A mostra inédita, “Olho – video art cinema”, acontece em agosto no Espaço Itaú de Cinema, no Rio de Janeiro (nos dias 14, 15 e 16 de agosto – sex, sáb e dom) e, em São Paulo (nos dias 18, 19 e 20 de agosto – 3af, 4af e 5af) e, pela primeira vez, o Brasil recebe trabalhos de alguns dos principais artistas da vídeo arte mundial.
São eles (nome, país e número de títulos na Mostra): Adrian Paci (AL, quatro títulos), Enrique Ramirez (CH, dois títulos), Guido van der Werve (NL, três títulos), Jesper Just (FR, três títulos), Laurent Grasso (FR, quatro títulos), Mario Garcia Torres (ME, um título), Pietro Fortuna (IT, quatro títulos), Reynold Reynolds (DE / USA, cinco títulos), Tamar Guimarães (BR, dois títulos) e Salla Tykkä (FI, três títulos).
A mostra, que apresenta 31 títulos, abrange o período de produção dos autores entre os anos de 2000 e 2014, tem curadoria de Alessandra Bergamaschi (graduada em Comunicação pela Universitá di Bolonha, pós graduada em Escritura Criativa pela Accademia di Comunicazione, Milão) e Vanina Saracino (MFA em Estética e Teoria da Arte Contemporânea na Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), curadora do canal de arte IkonoTV (Berlim, Alemanha), criadoras, em 2013, do coletivo cultural Olho, projeto que pretende tornar-se uma plataforma criativa e crítica para os profissionais da vídeo arte.
‘Olho – video art cinema’ busca apresentar ao público uma mostra internacional que explora as possibilidades oferecidas pelo cinema como espaço de recepção para a videoarte.
A proposta inclui duas palestras sobre o tema da convergência de cinema e vídeo arte: a primeira, no Rio de Janeiro, será ministrada por Daniella Géo e pelo Prof. Antonio Fatorelli no Auditório Pedro Calmon (campus da UFRJ – Urca), no dia 13 de Agosto ((5af), às 20h. A segunda, em São Paulo, será ministrada por Juliano Gomes na associação cultural Pivô, Edifício Copan, loja 54, no dia 17 de Agosto (2af), às 18h.
- premissas curatoriais
A contaminação entre arte e cinema é inevitável, e modifica reciprocamente os espaços arquitetônicos e culturais de ambos. Bazin dizia, já em 1954, que o cinema representa o evento mais importante da história da arte, pois realiza e liberta sua função principal – o desejo de embalsamar. Seu olhar, porém, é partidário. De fato, as duas críticas seguem até hoje caminhos distintos. O que representa um convite interessante para repensarmos a interpenetração desses dois espaços e dos tipos de subjetividades que engendram é o fato de que, no campo da produção artística, quase como resposta à premonição baziniana, filmes e efeitos fílmicos são tão difusos que começaram a reformatar os outros meios próprios da arte.
Enquanto a história do cinema se sedimenta, ao longo de cem anos, em um saber estruturado a partir de uma gramática inteligível funcional à absorção e identificação dos espectadores, a vídeo arte nasce nos anos 60, no seio da body art e do minimalismo, como uma linguagem artística híbrida que inicialmente nega a virtualidade construída pelo cinema e por toda a história da pintura. Nos anos 90 a difusão do VHS, que além de abrir um acesso fácil à re-edição de qualquer filme propicia o ver e rever uma cena, incentiva uma geração de artistas a desenvolver reflexões mais sistemáticas a partir do cinema, tanto no aspecto arquitetônico (instalações com telas de ampla escala, em espaços imersivos) quanto no aspecto discursivo (desconstrução das narrativas). São introduzidas técnicas de produção cada vez mais aprimoradas, que aumentam a qualidade da imagem e do som, e induzem o espectador a entrar na obra pela porta do cinema, ou seja, utilizando estratégias próprias de um dispositivo profundamente interiorizado. Essa legibilidade imediata permite agora um diálogo entre o cinema e outros regimes estéticos: os trabalhos se dão justamente na disjunção entre reconhecimento e deslocamento, neste jogo criativo de relações.
