HOBRA – RESIDÊNCIA ARTÍSTICA HOLANDA BRASIL apresenta 26 obras em evento neste domingo, em Santa Teresa

No dia 11 de julho, dez artistas holandeses desembarcaram no Rio de Janeiro para uma residência colaborativa inédita com onze brasileiros que, assim como eles, produzem arte em diferentes plataformas. Eles fazem parte do projeto HOBRA, que está dentro do calendário cultural das Olimpíadas e é um dos grandes eventos artísticos que serão realizados na cidade em torno dos Jogos. No domingo, 31 de julho, depois de 20 dias convivendo em um casarão em Botafogo, no Rio, imersos em pesquisas sobre a cidade, workshops e muitas festas, os 21 artistas apresentam para o público o resultado desse processo, que começou meses atrás, à distância. São 26 obras inéditas, entre espetáculos, performances, filmes, peça teatral, projeções, instalações videográficas e sonoras e intervenções visuais. Tudo isso junto compõe o evento HOBRA – PARA TODOS, que terá oito horas ininterruptas de programação com entrada franca no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo e no Museu Casa de Benjamin Constant, que ficam a 100 metros de distância um do outro, em Santa Teresa.

HOBRA - RESIDÊNCIA ARTÍSTICA HOLANDA BRASIL

Idealizado pelo TEMPO_FESTIVAL, de Bia Junqueira, Cesar Augusto e Marcia Dias, HOBRA foi financiado pela Holanda através de seus Ministérios de Negócios Estrangeiros e da Educação, Ciência e Cultura (Dutch Ministry of Foreign Affairs and Dutch Ministry of Education, Science and Culture).

“É uma experiência transversal entre os dois países, que u ne arte e reflexão através de linguagens multidisciplinares”, diz o idealizador e curador do projeto, Cesar Augusto. Essa parceria começou há sete anos, quando o TEMPO_FESTIVAL passou a desenvolver projetos com artistas holandeses. “Temos muito interesse pelo intercâmbio, por projetos de residência, pela colaboração entre países com o objetivo de fomentar e difundir arte e cultura”, explica Marcia Dias. “HOBRA é um trabalho pluridisciplinar, que estabelece a parceria cultural entre Holanda e Brasil”, completa Bia Junqueira.

Para selecionar os artistas, Cesar, Marcia e Bia convocaram um timaço de curadores: Ailton Franco Jr. (Festival Curta Cinema / cinema), Batman Zavareze (Festival Multiplicidade / novas mídias), Chico Dub (Festival Novas Frequências / música), Isabel Diegues (Editora Cobogó / literatura), Luiza Mello (Automatica, artes visuais), Paula Camargo (Centro Carioca de Design, design) , Pedro Rivera (Studio-X Rio / arquitetura), Nayse López (Festival Panorama / dança), além dos próprios Bia, Márcia e César (TEMPO_FESTIVAL / teatro e teatro doc). O pesquisador e ensaísta Fred Coelho atuou como um provocador, transitando entre todas as áreas.

Do lado holandês, o curador Jorn Konijn é o parceiro na coordenação do HOBRA. Para ele, o atual cenário político do país é mais um elemento de estímulo à criatividade:

“No meio desse caos, os holandeses desembarcaram no Rio, onde fixaram residência e se conectaram com colegas brasileiros para criar beleza, reflexão e alimento para o pensamento.”

Veja abaixo o que os artistas apresentarão

Arquitetura > Pedro Varella (BR) e Sjoerd ter Borg (NL)

· Documentário

· Instalação que representa uma casa de banhos do Século 19, que existia na residência de Benjamin Constant

· Mapa gráfico inspirado no itinerário de todos os participantes do HOBRA durante a residência

· Plantas de um prédio ocupado por moradores de rua, na Praça Mauá

Teatro > Pedro Kosovski (BR) e Sjaron Minailo (NL)

· Espetáculo com interpretação da atriz Carolina Virgüez e da cantora soprano Gabriela Geluda

Artes Visuais > Marcos Chaves (BR) Jonas Ohlsson (NL)

