O A&E anuncia a estreia da série dramática de seis episódios As Crônicas de Frankenstein, protagonizada pelo ator britânico e ganhador do prêmio Emmy Sean Bean (Game of Thrones, Senhor dos Anéis).
As Crônicas de Frankenstein é uma impecável série dramática que narra, sob a perspectiva singular do detetive John Marlott (Bean), os acontecimentos misteriosos que ocorrem em Londres em 1832. Marlott insiste em resolver o mistério por trás dos experimentos demoníacos que, aparentemente, são consequência da obra de Mary Shelley sobre o doutor Victor Frankenstein e suas vítimas. As Crônicas de Frankenstein combina ação, suspense, intriga e terror, no melhor estilo do A&E.
Londres, 1827. O corpo de uma garota é encontrado depois de uma bem-sucedida operação policial no Rio Tâmisa para deter uma quadrilha de contrabandistas de ópio. O inspetor John Marlott (Bean) fica horrorizado ao descobrir que, na realidade, não se trata de uma criança, mas de uma grotesca costura de partes de corpos humanos. Na primeira temporada, Marlott irá procurar o assassino por trás do corpo mutilado, o que levará o inspetor aos cantos mais obscuros da Londres georgiana, em um submundo de prostituição, tráfico de drogas, tráfico de órgãos, assassinato de aluguel e outros crimes. À medida que Marlott avança em sua investigação, ele entra em conflito com a classe médica e poderosas forças políticas que lutam contra a marcha do progresso científico. Uma coisa é certa, um poder demoníaco está atuando na cidade, aparentemente tratando de reanimar os mortos em uma curiosa paródia do célebre romance Frankenstein. Incapaz de tirar de sua cabeça o que aconteceu às margens do Tâmisa, mas resistindo a admitir o impossível, Marlott chega a uma conclusão dramática. Porém, na hora de seu grande triunfo, outro horror é revelado, que mudará a vida do inspetor para sempre.
Esta ficção, cuja segunda temporada já está confirmada, conta com importantes personagens históricos inseridos na série. Entre eles, destaque para a criadora de Frankenstein, Mary Shelley, interpretada por Anna Maxwell Martin (The Bletchley Circle); Sir Robert Peel, fundador da Força de Polícia Metropolitana britânica, protagonizado por Tom Ward (Silent Witness); Charles Dickens (ou Boz, seu apelido), interpretado por Ryan Sampson; e o poeta e pintor William Blake, caracterizado por Steven Berkoff (Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres). Além disso, As Crônicas de Frankenstein traz um grande elenco que inclui Charlie Creed Miles (Ripper Street) como Pritty; Richie Campbell (Waterloo Road) no papel de Nightingale; Samuel West (Mr Selfridge); Ed Stoppard (Cilla); Elliot Cowan (Da Vinci’s Demons); Hugh O’Conor (Chocolate); Joe Tucker (Bronson); Kate Dickie (Game of Thrones); Lalor Roddy (Fome); Patrick Fitzsymons (Game of Thrones), entre outros.
A série funde de maneira única elementos clássicos dos gêneros terror e crime. A série foi filmada na Irlanda do Norte e conta com uma grande produção, que abrange desde as caracterizações e roupas de época até os locais e a fotografia, resultando em uma história cativante, macabra e verossímil.
As Crônicas de Frankenstein foi criada pelo diretor e roteirista indicado ao Emmy Benjamin Ross (O Livro Secreto do Jovem Envenenador, Torte Bluma), que também dirigiu os seis episódios, e foi escrita por Barry Langford (Torte Bluma). É produzida pela Rainmark Films e distribuída pela Endemol Shine International. Os produtores executivos são Tracey Scoffield (A Grande Luta de Muhammad Ali) e Frank Doelger (Game of Thrones), além de David Tanner (pela Rainmark Films).
O episódio de estreia, Um mundo sem Deus, começa em Londres, 1827. Altas horas da noite nas margens do rio Tâmisa. Uma operação de contrabando está em andamento. Do nada surge um barco da polícia que avança contra os criminosos. Após uma luta entre a polícia e os bandidos, começa uma furiosa perseguição.
Pouco depois, John Marlott, um veterano oficial da polícia e ex-combatente da Batalha de Waterloo, percorre o Tâmisa, avaliando o sucesso da operação. O som agudo de um apito da polícia chama sua atenção para um pequeno vulto que jaz às margens do rio. Ao se aproximar, descobre que se trata do corpo de uma menina de cerca de 10 anos. O cadáver está coberto de suturas, uma imagem que provoca calafrios. Marlott se agacha para tocar a mão morta, mas, em um momento de terror, a mão da menina se move e se agarra a ele.
A aparição do corpo cadáver recebe atenção urgente do ministro do Interior, Sir Robert Peel, que convoca Marlott e ordena que ele coloque em prática uma investigação reservada do caso. Logo, o cirurgião responsável pelo Hospital San Bart, em Smithfield, Sir William Chester, explica a Marlott que o cadáver é composto por partes de sete ou oito corpos costurados entre si.
Marlott começa a trabalhar nos escritórios da polícia, conhecido na época como Bow Street Runners, e recruta Nightingale, um oficial jovem e otimista, para ajudá-lo na investigação. Marlott concentra sua atenção em uma casa de um bairro humilde, onde o criminoso Billy Oates comanda uma gangue de delinquentes juvenis. Lá ele conhece uma garota chamada Flora. Também encontra uma pintura pendurada na parede: se trata de Little Girl Lost (Pequena Menina Perdida), do artista William Blake. Marlott resolve investigar a fundo.
