Capinan e Jards Macalé, que vão conversar com o público e apresentar algumas canções que marcaram época. A mediação do debate será do jornalista Mauro Ventura, de O Globo.
A plateia poderá participar fazendo perguntas aos debatedores ou mesmo apresentando músicas ou poesias relacionadas ao tema. As senhas para o evento podem ser retiradas na bilheteria uma hora antes do início.
O Projeto
Sarau de Ideias acontece mensalmente até novembro e tem por objetivo discutir alguns dos principais movimentos e manifestações culturais ocorridos no Brasil, no século XX, como a Semana de 22, a Bossa Nova, o Concretismo, a Poesia Marginal, a cultura Hip-Hop, o Mangue Beat.
Com mediação dividida entre o músico Charles Gavin e o jornalista Mauro Ventura, os encontros reúnem artistas e intelectuais de projeção nacional. Entre os artistas que devem participar do projeto, até o final do ano, estão Antonio Cícero, Chacal, Ellen Oléria, Miúcha, Moraes Moreira, Nelson Pereira dos Santos, Otto e Thaíde.
Poeta e músico, Capinan é considerado um dos grandes letristas de sua geração, tendo participado ativamente da Tropicália, no fim da década de 1960. Poeta desde a adolescência, em 1964 foi morar em São Paulo, onde iniciou os primeiros poemas de seu livro de estréia, Inquisitorial. Participou do primeiro disco de Gilberto Gil, em 1966, dividindo a parceria na faixa Viramundo. Em 1967, compôs com Gilberto Gil a canção Soy Loco por Ti, América. Foi vencedor do Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, em 1967, com a canção Ponteio, parceria com Edu Lobo. Poeta, compositor, roteirista, produtor, Capinan foi um dos criadores do Tropicalismo, e em sua obra estão presentes as preocupações sociais e políticas características do movimento. Em 2000, compôs a ópera Rei Brasil 500 Anos, ao lado de Fernando Cerqueira e Paulo Dourado, uma crítica às comemoração dos 500 anos de Descobrimento do Brasil.
Jards Macalé é músico, compositor, poeta. Criou canções com seus parceiros Capinan, Torquato Neto, Carlos Eduardo Machado (Duda), Xico Chaves, Waly Salomão, Vinicius de Moraes, Abel Silva; além de temas instrumentais dedicados a grandes músicos brasileiros, como João Gilberto, Garoto, Radamés Gnatalli, Tom Jobim, Severino Araújo (Orquestra Tabajara), Dorival Caymmi. Tocou, gravou, produziu, orquestrou, fez direção musical de inúmeros artistas, como Maria Bethânia, Gal Costa, Naná Vasconcelos, Wagner Tiso, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Egberto Gismonti, Hermeto Paschoal, Paulinho da Viola, Luís Melodia, Itamar Assumpção. Aliado às novas gerações, atua e compõe com vários talentos, entre eles Tato Taborda (compositor de música de invenção), Vulgue Tostói e Mumismata (grupos de musica eletrônica), Zeca Baleiro, Ana de Hollanda.
Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Idealização/Curadoria: Beatriz Carolina Gonçalves
Debate: Tropicália e Contracultura
Data: 17.07.2012 – Terça-feira
Horário: 18h30
Debatedores: Capinan e Jards Macalé
Mediação: Mauro Ventura
Classificação indicativa: 12 anos
ENTRADA FRANCA – mediante retirada de senha, distribuída com uma hora de antecedência.
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