· Site-Specific da dupla

· Exibição de dois vídeos de Marcos Chaves, um filmado em Amsterdam e outro, no Rio, a partir de cenas corriqueiras das duas cidades

· Live performance de Jonas Ohlsson, com sets do artista como DJ e projeção de seus desenhos

· Grande desenho, resultado de workshop realizado durante a residência

Cinema > Wagner Novais (BR) e Daan Gielis (NL)

· Filme da holandesa Daan Gielis em sete episódios, com registros de encontros realizados em viagens em Uber Pool no Rio (veículos compartilhados). Ficção e realidade

· Filme de Wagner Novais com roteiro inspirado em 30 fotos feitas durante a residência artística, retratando imagens e frases em muros da cidade

Dança > Dani Lima (BR) e Fernando Belfiore (NL)

· Flash mob nos jardins do Centro Cultural Laurinda Santos Lobo

Design > Clara Meliande (BR) e Yuri Veerman (NL)

· Oráculo – Performance com cantores criada a partir de uma pesquisa de opinião realizadas pelos artistas pela internet sobre o futuro do Brasil

Literatura > Jan Cleijne (NL) e Lucas Viriato (BR)

· Comics Book 1

· Comics Book 2

· Comics Book 3

· Comics Book 4

* Os trabalhos gráfico-literários serão exibidos em painéis e mostram quatro histórias e as diferentes etapas de produção de um livro de HQ, desde o rascunho, acompanhado do som que inspirou a obra, até o trabalho concluído.

Música > Floriano Romano (BR) e Emma Rekers (NL)

· Instalação sonora dentro do caramanchão no Museu Casa de Benjamin Constant, com sons criados pelos artistas

· Coro

Novas Mídias > Julio Parente (BR) e Thomas Kuijpers (NL)

· Queda de Braço – projeção 3D em plataformas de acrílico

· Lambe Lambe – cartaz de rua criado pelos artistas

· Jogo de Futebol 7 x 7 – exibição de filmagem de uma “pelada”, realizada com três câmeras e um drone

· Grafite Virtual – projeção de grafites na fachada do Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo

Teatro Doc > Patrick Pessoa (BR) e Jörgen Tjon A Fong (NL)

· Peça teatral itinerante pelos espaços do Museu Casa de Benjamin Constant

* Cada uma das três sessões será apresentada para grupos de 30 pessoas, que receberão aparelhos de MP3 com entrevistas feitas com brasileiros na cidade

Convidada Especial > Clara Cavour (BR)

· Diante do Mar – vídeo inédito

Dança Doc > Dani Lima, Fernando Belfiore e Clara Cavour

· Instalação videográfica

PERFIL ARTISTAS HOLANDA-BRASIL
ARQUITETURA

SJOERD TER BORG – NL

Estudou Ciências Políticas na Universidade de Amsterdã e Arquitetura de Interiores no Sandberg Instituut. Conecta artistas, escritores e designers a vários temas na sociedade, usando uma variedade de meios, criando novas perspectivas. Em seu trabalho, usa métodos de design específicos para cada locação, conectando os escritores e a literatura com as áreas urbanas em transição, por exemplo. Seus projetos contam uma história, a qual é expressa através de plataformas diferentes, que vão do design de espaços até documentários e da literatura à fotografia. Tev e trabalhos exibidos no Stedelijk Museum em Amsterdã, e no Dutch Design Week de Eindhoven na Bienal de Urbanismo de Shenzhen, na China, em 2013. Ter Borg foi selecionado para o programa de desenvolvimento de talentos do Creative Industries’ Fund (2014-15). No verão de 2015, fez residência artística no UnionDocs Center for Documentary Art, em Nova York.