PERSONAGENS As Crônicas de Frankenstein
Para os produtores do programa, encontrar o ator certo para o personagem principal foi a parte mais importante na criação da história. Para eles, John Marlott era o núcleo que seria orbitado pelos outros personagens.
Embora muitas pessoas possam reivindicar a ideia de ter colocado Sean Bean como protagonista, a produtora executiva Tracey Scoffield se apressa em apontar o produtor Frank Doelger, seu sócio na Rainmark Films, como o primeiro a sugerir seu nome.
“Na primeira vez que lemos o material pensamos que Sean seria uma grande opção”, lembra Scoffield. “Contatamos seu agente no início do processo e Sean se juntou ao projeto na etapa inicial, de modo que, enquanto Ben escrevia, na verdade já podia desenvolver esse personagem tendo Sean em mente”.
Doelger havia trabalhado com Bean na primeira temporada de Game of Thrones e havia escutado o ator demonstrar interesse em encontrar uma história sombria na qual pudesse encarnar um investigador. Ross ficou encantado em ter alguém como Bean comprometido desde o princípio com o papel por várias razões, entre outras porque isto lhe permitiu dar forma ao personagem, já pensando na entonação e gestos de Bean.
A relação de trabalho entre Bean e o diretor é descrita por este último como “uma colaboração próxima”. “Tem que ser de desse jeito quando você tem seu ator principal em quase todas as cenas”, explica Ross. “É uma sorte que ele tenha gostado tanto. Isso facilitou muito meu trabalho e foi um grande prazer trabalharmos juntos. Nas primeiras etapas de roteirização, mostramos o material a ele, que logo demonstrou interesse e se juntou ao projeto. Claramente, ele foi tocado de alguma maneira pelo personagem”.
Bean, cuja carreira lhe proporcionou inúmeras oportunidades para interpretar personagens heroicos, mas falhos, se identificou com a capacidade de Marlott de ser um homem comum, mas ao mesmo tempo com capacidade de operar em diversos níveis, seja em lugares barra-pesada, na rua ou nos corredores do poder, e sentir-se em casa em qualquer dessas situações. “Suponho que isso se deve a seu passado e suas experiências de vida, como ter sido soldado e ter trabalhado com gente comum da classe operária, com a qual ele está familiarizado”, disse Bean. “Isso foi de grande valia, já que as pessoas confiam nele e o aceitam com um deles. Mas ele também pode se relacionar com a classe alta, os lordes e as ladies, os cirurgiões e os médicos”.
Para Bean, Marlott chega a ficar confuso com as expectativas criadas em torno dele. Ao dar a impressão de estar mal informado ou, para alguns, de ser muito raso, esse detetive pode ganhar mais terreno. “Acredito que a maioria das pessoas acha que ele não sabe muito, que vai recolhendo pequenas pistas, mas que não vai chegar a parte alguma. Mas na verdade ele é um cara bastante inteligente e conhece os pontos fracos das pessoas. É um cara muito cerebral, que pensa e encontra a lógica e a razão à medida que avança.
É tudo uma jornada que o conduz diretamente para o meio do caos. Marlott está por sua conta porque na verdade ninguém está lhe oferecendo ajuda; tudo depende do que as outras pessoas têm ou não a ocultar. Com o tempo, Marlott começa a suspeitar que há muito mais coisas por trás desse crime; que tudo leva a instâncias mais altas do establishment, algo que é muito atual, se levarmos em conta que, até certo ponto, isso está acontecendo agora mesmo na Câmara dos Lordes.
Ele é um cara racional e um grande solitário. Perdeu sua esposa e a filha quando era apenas um bebezinho, o que é algo que sempre o deprime e entristece. De alguma maneira ele está tratando de redimir a si mesmo ao buscar desvendar um crime que deixa crianças mutiladas, desmembradas e costuradas.”
Embora o papel necessitasse de pistolas e ação física, tanto Ross como Bean se mostraram reticentes em fazer desses momentos os pontos principais do personagem. Bean, que é partidário de usar de forma precisa e restrita as armas nas artes e entretenimento, estava determinado a evitar que Marlott encontrasse uma solução fácil para a ameaça de uma arma. “Sean tem pistolas e músculos, e é um papel fisicamente muito exigente, dadas todas as coisas pelas quais o fizemos passar; ele passa um bom tempo dentro da água ou pulando sobre coisas, etc.”, aponta Ross. “Mas também passa muito tempo pensando, fazendo perguntas e conjecturando sobre uma grande quantidade de diferentes teorias”. “Ele participa de vários embates físicos porque essa é a natureza da história”, acrescenta Scoffield. “Porém, sua função principal é a de um investigador que tem que fazer deduções a partir de uma série de pistas que consegue, algumas das quais são mais misteriosas que outras. Ele tem que amarrar toda a história, juntando todas essas peças. A história coloca Marlott em meio a uma ampla gama de personagens vindos de diferentes âmbitos da vida, dos antros cheios de imundície de Smithfield até os corredores reluzentes de Whitehall. Acredito que, em parte, isso ocorra por esse crime ser tão grotesco. O roubo de cadáveres não é algo que as pessoas da alta sociedade poderiam fazer muito facilmente. É um fato histórico, os cirurgiões tinham que conseguir corpos para que eles os pudessem dissecar e analisar. Cada vez havia menos pessoas enforcadas publicamente, de modo que os corpos tinham que vir de outras fontes. É