Exposição com obras do fotógrafo mexicano Manuel Alvarez Bravo é prorrogada em uma semana

A exposição Manuel Álvarez Bravo: fotopoesia, em cartaz no Instituto Moreira Salles de São Paulo, teve sua data de encerramento prorrogada para 8 de julho. A mostra, aberta ao público desde 23 de março, conta com 180 obras do mexicano e enfatiza a produção seminal de Álvarez Bravo (1902-2002) entre os anos 1920 e 1950, percorrendo extensivamente sua obra ao longo de mais de 70 anos de atividade artística.

Exibida no IMS-RJ entre novembro de 2011 e fevereiro deste ano, a exposição foi produzida em colaboração com a Associação Manuel Álvarez Bravo, dirigida por Aurélia Álvarez Urbajtel e Colette Álvarez Urbajtel, respectivamente filha e viúva do fotógrafo, e conta também com o apoio do Museu de Arte Moderna, Instituto Nacional de Belas Artes, no México.

Um dos grandes ícones da fotografia mundial, Manuel Álvarez Bravo é o nome de maior relevância na fotografia do século XX de seu país. Sua trajetória criativa está representada nas 180 obras expostas no centro cultural paulista.

Os primeiros trabalhos fotográficos, no começo dos anos 1920, exploram alguns elementos da tradição fotográfica pictorialista, passando, na segunda metade dos anos 1920, a desenvolver uma abordagem mais autoral, que se distingue por imagens de natureza experimental, formal e abstrata. Na década de 1930, os ecos da revolução mexicana (1910-1920) e a influência temática de fotógrafos como Hugo Brehme, levam Álvarez Bravo a uma fotografia de vanguarda desconstrutiva, pautada em iconografia fotográfica mexicana centrada em sua cultura indígena, em sua gente e em sua paisagem e a produzir uma fotografia mais complexa e simbólica. Há um resgate dos valores mais profundos da cultura popular e, simultaneamente, uma negação crítica da sobrevalorização da autoria na obra de arte.