PEDRO VARELLA – BR

É arquiteto formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com extensão acadêmica na Escola Nacional Superior de Arquitetura de Paris-Malaquais, na França. É mestre na área de Teoria do Projeto pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da UFRJ. Tem formação complementar pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde estudou entre 2007 e 2010. É coautor do livro Rio Metropolitano: Guia para uma Arquitetura (2013). É sócio fundador do gru.a (grupo de arquitetos), através do qual desenvolve projetos no campo da arquitetura e das artes visuais. Foi vencedor do Prêmio de Arquitetura do Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel de 2015 e indicado pelo colégio de arquitetos do Illinois Institute of Technology para o prêmio MCHAP (Mies Crow Hall Americas Prize) em 2016. Atualmente, é professor na unidade carioca do Instituto Europeu de Design.

ARTES CÊNICAS

SJARON MINAILO – NL

Diretor de ópera e musicais, lida em sua obra com a fusão de música, dança, teatro, moda e artes visuais em uma experiência estética emocional. O núcleo de sua prática é a colaboração com diferentes artistas, sobretudo europeus, americanos e do Oriente Médio. Sjaron define seu trabalho como “extremamente visual”, mas não se vê como artista conceitual – para ele, as imagens que cria são um gatilho para a experiência emocional do espectador. Nesse sentido, sente-se conectado com a arquitetura modernista brasileira.

PEDRO KOSOVSKI – BR

Dramaturgo, ator e diretor, o carioca se formou na escola de teatro O Tablado, onde atualmente é professor. Formou-se em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde também concluiu seu mestrado e atualmente é professor da pós-graduação. Desde 2005, integra Aquela Companhia, como autor e ator. Entre seus trabalhos mais recentes destacam-se Outside (2011), indicado ao Prêmio Questão de Crítica na categoria Dramaturgia e ao Prêmio APTR na categoria Melhor Texto, além de vencedor do Prêmio FITA pelo texto; Cara de Cavalo (2012), indicado aos prêmios Shell e Questão de Crítica pelo texto; e Caranguejo Overdrive (2015), que lhe rendeu os prêmios APTR, Cesgranrio e Shell.

ARTES VISUAIS

JONAS OHLSSON – NL

Um artista multifacetado: desenha, faz instalações e objetos, compõe música, escreve textos e toca regularmente como Bodfet & DJ Lonely. Sua arte visual é composta de coleções caóticas de referências pessoais e populares. Além da música, provocação e humor estão claramente presentes em seu trabalho, bem como sexo, drogas, política, história da arte e cultura urbana de rua. Aspectos formais, como composição e uso de cores são menos relevantes do que as experiências que Ohlsson pretende evocar. Seu background em música eletrônica permeia o processo artístico, onde a intuição e a associação livre t&ec irc;m papel fundamental.

MARCOS CHAVES – BR

Iniciou sua carreira artística nos anos 1980. Sua obra é marcada pela utilização de diversos suportes e mídias, transitando entre a produção de objetos, fotografias, vídeos, desenhos e sons. Participou da Manifesta 7 – The European Biennial of Contemporary Art, na Itália (2008), da 25ª edição da Bienal Internacional de São Paulo (2002) e da primeira e quinta edições da Bienal do Mercosul, em Porto Alegre (1997 e 2005, respectivamente). Seus trabalhos foram expostos em instituições e galerias internacionais, entre elas Mori Art Museum (Japão), Museum Ludwig (Alemanha), Vaanta Art Museum (Finlândia), S|2 Gallery (Estados Unidos), Galeria Blanca Soto Arte (Espanha) e Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal). No Rio de Janeiro, já expôs no Museu de Arte Moderna, Centro Cultural Banco do Brasil, Museu de Arte do Rio e Museu Nacional de Belas Artes, além das galerias Laura Alvim, A Gentil Carioca e Artur Fidalgo. Em São Paulo, o Museu de Arte Moderna, o CCBB e o Museu da Imagem e do Som já exibiram suas obras. É representado pela Galeria Nara Roesler.