aí que surge a história de Burke e Hare, por exemplo, e de muitas outras pessoas que eram conhecidas em Londres por praticar assassinatos por encomenda dos cirurgiões.” MARY SHELLEY (ANNA MAXWELL MARTIN) Uma das atrizes que interpreta um personagem histórico é Anna Maxwell Martin, que se juntou ao projeto para dar vida a Mary Shelley sem pestanejar. Ela já havia trabalhado com o escritor e diretor Ben Ross em Poppy Shakespeare. Ao ser perguntada sobra as diferenças entre trabalhar com um único escritor-diretor e trabalhar com um grupo de escritores e diretores, ela ri. “É o todo-poderoso! A última vez que trabalhamos juntos, tivemos uma brilhante experiência criativa e artística. É um projeto que realmente está muito próximo do meu coração. Sempre achei Ross brilhante. Ele é incrivelmente inteligente e decidido. Gosto muito de trabalhar com ele, de verdade, e realmente confio nele como artista e criador. Quando ele me pediu para participar disso, nem me preocupei em saber mais detalhes do projeto, apenas disse: ‘Sim, estou dentro’. É que confio nele e em seu supercérebro”. Mary Shelley é considerada uma das grandes escritoras britânicas e sem dúvida sua visão do monstro de Frankenstein foi objeto de inúmeras interpretações com o passar dos anos. Mas quanta pressão Maxwell Martin sentiu para dar vida a uma figura literária tão emblemática? “Quando alguém interpreta uma pessoa da vida real cuja existência tenha sido muito recente, é claro que sentimos uma enorme pressão para respeitar essa pessoa ou a memória que se tem dela”, diz a atriz. “Mas, com Mary Shelley apenas tenho que fazer o que Ben me diz. Só tenho que dar vida ao que está escrito no papel, porque essa é a visão que Ben tem de Mary Shelley, e eu não posso refutá-lo, já que não se sabe muito sobre como ela era. Por isso é fácil lhe dar vida e respeitar sua memória”. Maxwell Martin também se sente feliz por ter encontrado o que considera uma oportunidade rara: poder interpretar uma mulher forte. “Ben escreveu o papel para uma mulher muito forte e inteligente… finalmente!”, disse. “Acho que temos dado grandes passos em direção a séries protagonizadas por mulheres. Mas ainda há muito caminho para percorrer. Muitas vezes as mulheres são apresentadas como “a namorada”, “a parceira bonitinha”, “a esposa maltratada” e todos esses clichês. O bom de interpretar Mary é que ela tem algo de megera. Em parte ela é uma megera esquisita. É uma criatura singular, muito forte e poderosa; muito brilhante, incrivelmente inteligente e, sim, talvez não haja muitos personagens como ela”. Tom Ward interpreta Sir Robert Peel, o fundador da Força de Polícia Metropolitana. Novamente, é outro personagem histórico incorporado por Ross em sua obra com o propósito de fixá-la na realidade, o que transmite ao público a sensação de que isso pode realmente ter acontecido. Para Ward, esse conceito aproxima de forma fascinante a mitologia de Frankenstein com o início de muitas outras áreas do progresso humano na medicina, ciência, indústria e sociedade. “As pessoas escrevem histórias de ficção que envolvem pessoas verdadeiras, mas o que é incomum é escrever histórias fantásticas, histórias que são quase de terror, protagonizadas por pessoas da vida real. E essa história faz isso de forma bem-sucedida“. “A eletricidade era um assunto que estava sendo discutido e cujos segredos estavam começando a conhecer. Acho que começaram a fazer essas experiências ao aplicar corrente elétrica nas patas de sapos. As pessoas de repente acreditavam ter descoberto o segredo da vida. Se falava muito disso, era um tema de atualidade e não de fantasia. Era algo pelo qual as pessoas se interessavam de verdade. De algum modo nossa história se mantém ancorada na realidade“. Nessa época, Sir Robert Peel se dedicava ao que seria o início de seu próprio legado: a Força de Polícia Metropolitana. Como Ministro do Interior, estava cada vez mais convencido de que Londres necessitava de uma maior força policial e transformou a existente Polícia do Rio Tâmisa na Polícia Metropolitana (ou os “Peelers”, como eram conhecidos). “Foi esse seu papel histórico e verdadeiro, ele simplesmente representa o estabelecimento da nossa história, com todas as suas ambições, decepções e arrogância. Esse papel é desempenhado a partir de uma perspectiva dramática”. Ward reconhece que, ao selecionar esse momento particular da história, o diretor e escritor Ben Ross pôde retratar uma época em que os povoados estavam se transformando em cidades e que a Revolução Industrial estava criando uma sociedade integrada verticalmente, com todos trabalhando em prol de objetivos em comum: construir indústrias e aumentar a produtividade. “Essa é a razão pela qual esse período é tão magnífico para nossa história”, diz Ward. “As cidades estão começando a crescer, com toda a energia e empolgação que isso acarreta, mas também com todos os problemas associados às cidades, problemas que continuamos a ter hoje: a pobreza e as regiões marginalizadas. Observamos essas camadas e vemos as pessoas se digladiando: os muito ricos e os muito pobres. Peel é definitivamente uma janela para isso. Boa parte da diversão que Sean e eu tivemos em nossas cenas – me dei conta – era o fato de Sean sempre ter que se reportar para Peel. O espectador vai ver Sean no meio de um pântano, suando sangue e apanhando nas ruas. Ele pode ter passado a noite em pé, exausto e com a roupa cheia de terra. E Peel está lá, tomando café da manhã, comendo o seu ovo cozido e dizendo: “Você já chegou a algum resultado? Que diabos você fazendo, cara?”