Dos mais de 200 realizadores brasileiros que inscreveram os seus curtas-metragens no IV FESTIVAL DE FINOS FILMES, dezesseis participarão da seleção oficial do evento que, de 6 a 16 de maio, ocupará as salas do Museu da Imagem e do Som, FAAP, Matilha Cultural e Caixa Belas Artes. A abertura oficial será no dia 4 de maio, no Cine Caixa Belas Artes, em S. Paulo.
Mostra Competitiva – Dentre os escolhidos, representantes de sete Estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná e Minas Gerais. Diferentemente do ano passado, o festival não será competitivo. “A ideia é que o festival se torne, cada vez mais, um evento de debates que dialogue sempre com o contexto político atual. Nessa estrutura, os curtas-metragens são pontos de partida para uma discussão que ultrapassa o cinema”, afirma Felipe Arrojo Poroger, diretor da mostra.
Dentre os debates previstos, há:
Dia 6/5, no MIS, às 16h30: Debate sobre Cinema e Política, a partir da exibição de quatro curtas brasileiros. No encontro, estarão presentes o ex-prefeito Fernando Haddad, a psicanalista Maria Rita Kehl e o cientista político Cláudio Couto. “Os filmes que serão exibidos abordam diversos pontos da sociedade brasileira, tais como direitos humanos, precarização das condições de trabalho, saneamento básico. Como o tema é amplo, os convidados estarão à vontade para pensar os quatro filmes sob a perspectiva com a qual tiverem mais afinidade. Teremos três visões ricas e distintas sobre o que está na tela”.
Outro debate previsto, às 17h do dia 13/5 no Matilha Cultural, é sobre habitação e especulação imobiliária, com exibição conjunta dos filmes “Banco Imobiliário” e “Comissão de Vendas”, ambos do cineasta Miguel Ramos, com a presença dos arquitetos Sílvio Oskman e Paula Santoro.
Panorama do Cinema Português – Além do enfoque nacional, o IV Festival de Finos Filmes trará, em parceria com a Agência da Curta-Metragem, entidade portuguesa, um Panorama do Cinema Português, país cuja produção recente tem conquistado – todos os anos – espaço em grandes festivais, como Cannes e Berlim. As obras da produtora Terratreme, empresa de catálogo multipremiado, também ganharão sessão especial. “Precisamos pensar em novos modelos de produção e distribuição de curtas-metragens. Algumas experiências portugueses tem sido valiosas nesse sentido e, sem dúvida, podem servir de inspiração”, completa Felipe. A estreia é 8 de maio, às 19h, no MIS
Curadoria – A direção do festival segue a cargo do cineasta Felipe Arrojo Poroger. Seu último filme, “Aqueles Anos em Dezembro”, concorre ao Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, depois de sido exibido em festivais como É Tudo Verdade, Gramado e Mar del Plata e ganhado, dentre outros prêmios, Melhor Filme na última Semana Paulista do Curta-Metragem. Na curadoria estará acompanhado do também de Bruno Carboni, montador de longas-metragens como “Castanha” de Davi Pretto, “Beira-Mar” de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, e “Rifle” de Davi Pretto (Melhor Filme Júri da Crítica no 49º Festival de Brasília e selecionado para 67ª Berlinale – Forum), além de diretor do curta “O Teto Sobre Nós” que estreou no 68º Locarno Film Festival – Leopards of Tomorrow International Competition.