O objetivo de OLHO é explorar esse momento de transição mostrando uma seleção de vídeos no espaço imersivo do cinema, para gerar um diálogo entre diferentes formas de ver e de narrar. As sequências, ou playlist, são compostas por obras de autores que se destacaram internacionalmente nesse panorama, e são escolhidas por discutirem, de forma direta ou dialética, possíveis relações entre as duas linguagens. A edição das sequências é intuitiva, baseada em critérios associativos de continuidade visual ou de conteúdo. Não é possível descrever a priori o emergir das relações geradas por este corpus de obras. O que nos interessa será discuti-las a partir da própria experiência.
- OLHO_coletivo curatorial
No panorama artístico contemporâneo há evidências do forte impacto do cinema – como dispositivo e como linguagem – sobre as outras práticas artísticas. Essa influência nos convida a repensar as linguagens visuais desenvolvidas a partir das imagens em movimento, e o tipo de subjetividades que elas engendram. OLHO é um coletivo curatorial que visa a explorar esta relação.
O objetivo é pesquisar, analisar e, finalmente, reunir em sequências cuidadosamente organizadas, obras de arte em vídeo que entrem em relação com o cinema, e exibi-las neste contexto específico.
As playlists reunirão obras que abrem um diálogo entre diferentes maneiras de ver e de narrar. Esta experiência visual imersiva será o ponto de partida para conferências, palestras e para a publicação de um livro-catálogo anual, compilado com artigos de profissionais de vários lugares do mundo.
O projeto pretende tornar-se uma plataforma criativa e crítica para os profissionais da vídeo arte. OLHO foi fundado em 2013 por Alessandra Bergamaschi e Vanina Saracino.
- autores_filmes_sinopses
Adrian Paci
Nasceu em Shkoder, Albânia, em 1969. Vive e trabalha em Milão, Itália. Paci deixou sua terra natal em 1997, durante a guerra civil, e a sua prática explora regularmente a experiência do exílio e da imigração. Aborda temas como a mobilidade, o deslocamento, a globalização e a identidade cultural para explorar como as histórias pessoais são definidas por circunstâncias sociais e políticas.
Realizou inúmeras exposições individuais, incluindo mostras na Istambul Modern, 2010; Kunsthaus Zurich, 2010; Centro de Arte Contemporânea de Tel Aviv, 2008; Kunstverein Hannover, 2008; Milton Keyes Gallery, Reino Unido, 2007; P.S.1, Nova Iorque, 2005; Galleria d’Arte Moderna e Contemporanea di Bergamo, Itália 2003. Em 1999, Paci foi o artista convidado para inaugurar o primeiro pavilhão nacional da Albânia, na 48o Bienal de Veneza. Participou a seguir das Bienais de Veneza de 2005 e 2011.
Título: The Column | 2013 | Vídeo digital HD | 25’40”
Sinopse: The Column é uma reflexão sobre a velocidade com que oferta e demanda têm de ser atendidas na economia de hoje. Um pretexto para uma viagem poética entre Oriente e Ocidente, o vídeo de Paci mostra a transformação sofrida por um pedaço de mármore, da sua extracção de uma pedreira até as longas semanas de transporte por mar, quando os escultores as transformam numa coluna românica.
Título: Electric Blue | 2010 | Vídeo digital HD | 15’
Sinopse: Electric Blue é o título de uma série erótica de TV apresentada em um canal estatal da Iugoslávia. Neste trabalho, Paci conta a história de um homem que tenta garantir a sobrevivência econômica de sua família no estado caótico e em colapso que foi Albânia na década de 1990. Paci consegue criar imagens marcantes sobre a ‘condição humana’, que se imprimem na memória do espectador.
Título: Per speculum| 2006 | Filme 35 mm convertido em vídeo digital HD | 6’53’’
Sinopse: Per Speculum oferece uma alegoria para a natureza da percepção. O título da obra alude à famosa passagem na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (“Porque agora vemos como em espelho, obscuramente…”), que aborda a nossa visão imperfeita e limitada da realidade. Enquanto Paci invoca o engano dos sentidos e, por extensão, da representação mimética, e do próprio filme, portanto, a imagem de abertura da árvore iluminada parece manter a possibilidade de alguma forma de transcendência, mesmo que ilusória. Ted Mann, Guggenheim collection online.