. O papel de Peel naquele momento era aproveitar essas mudanças significativas, e Ward acredita que a integração entre os ricos e os muito pobres em um mesmo ambiente levou Londres, em particular, a funcionar com grande sucesso como cidade. Do meu ponto de vista, Peel é um aristocrata, além de ser extremamente mal-educado. Ele é muito convencido devido ao seu poder e status. Mas o que ele está tentando fazer ao introduzir essa legislação médica enquanto trabalha com a força policial é trazer alguma ordem ao que considerava ser uma situação de faroeste”. Correndo atrás dos rumores a respeito de uma importante investigação conduzida pela polícia sob a liderança de Marlott está o repórter novato Boz, que posteriormente seria conhecido como o escritor Charles Dickens. “É muito divertido interpretar Charles Dickens, já que existe muitos mitos sobre sua personalidade. Ele era notoriamente excêntrico, extraordinariamente erudito e ambicioso”, diz o ator Ryan Sampson, mais conhecido por seus papeis de protagonista em Plebs e After You’ve Gone. “Discuti um pouco com Ben sobre como ele imaginava que podia ser o jovem Dickens. Ele me dizia que a magnitude da ambição e energia de uma pessoa cujo legado é uma obra literária fundamental na história tem que ser absolutamente monumental. Porque ele está decidido de maneira inconsciente a erguer seu futuro e de algum modo continuar vivo após sua morte”. “Sabemos que Dickens era um grande comentarista social. Aqui o concebemos como um homem ávido por encontrar a verdade das coisas. Isso o impulsiona a explorar becos escuros, e o vemos em situações estranhas, ansioso por chegar ao cerne das coisas. O que eu gosto nessa história é a forma como está ancorada no mundo real e no que realmente aconteceu. Como aparecem personagens verdadeiros – Mary Shelley, Sir Robert Peel, William Blake -, há uma sensação de que se trata do mundo real. Então, quando isso conduz a um horror sombrio e gótico, o impacto é ainda maior, devido ao cenário muito real. Nunca vi isso sendo feito antes”. Vestido com um casaco vermelho com punhos de veludo, Sampson admite que se sente muito à vontade com seu figurino. “Na verdade eu nunca havia usado uma roupa dessas, acho que não há muitas pessoas que usem”, ri. “Eu acho que a roupa causa um efeito especial em mim, eu sinto que fui feito para isso. De agora em diante eu posso adicionar um pequeno toque de Laurence Llewelyn-Bowen no meu estilo de vestir”. Conhecido sobretudo por seu trabalho em comédias, Sampson está feliz por ter a oportunidade de atuar no gênero de terror. É uma paixão que ele cultiva desde cedo. Junto a Marlott está Nightingale, um personagem fictício interpretado por Richie Campbell. Evitando cair no clichê do clássico sidekick ou parceiro de aventuras do protagonista, a equipe se esforçou para se assegurar que Nightingale seguisse seu próprio caminho e não o de Marlott. “Não queríamos que fosse uma relação convencional detetive-ajudante, que geralmente existe para que o detetive tenha alguém a quem explicar as coisas. Ben resistiu a isso tanto quanto possível, já que isso, inevitavelmente, supõe tratar o público de forma paternalista, ao dizer coisas que ele não sabe. Na verdade, é muito mais interessante para o público que na maior parte do tempo estejamos um passo adiante dele. O público tem que se esforçar um pouco mais para entender o que está acontecendo”. Richie Campbell, com o desafio de interpretar um personagem que, essencialmente, tem um bom coração e sólidos valores morais – em vez de um vilão –, representa uma oportunidade interessante. “É muito instigante interpretar um cara mal, porque há tantas coisas que podem ser exploradas neles e que não é possível explorar em seu dia a dia”, diz. “Mas, o interessante de Nightingale para mim, era estar na pele de alguém que pudesse ser tão sério e tão apegado a suas crenças; acho isso muito interessante. Na vida cotidiana acho difícil que alguém se apegue a isso, porque há muitas influências externas”. “Se olharmos para Londres de 1827, nos perguntamos como aquelas pessoas sobreviviam. Só o fato de viver era muito difícil. E o passado de Nightingale, como cresceu como um órfão abandonado, deve ter sido muito difícil para ele”. O ator Charlie Creed-Miles, que interpreta o saqueador de túmulos e ladrão de cadáveres Pritty, já havia trabalhado com o escritor-diretor Ben Ross no filme O Livro Secreto do Jovem Envenenador. “Fiquei muito feliz em ser chamado para esse papel”, diz. “É um grande cara e um talento autêntico. O resultado é algo palpável e fascinante”. Embora o que Pritty faça seja brutal e moralmente corrupto, ele, como muitas outras pessoas do início dos anos 1800, operava dentro dos limites da lei. “Se não fosse por pessoas como Pritty, desenterrando cadáveres e os oferecendo aos cirurgiões para que fossem dissecados, não estaríamos onde estamos hoje em termos de medicina. É algo repugnante, mas acredito que era a única maneira de fazer avançar a ciência médica naqueles tempos. Uma necessidade”. Creed-Miles aproveitou todos os elementos relacionados com o personagem de Pritty: desde o figurino e ambientes em atuava, até os aspectos físicos, em particular sua rivalidade com Nightingale. “Adoro toda a ação física”, admite. “Fico feliz em me exercitar para as cenas de luta”. Ele e Richie Campbell coreografaram cuidadosamente uma briga no mercado, para que parecesse tão autêntica quanto possível. “Quando há coisas relacionadas com lutas, normalmente há um período de ensaios prévios, porque pode ser bastante complicado, difícil de fazer. Mas o resultado foi grandioso, ficamos realmente satisfeitos: Richie ficou em forma à moda antiga, no modo vitoriano. Muito divertido. E me acertou com força!”