CINEMA

DAAN GIELIS – NL

Estudou cinema e criou uma carreira na indústria cinematográfica por quase 20 anos, trabalhando para Netherlands Film Festival, International Film Festival Rotterdam (CineMart), produtoras e distribuidoras de filmes. Entre 2005 e 2012, chefiou a área de novos talentos e comunicação do Binger Filmlab. Daan sempre teve paixão por escrever roteiros, o que a levou a uma guinada na carreira em 2012. Escreveu o curta Undertow (2011) e mais dois filmes, o longa La Holandesa e o curta Gamechanger, que serão realizados em 2016. Daan ministra workshops sobre desenvolvimento de projetos. Desde 2014, coordena o EYE Prize para o EYE Film Museum, em Amsterdam. Atual mente ela desenvolve dois longa-metragens, Le Voyeur e Roze Koeken.

WAGNER NOVAIS – BR

Nascido na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, começou sua carreira em 2005, como promotor no projeto Cinema para Todos. É codiretor, em parceria com Manaíra Carneiro, de Fonte de Renda, um dos episódios do longa Cinco Vezes Favela – Agora por Nós Mesmos (2010), todos filmados por realizadores egressos de comunidades carentes do Rio de Janeiro. Produzido por Carlos Diegues e Renata Almeida Magalhães, o filme foi escolhido para a Seleção Oficial do Festival de Can nes de 2010 e recebeu os prêmios de melhor filme de ficção – pelos júris oficial e popular –, atriz, ator coadjuvante, roteiro, trilha sonora e montagem no Festival de Paulínia de 2010. Roteirizou, dirigiu e editou diversos curtas- metragens. Atualmente, cursa Cinema na Universidade Estácio de Sá e Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

DANÇA

FERNANDO BELFIORE – NL/BR

É coreógrafo e performer. Estudou teatro na Universidade de São Paulo antes de mudar-se para Amsterdã, onde formou-se na SNDO (School for New Dance Development). Seu trabalho de conclusão, The Miserable Thing, foi indicado para o prêmio ITs Festival Choreography Award e recebeu o prêmio de Melhor Direção do ACT Festival, na Espanha, em 2012. Convidado a fazer parte do Europe in Motion de 2012, ganhou a bolsa de estudos ImPulsTanz DanceWEB em 2013. Fernando faz residência artística na casa de produções Dansmakers Amsterdam e, em 2013, começou a desenvolver a performance&nbs p;Supernatural (com Florentina Holzinger), apresentada na SSBA-Salon Stadsschouwburg. Atualmente, mostra seu solo, AL13FB<3, e trabalha com um novo grupo a performance D3US/x\M4CHIN4. Ele ensina pesquisa de movimento na SNDO, é artista convidado no ICK (International Choreographic Arts Centre) e colabora com o Workspacebrussels.

DANI LIMA – BR

A bailarina e coreógrafa foi fundadora da Intrépida Trupe, grupo que integrou por treze anos. Em 1997, criou sua própria companhia, com a qual tem realizado espetáculos, residências e workshops por todo o Brasil – em eventos como Festival Panorama, riocenacontemporanea, Bienal Sesc de Dança/Santos, Porto Alegre em Cena e Festival de Londrina – e também na Europa – Europalia.Brasil, Play! Leipzig, Move Berlim, Four Days in Motion (Praga), entre outros. Suas montagens Piti (1998), Nato (1999), Digital Brazuca (2001), Vaidade (2001), Falam as Partes do Todo? (2003), Vida Real em 3 Capítulos (2006-2007) e Pequeno Inventário de Lugares-Comuns (2009) mereceram destaque d a crítica especializada como os melhores espetáculos de dança de seus respectivos anos. Formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e mestre em Teatro pela Uni-Rio, publicou os livros Corpo, Política e Discurso na Dança de Lia Rodrigues (2007) e Gesto – Práticas e Discursos (2013).

DESIGN

YURI VEERMAN – NL

É um artista e performer, cujo trabalho lida com símbolos culturais. Se você remixa uma bandeira, ainda restam traços do país em cada cor? Se você rala uma moeda até virar poeira, para onde vai seu valor original? Se você traduz o hino nacional holandês para o árabe, a quem ele está sendo endereçado? Ao reconstruir esses elementos, as obras de Veerman criam espaço para uma nova narrativa. Ele é formado pelo Instituto Sandberg, de Amsterdã. Ensina design gráfico na Escola de Artes de Utrecht e na Academia Willem de Kooning. É um dos fundadores da Platform for Visual Arts, um “think tank” (laboratório de ideias) sobre artes, nos Países Baixos.