Enrique Ramirez
Enrique Ramirez nasceu em 1979 em Santiago, Chile. Vive e trabalha em Paris. O trabalho de Enrique Ramirez poderia ser descrito como incursões poéticas para uma humanização das distopias contemporâneas. Seus filmes-instalações e fotografias lidam com a política do êxodo e do exílio, e com a descontinuidade da memória. Para Ramirez isso sempre significa uma busca árdua no imaginário subjetivo. As vastas paisagens que muitas vezes aparecem em suas obras são concebidas como espaços geo-poéticos para a imaginação, territórios abertos para a visão e a deambulação. O clima das imagens é contemplativo; a paisagem, a brisa, a água, a areia, todos parecem trabalhar juntos no esforço de colocar um ponto de vista subjetivo. Por Maria Berrios.
Realizou inúmeras exposições individuais, incluindo mostras no Palais de Tokyo, Paris (2014), Musée des Beaux-Arts, Dunkerque, France, (2013), Video Bar Clermont-Ferrand, France (2013), Galería Die Ecke, Santiago, Chile (2013), Museo de la memoria, Santiago, Chile (2010). Participou do 19 video Brasil (Pacifico), São Paulo, Brasil (2015), Biennale de la imagen en movimiento, Buenos Aires, Argentina (2014), L’instant de voir, Musée des Beaux Arts, Rennes, France (2014), entre outras. Ganha o Prix Découverte 2013 des Amis du Palais de Tokyo, Paris, France, e o Honorific prize por Brises, video brasil, São Paulo, Brasil (2013).
Título: Brisas | 2008 | Filme 35 mm convertido em vídeo digital HD | 12’
Sinopse: Em Brisas (2008), Enrique Ramírez problematiza a memória do Chile, propondo uma revisitação a partir de diferentes perspectivas históricas. Nos convida a atravessar áreas icônicas e reconhecíveis da cidade de Santiago do Chile, em uma caminhada poética e política que conclui ao cruzar o Palácio de la Moneda, símbolo do governo e lugar de memórias de um período recente da história do país: o governo de Salvador Allende, o golpe militar de Augusto Pinochet e o retorno à democracia. Às vezes, como diz o próprio Ramirez, a “água limpa tudo, outras vezes o vento leva.”
Título: Un hombre que camina| 2014 | Vídeo digital HD | 21’35’’
Sinopse: Quando caminhamos podemos deixar nos envolver por um silêncio que cerca nossos pensamentos e que nos isola da cidade, do barulho e de tudo o que não queremos que nós toque. Em um lugar a 5.000 pés de altura, há um homem imaginário que começa uma caminhada que representa o desconhecido e incerto caminho entre a vida e a morte. Ele realiza um sonho surreal em uma paisagem desconhecida, onde o mar e a terra são uma coisa só.
Guido Van der Werve
Nasceu em Papendrecht, Países Baixos, em 1977 e atualmente vive e trabalha na Finlândia, Amsterdã e Berlim. Van der Werve estudou design industrial, arqueologia, composição musical, e Língua e Literatura russa em várias universidades na Holanda, antes de criar seu primeiro vídeo como registro de uma performance por volta de 2000. Desde então, ele produziu uma série de obras, incluindo filmes, vídeos, e livros de artista, em ordem cronológica de dois a quinze.
Apresentações recentes de seu trabalho incluem exposições individuais no Museu de Arte Moderna de Nova York; no High Line, New York; na Fondazione Giuliani, Roma; e no Hallen Haarlem nos Países Baixos. O filme mais recente de Van der Werve, Nummer veertien, ganhou, em 2013, o prêmio Golden Calf em Amsterdã para Melhor Curta-Metragem. A performance Requiem, escrita para este filme, foi realizada internacionalmente várias vezes, inclusive em Nova York, Moscou e Roma. Todo ano, Van der Werve participa do festival Performa com o seu Annual Running to Rachmaninoff Run performance.
Titulo: Nummer Twee, Só porque estou aqui não quer dizer que eu queira | Papendrecht (NL), 2003 | Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD | 10’
Sinopse: A monotonia de uma rua de casas geminadas holandesas serve de fundo para uma ação que acontece na interseção entre filme, vídeo e performance.
