Aos 13 anos de idade, Jonas tem uma difícil missão: administrar o circo que ele mesmo fundou no quintal de sua casa. Neto de artistas circenses, o garoto tenta manter a paixão da família através do seu circo improvisado, na periferia de Salvador. O dia a dia deste artista-mirim do circo é mostrado no documentário JONAS E O CIRCO SEM LONA, primeiro longa de Paula Gomes, que estreia em todo Brasil no próximo dia 16, através do projeto Sessão Vitrine Petrobras.
Rodado ao longo de dois anos na Região Metropolitana de Salvador, o filme partiu de uma pesquisa iniciada em 2006 pela diretora. Paula procurava por circos itinerantes pelo interior da Bahia quando conheceu a família de Jonas. Vindo de uma família tradicional de artistas, Jonas teve a ideia de criar o seu próprio circo, usando materiais que restaram do circo que a família tinha deixado para trás. Os novos artistas são amigos e vizinhos que ele convidou para participar e ensinou um pouco da arte circense.
O filme também discute a educação no Brasil através do dilema de Jonas. Sem incentivo nenhum da escola e dos professores, o garoto quer deixar os estudos de lado para se se dedicar totalmente a sua paixão. Mas a mãe não abre mão do futuro do filho e vê nos estudos a grande oportunidade. O longa já percorreu mais de 30 festivais e levou prêmios no México, nos Estados Unidos, na Espanha e na França. Foi o único representante latino-americano no IDFA – International Documentary Film Festival Amsterdam. No Brasil, ganhou Melhor Longa pelo Júri Especial no Festival Panorama de Cinema 2016, Prêmio Destaque do Cine Esquema Novo 2016 e Menção Honrosa do Júri do Cachoeira Doc 2016.