CLARA MELIANDE – BR

A designer e curadora tem formação em Comunicação Visual e mestrado em Design, Teoria e Crítica. Em 2013, fez parte do Autumn Curatorial Residency Program, projeto de residência artística do Node Center for Curatorial Studies, em Berlim, onde ficou por três meses e desenvolveu uma exposição que explorava o papel do curador como tradutor. Como designer independente, Clara tem se envolvido em projetos colaborativos voltados para edição, educação, curadoria e crítica de design, como Escola Aberta (2012) e Editora Temporária (2013). Entre 2013 e 2015, m orou na Bélgica, onde trabalhou como designer e pesquisadora, além de colaborar com a equipe de curadores do Design Museum de Gent. Tendo trabalhado em diversos estúdios do Rio de Janeiro, Clara gosta de pensar exposições como meios para discutir assuntos como a verdade histórica e os papéis políticos do design.

LITERATURA

JAN CLEIJNE – NL

Jan Cleijne começou sua carreira em 2001, ilustrando livros infantis e colaborando com revistas em quadrinhos. Desde então, tem trabalhado junto a uma ampla gama de editoras, museus e produções teatrais. Ciclista amador, Cleijne fez de sua primeira graphic novel, Legends of the Tour, um retrato apaixonado sobre o esporte e sua principal prova, o Tour de France. Na obra, ele apresenta lendas como Jacques Anquetil, Fausto Coppi e Eddy Merckx, e narra a evolução do ciclismo, do seu começo inocente no início do século XX (quando os competidores paravam no meio do caminho para uma cerveja) até a máquina de fazer dinheiro de hoje em dia, marcada pelo escândalo de doping de Lance Armstrong, destituído de suas sete vitórias no Tour de France.

LUCAS VIRIATO – BR

O carioca é formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É mestre em Literatura Brasileira pela mesma universidade, na qual cursa atualmente o doutorado em Literatura. Desde 2006, edita o jornal literário Plástico Bolha, que já publicou centenas de escritores e poetas, entre novos e consagrados. Lançou Memórias Indianas (2007), Retorno ao Oriente (2008), Contos de Mary Blaigdfield, a Mulher que Não Queria Falar sob re o Kentucky – E Outras Histórias (2010), Antologia de Prosa Plástico Bolha (2010), Curtos e Curtíssimos (2012), Muestras (2013), Corpo Pouco (2013), Antologia de Poesia Plástico Bolha (2014) e Blue (2015). Após passar pelo evento CEP 20.000, no qual trabalhou com o poeta Chacal, organizou o Labirinto Poético e o Estação Nordeste. Seu trabalho mais recente é a curadoria da exposição Poesia Agora, no Mus eu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Já participou de diversos festivais de poesia pela América Latina e recebeu, em 2012, o prêmio Agente Jovem de Cultura, concedido pelo Ministério da Cultura. Está com dois livros no prelo: Nepal Legal e Índia Derradeira, ambos para 2016.

MÚSICA

EMMA REKERS – NL

Possui licenciatura em música pelo Conservatório de Amsterdã. Quando criança, fez parte do Coro Infantil Nacional da Holanda. Hoje, atua como regente de coro, pesquisadora e coordenadora de workshops para instituições, eventos e salas de concerto como National Opera & Ballet, Splendor Amsterdam, Rotterdam Philharmonic Orchestra, Opera Forward Festival, Vocal Group LEFT e Het Concertgebouw Amsterdam. Emma também exerce a função de vocal coach para integrantes da Royal Concertgebouw Orchestra. Desde 2013, é trainee do programa puntComp, que pesquisa a prática de workshops criativos na produção musical na Holanda.

