Sesc Santana recebe a exposição Calhau

O Sesc Santana receberá novas obras do Acervo Sesc de Arte Brasileira pelo projeto Recortes do Acervo. O programa conta com trabalhos que representam a produção artística nacional das últimas décadas. Sendo assim, de 13 de agosto a 11 de dezembro, terça à sexta, das 10h às 21h, e sábados e domingos, das 10h às 18h, a exposição Calhau – Da Informação à Alienação permanecerá em exibição na galeria do 1° Andar.

Por meio de suas obras, os artistas Magy Imoberdorf e Claudio Tozzi trazem para o centro da discussão questões acerca da produção de informação, o caminho entre o acontecimento e a notícia, o mito da imparcialidade jornalística e o papel da mídia na construção das subjetividades individuais e coletivas. Integra a exposição, também, o texto de mediação do escritor independente e roteirista carioca Anderson França.

Magy Imoberdorf é designer formada pela ECAL, em Lausanne, Suíça. Muito do seu trabalho é um comentário sobre as diversas realidades do mundo. As matérias descartadas e negligenciadas ganham visibilidade e significado. Eventos diários – quase sempre políticos – são transformados em desenho. Mesmo aos acontecimentos dramáticos a artista é capaz de inserir uma abordagem otimista na feiúra característica da realidade contemporânea.

Tozzi é mestre em Arquitetura e Urbanismo pela USP. Trabalha com temáticas políticas e urbanas, e procura introduzir frequentemente novas técnicas, como a serigrafia. Suas primeiras obras apresentam elementos que revelam influências da arte pop, como o uso de imagens retiradas dos meios de comunicação de massa, as quais remetem à linguagem dos quadrinhos. Em suas pinturas utiliza um rolo de borracha de superfície reticulada, o que agrega novos aspectos às suas obras, como textura e volumetria.

Anderson França, Dinho, 40 anos, é carioca de Madureira. Escreve sobre a Zona Norte do Rio, lugar onde morou toda a vida, exceto por alguns anos na favela de Vila Aliança, Zona Oeste. Dinho é CEO da Dharma ACC, agência de comunicação criada na Maré em 2011. É empreendedor, autodidata e já realizou projetos com agências e empresas, todos dialogando com o Rio e com juventudes. Os projetos que criou e coordenou são integralmente dedicados ao desenvolvimento sócio-econômico de territórios populares onde atua, tanto no subúrbio carioca, quanto nas favelas da Zona Norte do Rio.