Titulo: Nummer Zes, Steinway Grand Piano, Me acorda para ir dormir e todas as cores do arco-íris | Amsterdam, 2006 | Filme 35 mm convertido em vídeo digital HD | 17’09”
Sinopse: Número seis é sobre desejo e escala, sobre as coisas que desejamos por sentir que são grandes demais para nossas carteiras, casas, ou corações. O artista desejaria tocar o piano de cauda Steinway, mas ele nunca o experimentou, se limitando a dedilhar suas teclas. O filme sugere um mal-estar cultural contemporâneo mais amplo, em que as grandes emoções, aparentemente alcançadas tão facilmente pelos Românticos do século 19, parecem impossíveis de serem acessadas em nossa própria época por mais do que alguns momentos fugazes.
Titulo: Nummer Zeven, As nuvens são mais bonitas vistas de cima | Netherlands, 2007 | Vídeo digital HD | 8’48’’
Sinopse: A nostalgia de um passado desconhecido, bem como a curiosidade sobre dimensões além do nosso próprio, fazem parte do vídeo, assim como as fantasias cosmológicas do artista, que direcionam sua narração. O vídeo retrata Van der Werve, que medita no interior classicamente holandês de seu apartamento – móveis de madeira envelhecida sobre um piso xadrez – antes de começar uma caminhada em uma paisagem fotograficamente ideal, carregando um foguete caseiro cuja ponta contém um pedaço prateado de meteorito. (…) Este é o lugar onde van der Werve nos arremessa habitualmente: a meio caminho entre a majestade e a zombaria. Por Herbert Martin, Artforum International. Vol. 47, No. 9, Maio de 2009.
Os trabalhos são cortesia do artista e da Monitor Gallery Rome, Gallery Juliette Jongma Amsterdam, Marc Foxx Los Angeles, Luhring Augustine, New York.
Jesper Just
Nasceu em 1974 em Copenaghen. Vive e trabalha em Nova York. Just emprega mecanismos geralmente associados a grandes produções cinematográficas: seus notos quadros tipo trompe l’oeil, realizadas por meio de elaboradas combinações de claro-escuro, luz e penumbra; o rígido controle das mudanças de perspectiva e a disposição do elenco em majestosos tableaux vivants; a hipersensibilidade de miniaturista com que filma emoções humanas, seu manuseio preciso da câmara para captar as sutilezas da tristeza, da melancolia e do luto, bem como momentos prolongados de inexpressividade e impassibilidade. Hannah Barry.
Graduado em 2003 na Academia Real Dinamarquesa de Belas Artes de Copenhagen, representa a Dinamarca na 55a Bienal de Veneza, em 2013. Participa de inúmeras exposições individuais na Europa e Estados Unidos, incluindo Jesper Just – Appearing/Intercourses, ARoS Aarhus Kunstmuseum, Dinamarca. O Museu de Arte Contemporânea MAC/Val, Vitry-sur-Seine, hospeda a primeira exposição monográfica do artista na França em 2011. Seu trabalho é representado pelas Galerie Perrotin, (Paris), James Cohan Gallery (Nova York) e Galleri Nicolain Wallner (Copenhagen).
Título: Some Draughty Window | 2010 | Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD | 10’
Sinopse: Em Some Draughty Window (uma janela arejada), Just questiona alguns tabus profundos da nossa sociedade: a ênfase sobre o envelhecimento, o desejo de pessoas idosas, e a ambiguidade sexual. A lenta levitação da mulher idosa, que inicialmente encontramos de bruços à beira da morte sobre os azulejos do banheiro, atua como um movimento de regeneração. A dança aérea das personagens entre as árvores simboliza uma celebração do masculino-feminino, da vida e da morte, princípios de declínio e renascimento que são a força dialética do mundo material. Anne-Marie Ninacs.
Título: A Vicious Undertow | 2007 |Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD | 10’
Sinopse: Os vídeos de Just tentam dissecar a natureza da interação humana e do constrangimento de relacionamentos. Como em “A Vicious Undertow – um sedutor pas de trois entre uma mulher de meia-idade, uma mulher mais jovem e um homem – Just muitas vezes procura enfatizar a absurdidade dos papéis de gênero e das formas em que são gerados pela cultura. Apresenta relações tensas, que poderiam ser entendidas como perversas, e as coroa de beleza e dignidade. Press Release para Jesper Just: A Voyage in dwelling.