. SIR WILLIAM CHESTER (SAMUEL WEST) Samuel West acredita que Sir William Chester surge como um símbolo do progresso incômodo da ciência, alguém que crê que a superstição da religião é o único obstáculo para o avanço da ciência. Para West, se trata de um papel fascinante de interpretar. “Eu me encontrei com Ben e pensei: isso não é apenas terror, embora eu ame os filmes de terror, particularmente os mais antigos; A Noiva de Frankenstein é um dos meus filmes favoritos. E eu interpretei o Doutor Frankenstein em Van Helsing: O Caçador de Monstros”. “Suponho que isso nos fascina porque toca diretamente no cerne de questões sobre a falibilidade humana; até onde podemos nos atrever a experimentar antes de chegarmos na terrível fase de brincar de Deus. Há discussões morais e filosóficas muito fortes –não só científicas – sobre o que poderíamos e deveríamos estar fazendo. Acho que essa é a razão pela qual isso importa como história, além de, claro, ser algo espantosamente aterrorizante e uma grande aventura”. “Ser um homem educado, com um certo dinheiro, com a ciência a seu lado é o que define William Chester. Mas ele se depara com nada menos do que milênios de superstição, onde prevalece a crença de que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus e o que há dentro dele não é da nossa conta. Acho que Chester sente que essa ideia é não apenas ofensiva, como perigosa, pois constitui um obstáculo para o progresso”. “Chester considera um grande erro não olhar dentro de esse corpo supostamente presenteado por Deus para ver o que o faz funcionar e descobrir como poderia viver mais tempo e, efetivamente, como poderia revivê-lo. Não olhar para o interior do corpo implica insistir no sofrimento humano e diminuir nosso conhecimento; ele se sente no dever de fazê-lo. Pensar assim o coloca em oposição a séculos de tradição e à crença de que não deveria fazer nada relacionado a isso. Com a arrogância de ter uma boa educação e sendo um homem estabelecido no coração do Império Britânico, Chester é perseverante em perseguir o que considera correto e não se preocupa com as consequências ou com qualquer um que esteja em seu caminho”. JEMIMAH HERVEY (VANESSA KIRBY) “Quando li meu papel pela primeira vez fiquei deslumbrada com o quanto ela é enigmática”, diz Vanessa Kirby ao se referir a sua personagem, Lady Jemimah Hervey, a irmã de Daniel Hervey. “É uma personagem que achei fascinante desde o começo. É uma das poucas que atua nas altas camadas da sociedade, embora nunca senti que ela pertencesse a esse mundo. Ela não se define por quem é. Sentimos que ela está escapando de algo, se escondendo de algo; que está ferida. Sentimos que ela está perdida, embora agarrada às restrições do que mais sabe fazer. A fachada que demonstra contém em seu interior uma criatura muito mais interessante e complexa”. Kirby acredita que Jemimah seja o produto de uma infância deslocada, que acabou por aprisioná-la fisicamente na roupa que usa e mentalmente em cada uma das decisões que deve tomar para se proteger. “Diferentemente de Shelley, ela não conta com um meio de expressão artístico ou criativo para canalizar sua inteligência. Em vez disso, ela carrega uma grande dor dentro de si, mas só começamos a ter uma ideia de como o seu passado foi acidentado no final da série. Marlott oferece uma fuga, uma chance para que ela possa sonhar com afeto, sem o peso do passado e sua existência sufocante”. Enquanto outros personagens da série são baseados em figuras históricas, o papel de Kirby foi escrito do zero, o que permitiu ao escritor-diretor Ben Ross construir sua personalidade por completo. Ela acredita que teria menos liberdade se interpretasse um personagem histórico? “Claro”, diz Kirby. “Foi assustador descobrir finalmente que uma personagem que fala de ideias e crenças, e que tem um claro desejo de ser levada a sério, tem outras motivações além das emoções. Sempre fui fã de escritores-diretores e trabalhar com Ben Ross na criação de Jemimah foi genuinamente prazeroso. Foi tão esplêndido estar no set com a pessoa que criou a personagem e que conhecia exatamente as contradições que enfrentava, tanto no mundo externo como dentro dela mesma”. “A história de Jemimah está fundamentada diretamente na encruzilhada que a época enfrentava: o embate entre ciência e religião. Ela tem um irmão que está em busca da verdade por meio da ciência. Mas para Jemimah, a igreja é sua redenção, sua vida. Ela se opõe ao movimento da ciência e incansavelmente promove campanhas contra os cirurgiões que parecem não levar em consideração o interesse pela espiritualidade e muito menos demonstram compaixão, de seu ponto de vista. Porém, Marlott remexe em algo muito profundo em seu interior. Ela agora vê algo em Marlott e, seja qual