O Patinho Feio, clássico de Maria Clara Machado, reestreia em 2012 no teatro Glaucio Gill

Assistido por mais de 10 mil pessoas na temporada de 2011, e indicado a quatro categorias do 6º Prêmio Zilka Salaberry, o espetáculo infantil O PATINHO FEIO, com o patrocínio do FATE (circulação) através da Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura do Rio, faz nova temporada de 21 de abril a 27 de maio de 2012, no Teatro Gláucio Gill, sempre aos sábados e domingos às 17 horas.

Sob direção de Fabiana Valor e Bernardo Jablonski, a encenação, em 2011, comemorou 35 anos da primeira montagem do texto e 60 anos da criação do Teatro Tablado, que formou várias gerações de consagrados atores. Há 10 anos, o Brasil perdia Maria Clara, célebre diretora e escritora, fundadora do Tablado.

Com músicas do maestro John Neschling, vencedor do Prêmio Zilka Salaberry 2012 na categoria Melhor Música, coreografias de Renato Vieira, figurinos de Clívia Cohen e luz de Renato Machado, o espetáculo tem no elenco atores oriundos do Tablado ­– como Cláudia Paiva, Fabiana Valor, Eduardo Rios e Nedira Campos -, reunidos para dar vida ao conto de fadas que tem como protagonista o filhote de cisne que, chocado no ninho de uma pata, é hostilizado por ser diferente dos seus irmãos e resolve fugir, embarcando numa difícil, mas transformadora jornada.

Bernardo Jablonski e Fabiana Valor: dupla de sucesso

Em 2003, Fabiana Valor e Bernardo Jablonski iniciaram sua parceria com o infantil “Maroquinhas Fru-Fru”, de Maria Clara Machado, sucesso de crítica e de público. No ano seguinte, montaram “Eu, Henrique Viana…”, de Jablonski, apontado pela crítica como um dos melhores do ano. Em 2005 produziram e dirigiram o espetáculo adulto “Triunfo Silencioso”, baseado no romance “Destinatário Desconhecido”, de Kathrine Kressmann Taylor, (com Herson Capri e Edwin Luisi no elenco), indicado pela crítica especializada como um dos melhores do ano. Em 2006, realizaram o infantil “Os Cigarras e os Formigas”, de Maria Clara Machado, patrocinado pela Caixa Econômica Federal e Petrobrás/Funarte, obtendo seis indicações no Prêmio Zilka Sallaberry (Cepetin/Oi Futuro), ganhando na categoria Melhor Direção (Fabiana Valor e Bernardo Jablonski).

No Tablado, em 1976 e 1984

O magistral conto de Andersen foi adaptado para o palco do Teatro Tablado em duas ocasiões. Em 1976, com texto de Maria Clara Machado, teve ficha técnica composta por John Neschling (músicas), Nelly Laport (coreografia), Maurício Sette (cenário e figurino), Jorginho de Carvalho (iluminação) e Murilo Lima (adereços). No palco, Bia Nunes, Maria Clara Mourthé, Sura Berditchevsky e José Lavigne, entre outros.  O sucesso se repetiria em nova montagem no ano de 1984.

“Maria Clara conseguiu unir, com poesia, humor e sensibilidade, as principais características desta famosa fábula, tornando-a igualmente significativa e impactante em uma linguagem cênica.  Nossa proposta é montar um espetáculo que trata do processo de crescimento de todas as crianças, justificada pelo fato de que, em determinado momento de nossas vidas, sempre nos julgamos inadaptados e pouco amados”, dizem os diretores da atual montagem.