Título: Sirens of Chrome | 2009 | Vídeo HD convertido de formato RED | 12’38’’
Sinopse: Em Sirens of Chrome, filmado em Detroit, um carro preto com uma porta roxa percorre as ruas do centro e acaba no famoso Teatro Michigan, um elegante teatro que virou garagem. Ali, uma quinta mulher se joga sobre o veículo parado, como se fosse atingida por ele, sem que saibamos se por acidente, suicídio ou assassinato. Faye Hirsch, Arte na América.
Os trabalhos são cortesia do artista e da Gallerie Perrotin.
Laurent Grasso
Nasceu na França em 1972. Hoje vive e trabalha em Paris e Nova York. Grasso desenvolveu um fascínio pelas possibilidades visuais relacionadas com os estudos científicos sobre energia eletromagnética, as ondas de rádio e fenômenos misteriosos que ocorrem naturalmente. Grasso explora assim as ciências que se aplicam à atividade paranormal, um dos assuntos favoritos de cientistas e filósofos do século 18 e tema frequente nos ‘gabinetes de curiosidades’ da era vitoriana. Além disso, utiliza imagens obtidas a partir da história do cinema e da arte e, trabalhando em vídeo, escultura e, mais recentemente, pintura e desenho, ele recria fenômenos – tanto humanos como naturais – que configuram justaposições surreais e ambíguas de tempo e espaço. Grasso foi homenageado com o Prémio Marcel Duchamp em 2008 e é tema de uma monografia importante – Laurent Grasso: The Black-Body Radiation – publicado por les press du réel. Exposições individuais recentes incluem The Horn Perspective no Centro Pompidou e Gakona no Palais de Tokyo, ambos em Paris, França, em 2009. Grasso também participou da 9a Bienal de Sharjah e na Manifesta 8. As exposições recentes incluem Portrait of a Young Man no Bass Museum of Art, Miami Beach, Uraniborg na Galerie nationale du Jeu de Paume, em Paris, na França e no Montreal Museum of Contemporary Art, no Canadá e, mais recentemente, Disasters and Miracles na Kunsthaus Baselland, na Suíça, onde Grasso atuou como co-curador, em conjunto com os museus, alterando a arquitetura dos espaços de exposição e fundindo suas obras com peças de coleções permanentes das instituições, a fim de criar uma experiência de visualização única e dinâmica.
Título: Uraniborg | 2012 | Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD| 15’48’’
Sinopse: Uraniborg, ou “palácio do Urania”, que leva o nome da musa da astronomia, foi construído em 1576 na ilha de Ven, entre a Dinamarca e a Suécia. Financiado pelo rei Frederico II, o palácio abrigava o maior observatório da Europa, onde o astrônomo Tycho Brahe passou vinte anos gravando e analisando a configuração das estrelas e os movimentos dos planetas. O filme Uraniborg é como um documentário sobre algo invisível: o Castelo de Tycho Brahe, que não existe mais. Construído antes da invenção do telescópio astronômico, este castelo-observatório tinha numerosas aberturas que davam para o céu. A voz-off explora esta linha de falha no visível e tece conexões entre a arquitetura e a noção de dispositivos de exibição.
Título: Soleil double | 2014| Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD| 11’
Sinopse: Grasso filma Soleil Double no EUR, um distrito da cidade de Roma concebido na década de 1930 pra ser um importante complexo da Feira Mundial de 1942 e uma homenagem ao 20o aniversário do fascismo.
No entanto, a Feira Mundial nunca aconteceu devido à Segunda Guerra Mundial. Nas décadas que se seguiram, alguns dos edifícios foram concluídos no seu design original, enquanto outros foram adicionados em um estilo mais contemporâneo, criando um ambiente arquitetônico que parece existir em intervalos de tempo múltiplos, mas simultâneos. Os dois sóis que brilham sobre a praça no filme sugerem algum tipo de desastre ou de fenômeno natural inexplicável.
A experiência do mundo retratado em Soleil double é afetada pela lógica desses corpos celestes idênticos; a aparição de um segundo sol é o catalisador para cada imagem. Rimbaud chamou isso ‘dédoublement’; outros têm nomeado ‘itselfsame’, e outros ainda de ‘O outro’. Por Stephanie Cristello.