for a razão, quer tê-lo por perto. Marlott representa outra vida a qual ela pode aspirar; uma vida verdadeira, mais humana, com a possibilidade do amor… Acho que ela acredita profundamente que não é digna do amor, o que a torna muito mais fascinante”. Curiosamente, Kirby é filha de um cirurgião e acredita que o grande debate entre religião e ciência ainda está pendente. “A ciência é, sem dúvida, uma forma mais objetiva de ver a realidade. A religião antes servia como um contraponto a isso”, admite. “Mas sinto que uma nova onda de espiritualidade está se abrindo no Ocidente, a qual se choca contra o modelo puramente ateu, de perceber o mundo baseado nos fatos. Um mundo no qual há algo além do que apenas sistemas de pensamento baseados no mundo físico, científico”. Mrs. Bishop a líder subterrânea de uma aterradora quadrilha dedicada ao roubo de cadáveres, levou novamente a atriz Kate Dickie à Irlanda do Norte, lugar onde a série é produzida e onde previamente havia dado vida à Lysa Arryn em Game of Thrones. Porém, essa nova personagem é radicalmente diferente da que interpretou anteriormente no interior de um majestoso castelo. “Ela e sua família de indesejáveis vivem embaixo da terra, em túneis. Na verdade, eles não se misturam com o mundo real. Está tudo abaixo da terra”, explica. “São imundos, vivendo literalmente do que conseguem obter a cada dia e roubando cadáveres; os Bishop vêm de um submundo muito sombrio”. “A primeira vez que li o roteiro fiquei impressionada, porque há muitas reviravoltas” diz Dickie. “Você entra em um beco e é um beco sem saída e, de repente, tem que sair; é um roteiro muito engenhoso. A maneira em que Marlott se move entre a alta sociedade e o submundo, onde vivem os Bishop, é uma maneira bastante única de contar uma história… mas também muito emocionante. ELENCO As Crônicas de Frankenstein SEAN BEAN – JOHN MARLOTT A distinta carreira do premiado ator Sean Bean abrange o cinema, televisão e teatro. Uma de suas interpretações mais memoráveis foi a do personagem Boromir na aclamada trilogia O Senhor dos Anéis, de Peter Jackson, e pela qual Bean conquistou o prêmio de Melhor Ator Britânico nos Prêmios Empire. Também atuou em Percy Jackson e o Ladrão de Raios, de Chris Columbus; Troia, de Wolfgang Petersen; Ronin, de John Frankenheimer. Além disso, estrelou em 007 Contra Golden Eye, Refém do Silêncio, A Lenda do Tesouro Perdido, Plano de Voo, A Ilha, Terror em Silent Hill, A Morte Pede Carona, True North, Anna Karenina, Jogos Patrióticos, Caravaggio, Lorna Doone, Terra da Discórdia e Dia Fatal. Esse ator britânico, formado pela Real Academia de Arte Dramática, chamou pela primeira vez a atenção do público de TV ao protagonizar a série popular Sharpe. Entre outros dramas de destaque na televisão estão Game Of Thrones, da HBO; a célebre Red Riding, do Channel 4; Accused, de Jimmy McGovern, e pela qual Sean recebeu um Emmy Internacional (Melhor Atuação) e uma indicação aos BAFTA (Melhor Ator Principal); Bravo Two Zero; A Woman’s Guide To Adultery; Lady Chatterley; Fool’s Gold; Inspetor Morse; Clarissa; Prince, Troubles; Small Zone; My Kingdom For A Horse; War Requiem; Winter Flight; Samson & Delilah e The True Bride. Entre suas mais notáveis aparições teatrais estão Romeu e Julieta, da Royal Shakespeare Company, sob a direção de Michael Boghdanov; Fair Maid of the West e Sonho de Uma Noite de Verão, sob a direção de Trevor Nunn (ambas produzidas pela RSC de Stratford/Mermaid) e Macbeth, dirigida por Edward Hall. Os créditos cinematográficos mais recentes de Bean incluem O Destino de Júpiter, das irmãs Wachowski, com Channing Tatum e Mila Kunis; Pixels, dirigido por Chris Columbus e Perdido em Marte (The Martian), de Ridley Scott, com Matt Damon e Jessica Chastain. Sean Bean também emprestou sua voz ao personagem General Arrog no filme animado O Reino Gelado 2, que estreou nos cinemas em dezembro de 2015. Nesse mesmo ano Sean protagonizou a segunda temporada de Legends – Identidade Perdida, produzida por Howard Gordon. ANNA MAXWELL MARTIN – MARY SHELLEY Anna fez seu nome como atriz de teatro ao interpretar a personagem Lyra em His Dark Materials, de Philip Pullman, no National Theatre. Depois, em 2005, deu vida a Esther Summerson na adaptação televisiva de Bleak House, pela qual ganhou um BAFTA TV. Quatro anos depois, Anna recebeu outro BAFTA TV por sua atuação em Poppy Shakespeare. Outras aparições suas na televisão incluem Death Comes to Pemberley, The Accused, The Bletchely Circle, The Night Watch, Free Agents e Doctor Who. No cinema, participou de filmes como Philomena, Alan Partridge: Alpha Papa, Amor e Inocência, Amor Para Sempre e As Horas. CHARLIE CREED MILES – PRITTY O britânico Charlie Creed-Miles começou a atuar na adolescência e já participou de mais de 50 produções televisivas e cinematográficas. Entre as mais destacadas se encontram Além da Vida, com Matt Damon; Harry Brown, com Michael Caine; Rei Arthur, da Miramax; O Quinto Elemento, de Luc Besson, e Violento e Profano, dirigido por Gary Oldman. Também foi aclamado por atuações em projetos como Wild Bill, Station Jim e Born Equal, ambos para BBC Films, além de O Golpe, Skins, Five Days, Criminal Justice, Charles II: The Power & the Passion, Hardware, Waking the Dead, White Teeth, Loved Up, Tabloid TV, Essex Boys The Last Yellow, Woundings, Judge Dredd, Glastonbury: