Poesia Concreta é Tema de Sarau com Cid Campos e José Roberto Aguilar

Unindo verbo, voz e visão, a poesia concreta foi uma das principais realizações do Concretismo no país e, desde que surgiu por aqui, nos anos 1950, teve apaixonados seguidores e ferrenhos detratores. Qual o legado da arte concreta  e por que ela ainda é capaz de gerar polêmica? Para responder a esta e outras questões o CCBB Rio reúne o artista plástico José Roberto Aguilar e o compositor Cid Campos no terceiro debate do ciclo Sarau de Ideias – Da Semana de 22 ao mangue Beat.

O público poderá participar fazendo perguntas aos debatedores ou mesmo apresentando músicas ou poesias relacionadas ao tema. As senhas para o evento podem ser retiradas na bilheteria uma hora antes do início.

O Projeto

Sarau de Idéias acontece mensalmente até novembro e tem por objetivo discutir alguns dos principais movimentos e manifestações culturais ocorridos no Brasil, no século XX, como a Semana de 22, a Bossa Nova, o Concretismo, a Tropicália, a Poesia Marginal, a cultura Hip-Hop, o Mangue Beat.

Com mediação dividida entre Gavin e o jornalista Mauro Ventura, os encontros reúnem artistas e intelectuais de projeção nacional. Entre os artistas que devem participar do projeto, até o final do ano, estão Antonio Cícero, Capinan, Chacal, Ellen Oléria, Jards Macalé, Miúcha, Moraes Moreira, Nelson Pereira dos Santos, Otto e Thaíde.

Cid Campos é músico, compositor e produtor musical. Filho do poeta Augusto de Campos, conviveu desde cedo com a poesia e artes em geral. Participou de gravações e CDs junto a vários artistas como Arnaldo Antunes, Tom Zé, Adriana Calcanhotto, Cássio Eller, Walter Franco e Péricles Cavalcanti. Entre os seus CDs autorais encontram-se o Poesia é Risco (com Augusto de Campos), No Lago do Olho,  Fala da Palavra e Crianças Crionças. Na área específica de poesia produziu também os CDs Ouvindo Oswald, The Overexcited Body (com Lenora de Barros) e Antologia Noigandres (sobre os poetas concretos). Desde 1992 possui o MC2 Studio, onde tem desenvolvido todos os projetos de música e poesia, além da criação de trilhas para dança, performances, documentários e instalações.

José Roberto Aguilar é artista plástico, performático, escritor e videomaker. Participou de inúmeras exposições internacionais e nacionais, entre elas várias Bienais de São Paulo; Bienal de Paris, de 1965; Festival de Videoarte de Tókio, em 1979. Em 2002, realizou uma grande pintura de 90 metros por 60 metros com a qual cobriu o edifício da Oca no Ibirapuera. Em 2010, realizou a mostra 50 Anos de Arte, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Publicou os  livros: A Divina Comédia Brasileira, Blue Brother, A Revolução Francesa de Aguilar, Hercules Pastiche e Tantra Coisa. Foi diretor da Casa das Rosas, entre 1995 e2002.

O debate Concretismo: Verbo, Voz, Visão terá duração de duas horas.