Título: Soleil noir | 2014 | Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD | 11’40’’
Sinopse: A câmera se move muito lentamente sobre o terreno variado de um vulcão filmado de cima. Aqui, o espectador torna-se um voyeur, observando o território duvidosamente dormente abaixo, preenchido de forma intermitente com passagens de fumaça e cordilheiras montanhosas que se assemelham a dunas no deserto.
Título: Polair | 2007 | Vídeo HD e animação | 8’30’’
Sinopse: Polair reproduz a propagação de uma nuvem de pólens em Berlim, atraída pelas fontes eléctricas e magnéticas da cidade, em especial o Fernsehturm.
Os trabalhos são cortesia do artista e da Gallerie Perrotin.
Mario Garcia Torres
Nasceu em 1975, em Monclova, México e hoje vive e trabalha em Los Angeles, Califórnia. O artista olha para a história recente, em suas duas articulações, a anedótica e a oficial, para tecer conexões entre o presente e artistas de gerações passadas que, em suas palavras, “foram fundamentais por tentarem legitimar diferentes concepções sobre a arte”(…) Os seus gestos funcionam como uma apropriação, que ressignifica e re-enfoca o trabalho de outro artista através de sua própria lente, para abrir um diálogo através do tempo e do espaço sobre o status dos objetos e das experiências artísticas, bem como sobre a função da memória ou, em sua ausência, da anedota como seu substituto.
Exposições individuais e coletivas incluem o Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, Viena (2008), a Kadist Art Foundation, Paris (2007), o Stedelijk Museum em Amsterdam (2007), a Frankfurter Kunstverein, Frankfurt (2007), a Bienal de Veneza (2007), o Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris (2004, 2005 e 2007), o MCA Chicago (2007), a Tate Modern, em Londres (2007) e a Moscow Biennale (2007). Ganhou o Prêmio Cartier na Frieze Art Fair (2007).
Título: The Schlieren Plot | 2013 | Vídeo digital HD | 29’
Sinopse: O trabalho é um ensaio lírico que reimagina o planejamento da obra que Robert Smithson estava desenvolvendono Texas entre 1967 e 1973, mas que não conseguiu concluir. Através da edição, do registro sonoro, da trilha e de uma voz-over, o filme afirma o clima, a história e as subjetividades texanas como agentes que possibilitam a atualização da existência da obra, e que testemunham que a previsão de seu futuro já teria sido imaginada por Smithson.
Pietro Fortuna
Nasceu em Padova em 1950 e vive em Roma e Osa, na Umbria. A obra de Pietro Fortuna é permeada de sugestões filosóficas expressas através de formas simbólicas e estruturas conceituais. “Quando criança, Fortuna temia que o mínimo estímulo visual pudesse causar a queda de seus olhos para o interior de sua cabeça. Quando adulto, não trai essa visão: revelações invertidas, vertigens causadas pela objetividade, voos que colapsam, são parte de uma investigação sobre o que resta da realidade quando libertada dos constrangimentos da interpretação. “ Guglielmo Gigliotti.
Pietro Fortuna participou de muitas exposições colecivas e individuais, incluindo a XVI Bienal de São Paulo, a XII Bienal de Paris, Villa Arson em Nice, the Kunstler House de Graz, o Frankfurter Kunstverein em Frankfurt, o Palais de Glace em Buenos Aires, o Museu de Arte Moderna de Bogotá. Ele realizou exposições individuais no Museu de Arte Moderna de Caracas, no Palazzo del Capitano del Popolo, Todi, em La Nuova Pesa, Roma, no Watertoren Centre for Contemporary Art, Vlissingen, na Tramway em Glasgow, na Fondazione Morra em Nápoles, no MACRO, na Quadrienal, e na Galeria Nacional de Arte Moderna em Roma, onde ele instalou um trabalho permanente. Em 1996, fundou Opera Paese, um lugar onde figuras proeminentes como Philip Glass, Jan Fabre, Michelangelo Pistoletto, Carlo Sini, Jannis Kounellis e Gija Kancheli refletiram sobre arte, música e filosofia através de debates públicos e exposições.