FLORIANO ROMANO – BR

Formado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, trabalha na criação de obras que combinam instalação, performance e som – intervenções urbanas e sonoras, abertas à participação e produzidas com o auxílio do próprio público. Em 2011, participou da Mostra Panorama da Arte Brasileira e desenvolveu o projeto INTRASOM, com quatro ações no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Integrou a coletiva Voces Diferenciales em Cuba e a 7ª Bienal do Mercosul, em 2009, além de mais de uma centena de exposições desde 2000. Foi o cria dor do programa de rádio Oinusitado, ponto de encontro da cena de arte sonora carioca entre 2002 e 2004. Entre os prêmios recebidos por suas instalações sonoras estão: Projéteis de Arte Contemporânea, Marcantonio Vilaça e Interações Estéticas. Atualmente, é professor da Escola de Belas Artes da UFRJ.

NOVAS MÍDIAS

THOMAS KUIJPERS – NL

Desenvolveu o gosto por investigar fotografias, em vez de produzi-las; durante o mestrado em fotografia, eventualmente parou completamente de tirar suas próprias fotos. Desde 2011, trabalha como artista visual, abordando a maneira como imagens (e textos) são usadas para criar narrativas sobre acontecimentos, e como essas narrativas influenciam nossa percepção. A partir da coleta de materiais a respeito de algum fato recente, Thom inicia a busca por um tema, um fragmento ou pequena metáfora que desenrola o modo como a história será contada. Essa coleção de materiais forma a base de um novo projeto e, não raro, se transforma em parte da obra em si. Seu trabalho tem sido exibido em espaços como Art Weekend er (Bristol), MASP (São Paulo), B.A.D. (Bruxelas), Kunsthal (Roterdã), Stedelijk Museum (Amsterdã) e Krakow Photomonth Festival 2016 (Cracóvia).

JÚLIO PARENTE – BR

Formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 2012, o designer se interessa pelos campos da música, artes visuais e tecnologia. Nos últimos meses, tem trabalhado com projetos que incluem montagem de exposições multimídia, projeções e vídeo-cenários para shows, festas e peças de teatro por todo o Brasil.

DOC TEATRO

PATRICK PESSOA – BR

Doutor em Filosofia pela UFRJ/Universität Potsdam e professor do Programa de Pós-Graduação e do Departamento de Filosofia da UFF. É editor da Revista VISO: Cadernos de Estética Aplicada e atua como crítico teatral na Revista Questão de Crítica. Em 2008, publicou A Segunda Vida de Brás Cubas: A Filosofia da Arte de Machado de Assis (Ed. Rocco), finalista do prêmio Jabuti de Teoria e Crítica Literária. Em 2013, em parceria com Alexandre Costa, publicou A História da Filosofia em 40 Filmes (Nau Editora). Assinou a tradução e a dramaturgia dos espetáculos Na Selva das Cidades, de Brecht, dirigido por Aderbal Freire-Filho (2011), e Oréstia, de Ésquilo, dirigido por Malu Galli e Bel Garcia (2012). Em 2014, em parceria com o diretor Marcio Breu, escreveu a peça Nômades. Em 2015, em parceria com Alexandre Costa, escreveu Labirinto (2015), dirigida por Daniela Amorim. Em 2016, em parceria com o diretor Adriano Guimarães, escreveu O imortal: Um Ensaio.

JÖRGEN TJON A FONG – NL

Diretor de arte, produtor e ator de Suriname baseado na Holanda. Formado pela Escola de Teatro de Amsterdã, abordou o Stadsschouwburg Amsterdam, um dos teatros mais antigos do país, com a proposta de dirigir e produzir uma série de programas mirando um novo público. Desde 2002, Jörgen produz e dirige peças de sua companhia, a Urban Myth, organiza debates e produz espetáculos para apresentação de novos talentos. Os eventos são um sucesso, quase sempre com lotação esgotada. As produções teatrais inspiram-se em textos clássicos, que variam de tragédias gregas à obra de escritores contemporâneos dos Estados Unidos. No palco, Jörgen reúne jovens in térpretes com bagagens culturais bem distintas. Ele também tem mestrado em Estudo de Práticas Avançadas de Teatro pela Universidade de Londres.