The Movie, Super Grass, London Kills Me, O Segredo de uma Sentença, Skulduggery e Press Gang. Mais recentemente, Creed-Miles foi visto em Death in Paradise, Ripper Street e Pleaky Blinders, todas da BBC. SAMUEL WEST – SIR WILLIAM CHESTER Samuel West interpretou Hamlet e Richard II para a Royal Shakespeare Company; Frank Edwards nas quatro temporadas de Mr. Selfridge e foi a voz de Pongo em 101 Dálmatas II – A Aventura de Patch em Londres, da Disney. Entre suas aparições mais recentes na televisão estão W1A e The Hollow Crown II, da BBC, e o filme As Sufragistas. Samuel foi indicado para um BAFTA pelo filme Retorno a Howards End, e a um Prêmio Olivier pela peça teatral Enron. Também foi diretor artístico do The Crucible Theatre, em Sheffield e presidente da National Campaign for the Arts. TOM WARD – SIR ROBERT PEEL Tom Ward é mais conhecido por sua interpretação do Doutor Cunningham na série Silent Witness; por sua atuação na série Warriors, de Peter Kosminsky, e por seu papel de George Osborne no drama Vanity Fair. Igualmente, deu vida ao célebre escritor H.G. Wells na aclamada The Infinite Worlds of H.G. Wells. Outras participações de Tom incluem o filme Contos Proibidos do Marquês de Sade, de Philip Kaufman (2000), além de Mundo Perdido, Death in Paradise, Hawking, Red Cap, Love in a Cold Climate, Orgulho e Preconceito e Death Comes to Pemberley, todas para a BBC; Marple, Moll Flanders e Instinct, para ITV; também The Heart of Me, dirigida por Thaddeus O’Sullivan e Plunkett & Macleane, dirigida por Jake Scott. Nos palcos, atuou em The Wood Demon, sob direção de Anthony Clarke; O Mercador de Veneza e Hayfever, ambas com a diretora Deborah Paige; The Vortex, dirigida por Brian Hands, e An Inspector Calls, sob a direção de Stephen Daldry. VANESSA KIRBY – JEMIMAH HERVEY Vanessa Kirby é conhecida por suas atuações em Questão de Tempo, de Richard Curtis, e Rainha & País, de John Boorman. Em 2009, conheceu o diretor David Thacker, que lhe ofereceu seus três primeiros papéis como protagonista: Ghosts, de Henrik Ibsen; Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, e All My Sons, de Arthur Miller, no Octagon Theatre, em Bolton, pelo qual ganhou o prêmio BIZA Rising Star nos Prêmios MEN. Logo se incorporou ao National Theatre onde atuou como Isabella na obra Women Beware Women, de Thomas Middleton sob a direção de Marianne Elliott e junto a Harriet Walter e Harry Melling (dos filmes de Harry Potter) Também atuou como Rosalind em As You Like It, de William Shakespeare no West Yorkshire Playhouse, em Leeds. Em 2011 protagonizou The Acid Test, de Anya Reiss, no Royal Court sob a direção de Simon Godwin, pela qual foi indicada como Estreante de Destaque nos Prêmios de Teatro do Evening Standard. Vanessa também foi indicada aos Prêmios Ian Charleson por dois anos consecutivos – 2010 e 2011 – em cinco de seis peças teatrais. Em 2011 também estreou na televisão na série The Hour, da BBC, que protagonizou com Ben Whishaw, Dominic West e Romola Garai. Interpretou Estella na adaptação de Grandes Esperanças realizada pela BBC, junto com Ray Winstone, Gillian Anderson e Douglas Booth; e foi eleita uma das “Estrelas da Manhã” pela revista Screen International. Posteriormente deu vida a Alice em Labirinto, minissérie produzida por Ridley Scott e baseada no romance de Kate Mosse; depois, no início de 2012, atuou em Wasteland com Luke Treadaway e Timothy Spall, e depois em Conquistas Perigosas, com Shia LeBoeuf e Mads Mikkelson. No verão de 2014, Vanessa encarnou Stella Kowalski em Um Bonde Chamado Desejo no Young Vic Theatre com Gillian Anderson como Blanche DuBois e Ben Foster como Stanley Kowalski. E ganhou na categoria Melhor Atriz de Elenco nos Prêmios Whatsonstage 2014, concedidos pelo público. Entre seus trabalhos cinematográficos mais recentes se encontram Kill Command, com Thure Lindhardt; O Destino de Júpiter, das irmãs Wachowski, e Evereste, com Jake Gyllenhaal, Josh Brolin e Keira Knightley. Também participou de Bone in the Throat, filme baseado no romance policial de Anthony Bourdain, com Tom Wilkinson e Ed Westwick. Também em 2015, atuou em O Mestre dos Gênios, estreia cinematográfica do diretor Michael Grandage, com Colin Firth, Jude Law e Guy Pearce. Depois, foi vista em The Dresser, de Richard Eyre, com Anthony Hopkins e Ian McKellen; e na adaptação de Como Eu Era Antes de Você, da diretora Thea Sharrock baseado no livro de Jojo Moyes, com Sam Claflin e Emilia Clarke. RICHIE CAMPBELL – NIGHTINGALE O nome de Richie Campbell, que foi indicado aos Prêmios de Cinema e Televisão Screen Nation na categoria Talento Emergente, se encontra em uma extensa lista de créditos de televisão, teatro e cinema. Entre eles estão The Last Photograph, de Danny Huston; Os Selvagens, de Michael J. Bassett; Montana, de Mo Ali; Anuvahood, de Adam Deacon e The Firm, de Nick Love. Também apareceu em diversas séries de televisão como Lewis, Waterloo Road, Top Boy, Random, The Silence, Minder e Holby City. Suas participações no teatro incluem O Sol é Para Todos, no Regents Park Open Air Theatre; Truth and Reconciliation e 93.2 FM no Royal Court; Lower Ninth na Donmar Warehouse, Dirty Butterfly, no Young Vic, e Aida, na Royal Opera House. RYAN SAMPSON – BOZ Pode se dizer que a carreira de Ryan começou quando ainda era um adolescente e o diretor Michael Grandage o escolheu para atuar