A Fundação Clóvis Salgado já escolheu o novo regente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Trata-se do Maestro Silvio Viegas, que irá assumir o cargo a partir de janeiro do próximo ano, após finalizar suas atividades no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O ótimo curriculum e o antigo relacionamento que mantém com a OSMG foram os principais elementos que contribuíram para a definição de seu nome para o cargo. Além disso, tem convivido com grandes maestros e solistas brasileiros e internacionais, regendo grandes óperas com os principais nomes do cenário lírico mundial e vários dos principais clássicos de ballet ao trabalhar com Ana Botafogo e Cecília Kerche, entre outros. Nos últimos anos, regeu grandes orquestras na Europa e América do Sul.
Segundo Cláudia Malta, diretora de Produção Artística da FCS, Silvio Viegas traz para a Instituição não só a experiência de professor titular de Regência da UFMG, mas a vivência na própria FCS, onde foi regente do Coral Lírico de Minas Gerais e, por diversas vezes, da própria Orquestra Sinfônica, como convidado. A diretora destaca também o trabalho desenvolvido no Teatro Municipal do Rio, além da formação acadêmica exemplar, inclusive no exterior. “Silvio Viegas é mineiro e atende às nossas expectativas de crescimento e evolução artística da Orquestra Sinfônica. E, como sempre fizemos, manteremos a tradição de trabalhar também com regentes convidados”.
A Diretora explica que tradicionalmente todo grupo artístico e, especialmente, as Orquestras Sinfônicas, necessitam de usufruir dos conhecimentos de novos regentes, com novas concepções, visões estéticas e repertórios. Segundo ela, é recomendável que ocorram mudanças na direção das Orquestras, como acontece em todas as instituições artísticas do mundo. “Estas modificações são comuns nos diversos campos artísticos como nas Companhias de dança, no canto lírico e nas artes visuais. Elas são inerentes ao fazer artístico”.
Para Viegas, voltar a trabalhar na Fundação Clóvis Salgado é um retorno à casa. “Aqui comecei minha carreira e devo muito a todos os grandes artistas e administradores com quem tive o privilégio de conviver. Eles foram grandes mestres na minha formação como artista e ser humano. Voltar a essa Casa, como Maestro Titular da OSMG, é motivo de grande alegria e responsabilidade”.
Sobre a Orquestra Sinfônica, Silvio Viegas diz que o mais importante para um Corpo Artístico, é se sentir valorizado. No caso de uma Orquestra Sinfônica, isto significa ser reconhecida, ser respeitada e ter um público cativo. “Precisamos completar alguns quadros da OSMG e melhorar o salário de seus músicos, mas isso é algo que a atual administração vem se empenhando ao máximo”.
O regente afirma ainda que seu nome sempre esteve associado a óperas e que deseja, cada vez mais, fazer com que a OSMG seja uma Orquestra que se destaque pela excelência em ópera e música sinfônico-coral. “Temos na Fundação Clóvis Salgado um Coro maravilhoso que certamente fará várias apresentações com a Orquestra. Quero também aproximar cada vez mais a Orquestra do público infanto-juvenil e renovar nossa plateia. Fizemos no Rio um projeto envolvendo a Secretaria de Educação e o resultado foi incrível. Acho que podemos fazer algo semelhante em Belo Horizonte”.