CONVIDADO ESPECIAL – BR

CLARA CAVOUR

É jornalista e mestranda no programa de Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio. Foi repórter do Jornal do Brasil e desde 2008 trabalha como filmmaker. Diretora de documentários musicais e videoclipes, Clara desenvolve também o trabalho autoral Retratos, uma série de retratos filmados de pessoas do tempo presente.

PROVOCADOR – RJ

FRED COELHO

Pesquisador, ensaísta e professor de Literatura Brasileira e Artes Cênicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É autor de Livro ou Livro-me – Os Escritos Babilônicos de Hélio Oiticica (EdUERJ, 2010), Eu, Brasileiro, Confesso Minha Culpa e Meu Pecado – Cultura Marginal no Brasil 1960/1970 (Civilização Brasileira, 2010) e O Rappa – Lado B Lado A, parte da coleção O Livro do Disco, da editora Cobogó, da qu al também é organizador ao lado de Mauro Gaspar. Entre 2009 e 2011, foi assistente do curador Luiz Camillo Osório no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Fez curadorias para exposições como Travessias (com Daniela Labra e Luisa Duarte), realizada no Galpão Bela-Maré em novembro de 2011, Tudo que Vive É Espesso, de Maria Laet (A Gentil Carioca, outubro de 2012), e Contos sem Reis, de Laercio Redondo (Casa França-Brasil, março de 2013). Foi curador, ao lado de André Valias, da exposiçãoGIL70, dedicada à carreira do cantor e compositor Gilberto G il, realizada no Centro Cultural Correios (Rio de Janeiro) em outubro de 2012 e no Itaú Cultural (São Paulo) em dezembro do mesmo ano. Já escreveu textos para catálogos e exposições de artistas como Hélio Oiticica, Lygia Clark, Luiz Zerbini, Carlos Vergara, Eduardo Berliner, Cabelo, Raul Mourão, Luiza Baldan e Omar Salomão.

IDEALIZADORES

TEMPO_FESTIVAL

Criado em 2009, o TEMPO_FESTIVAL é o Festival Internacional de Artes Cênicas do Rio de Janeiro. A cada edição, os curadores Bia Junqueira, Cesar Augusto e Márcia Dias oferecem ao público a possibilidade de imersão no universo das Artes, com a intenção de estabelecer um espaço para a difusão do conhecimento e tendências nas Artes Cênicas. A ideia é apostar na inovação da cena local e global, por meio de um diálogo entre as mais distintas manifestações artísticas, investir no “tempo da criação”, em processos, residências e coproduções nacionais e internacion ais e acompanhar o desenvolvimento artístico em todas as suas etapas: do pensamento à realização.

JORN KONIJN

É curador internacional freelancer e diretor-fundador da This Must Be the Place, organização cultural que opera no campo das indústrias criativas. Realizou a curadoria de duas exposições holandesas em bienais internacionais: em novembro de 2011, de Unsolicited Architecture, para a Bienal Internacional de Arquitetura, em São Paulo, e, em dezembro do mesmo ano, da premiada Housing with a Mission para a Bienal Internacional de Hong Kong-Shenzhen, na China. Desta última bienal, ele foi o principal curador em 2013. Ao lado de Max Risselada e Giancarlo Latoracca, foi curador da exposição Lelé & ndash; Arquiteto da Saúde e da Felicidade, realizada para o NAI (Netherlands Architecture Institute) em 2012. Três anos depois, desempenhou a mesma função na 5ª Bienal Brasileira de Design, em Florianópolis. É membro do conselho do Dutch Council for Culture e consultor do governo da Holanda na área de artes, cultura e mídia. Além disso, conduz aulas e palestras sobre arquitetura, design e urbanismo.

SERVIÇO

SERVIÇO :: HOBRA – PARA TODOS

Data: 31 de julho
Horário: Das 13h às 21h
Locais: Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo (Rua Monte Alegre, 306 – tel.: 2215-0618) e Museu Casa de Benjamin Constant (Rua Monte Alegre, 255 – tel.: 3970-1168). Santa Teresa.
Entrada Franca

*As informações são de responsabilidade de seus organizadores e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

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