em diversas produções com Joseph Fiennes e Kenneth Branagh. Entre suas mais recentes aparições no teatro se encontram vários papéis como protagonista no National Theatre, Royal Court (como parte de sua temporada Open Court) e West End. Por outro lado, entre seus créditos para televisão estão a interpretação do jovem gênio megalômano Lucas Rattigan em Doctor Who, e o excêntrico fashionista Shussi na comédia The Work Experience, transmitido pelo canal de televisão digital britânico E4. Em 2014, Ryan foi indicado por Melhor Atuação em Comédia nos Prêmio RTS (agraciados pela Royal Television Society) por seu personagem Grumio na sitcom de sucesso Plebs. Esta produção recebeu o prêmio de Melhor Nova Comédia nos RTS e nos British Comedy Awards e se tornou uma série cult, com uma ampla base de fãs e seguidores. A segunda temporada foi ao ar pela ITV2, novamente com excelentes críticas. Nesse mesmo ano, em sua estreia teatral, Ryan foi indicado a um prêmio What’s On Stage pelo seu Soldado Angelo Maggio, em A Um Passo da Eternidade, de Tim Rice, um papel originalmente interpretado por Frank Sinatra no filme de mesmo nome. Essa atuação lhe rendeu notáveis críticas. The Telegraph disse: “Os protagonistas das histórias devem marcar bem seu nome, pois me atrevo a dizer que se Sampson estivesse em Tubarão, ninguém teria notado a presença do enorme peixe”. Para o Express: “Ryan Sampson, como o generoso e fanfarrão Soldado Maggio, oferece a atuação mais destacada da obra”. Ryan também atuou na segunda temporada da série Up The Women, uma sitcom que se passa em 1910 e cuja trama gira em torno do movimento sufragista, que lutou pelo direito ao voto das mulheres. Escrita por Jessica Hynes e protagonizada por impressionantes talentos britânicos, incluindo Rebecca Front, essa série saltou da BBC4 para a BBC2 devido à fantástica reação do público durante a primeira temporada. KATE DICKIE – MRS. BISHOP Kate Dickie estreou no premiado filme Marcas da Vida, da diretora ganhadora do Oscar Andrea Arnold e pelo qual recebeu os prêmios de Melhor Atriz (British Independent Film Awards, superando Helen Mirren no mesmo ano em que ganhou o Oscar por A Rainha), Melhor Atriz (Festival du Nouveau Cinema, Montreal) e Melhor Atriz (BAFTA Escócia). Do mesmo modo, em reconhecimento ao seu trabalho dramático, em 2007, Kate foi escolhida “UK Shooting Star” no Festival Internacional de Cinema de Berlim. A notável trajetória cinematográfica de Kate inclui estreias recentes como A Bruxa (Sundance), Couple In A Hole e The Silent Storm (com Damian Lewis), além de títulos como For Those In Peril (Festival de Cinema de Cannes/Prêmios BIFA 2013), Shell, de Scott Graham, e Filth, com o premiado ator James McAvoy. Além disso, fez parte do elenco do blockbuster Prometheus, de Ridley Scott, e participou dos filmes britânicos Now Is Good, Outcast, Donkeys, Sommers Town e Summer. Katy também tem uma distinta carreira na televisão, com um poderoso personagem em Game Of Thrones (a “dama louca” Lysa Arryn, das temporadas 2 e 4 dessa série lhe rendeu a aclamação da crítica) e papéis recorrentes nos sucessos internacionais Os Pilares da Terra e o premiado drama da BBC Five Daughters. Outras produções de destaque estão By Any Means, The Escape Artist, Injustice, Dive, New Tricks, Garrows Law, He Kills Coppers, Taggart e The Vice. Ela foi indicada a um Prêmio BAFTA por Tinsel Town em 2000. Também tem uma carreira teatral, que inclui a premiada estreia em Londres da produção de David Crome Our Town, além de Aalst (Londres, Austrália e Reino Unido, pela qual foi indicada como Melhor Atriz nos Prêmios de Teatro UK TMA), Any Given Day (indicada como Melhor Atriz nos Prêmios dos Críticos de Teatro da Escócia – CATS). Kate estudou na Real Academia Escocesa de Música e Arte Dramática (atualmente Conservatório Real da Escócia) BENJAMIN ROSS – DIRETOR Depois de ter estudado primeiro em Oxford e depois na Escola de Cinema da Universidade de Columbia, em Nova York, Benjamin Ross fez seu primeiro filme como escritor-diretor em 1995. O Livro Secreto do Jovem Envenenador estreou comercialmente e foi exibido em festivais, com o aplauso da crítica. Por esse filme, Ben ganhou o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cinema de Edimburgo. Seu trabalho seguinte como diretor foi RKO 281, uma produção da HBO – com roteiro de John Logan – sobre o processo de filmagem de Cidadão Kane, de Orson Welles, protagonizado por Liev Schreiber e John Malkovich. Esse filme ganhou o Globo de Ouro como Melhor Filme para TV em 2000 e dois Prêmios Emmy dos 12 a que foi indicado, incluindo Melhor Diretor. Depois de passar um tempo dedicado ao ensino, como professor de Direção de Cinema na Universidade de Columbia, Ben voltou à direção cinematográfica em 2005, com Torte Bluma, um curta-metragem com Stellan Skarsgaard e Simon McBurney (prêmio de Melhor Filme no Festival de Curtas de Los Angeles). Em 2007, dirigiu o filme Poppy Shakespeare, transmitido pelo Channel 4 e protagonizado por Naomie Harris e Anna Maxwell Martin (que ganhou um Prêmio BAFTA de Melhor Atriz). Esse filme foi eleito como Melhor Filme nos Festivais de Cinema de Santa Bárbara e Burdeos. Ben escreveu inúmeros roteiros, incluindo projetos para Working Title e Michael Mann. AS CRÔNICAS DE FRANKENSTEIN é a primeira minissérie de televisão na qual atua como escritor e diretor.