Título: Studio visit | 2013 | Vídeo digital HD | 4’
Sinopse: Studio visit é uma viagem íntima para o universo do artista. É concebido como um único longo take. Não existe um final real para este tour, assim como não há referências espaciais ou temporais: isso o orienta para um limite que transcende o que podemos ver. Helga Marsala, Artribune.
Título: Altar | 2013 | Vídeo Digital HD | 2’
Sinopse: Altar, Good Friday e RWY são parte de uma série de vídeos em que o artista tenta bloquear ou retardar, a nossa quase automática compulsão por atribuir um sentido. Suspendendo a busca por uma interpretação final é possível experimentar o que existe independentemente de qualquer intenção narrativa, isolando algo parecido com o fora de lugar e o fora do tempo, que Aristóteles define como a base para comicidade.
Em Altar uma canção popular judaica chamada tzena tzena anima alguns objetos em uma prateleira.
Título: Good friday | 2013 | Vídeo digital HD | 2’
Sinopse: Em Good friday (Sexta-feira Santa) um tradicional marcha fúnebre do sul da Itália, Pianto Eterno, faz contraponto a um ator constrangido que segura um maço de flores na frente da câmera.
Título: RWY | 2013 | Vídeo digital HD | 2’
Sinopse: Em RWY a verbalização do que vemos é apresentada muitas vezes. O que muda é o sujeito da sentença. A comutação sintática abre uma fresta sobre o poder da linguagem em moldar nossa visão.
Reynold Reynolds
Nasceu em 1966 no Alaska Central. Vive e trabalha em Berlim. A representação poética e ao mesmo tempo macabra de dramas e catástrofes está no coração da obra de Reynold Reynolds, em especial os trabalhos que ele desenvolveu em colaboração com o fotógrafo Patrick Jolley. Seus vídeos e instalações fotográficas atraem o espectador para cenários que jogam com nossos medos pessoais ou coletivos de acidentes domésticos e cataclismas.
Destinatário Contemplado pela John Simon Guggenheim Memorial Foundation Fellowship, seu trabalho está na coleção do MoMA, Nova York e da NBK, Berlim. Exposições individuais mais recentes: Palais de Tokyo, Paris, 2014; Reynold Reynolds: The Lost, PB, Cidade do México (2014); MUAC Cidade do México, (2014); Beyond Earth Art, Johnson Museum of Art, Cornell Ithaca, USA (2014); EXPO 1: NEW YORK, MoMA PS1, Nova Iorque (2013); 9 + 1 Ways of Being Political, MoMA New York, NY (2012).
Título: Burn | Reynold Reynolds / Patrick Jolley | USA, 2002 | Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD | 10’
Sinopse: Burn é uma evocação impressionante desses não-ditos, esses segredos, preocupações e mentiras, formando uma força que é sempre uma parte do tecido das interações cotidianas; num primeiro momento, roendo miudinho suas bordas, e então – provocada por uma palavra ou um gesto – queimando de repente tudo e todos em seu caminho. Belinda McKeon, The Irish Times.
Título: New York City simphony | USA, 1995 | Filme Super 8 convertido em vídeo digital HD | 10’
Sinopse: O vídeo invoca a sinfonia da Nova Yorque dos filmes da época do cinema mudo, só que aqui os sons da cidade fornecem a força motriz do filme.
Título: Seven Days Till Sunday | Reynold Reynolds / Patrick Jolley | USA, 1998 | Filme Super 8 convertido em vídeo digital | 10’
Sinopse: Seven Days Till Sunday é uma sinfonia composta a partir da queda de corpos. Uma sucessão de sequências de imagens mostra a figura humana caindo através da paisagem urbana em direção à aniquilação violenta por parte das forças do fogo e da água.
Título: Secret Machine | Germany, 2009 | Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD e foto stills | 7’
Sinopse: Secret Machine é o segundo vídeo da trilogia Secrets, seguido de Six Easy Pieces (2010). Em Secret Machine, uma mulher é submetida aos estudos de movimento de Muybridge. Como na fotografia original de Muybridge, o seu corpo é tratado a partir de uma grade cartesiana e segundo critérios da estética grega. Neste trabalho, diferentes técnicas de filmagem são comparados com o movimento do corpo. A câmera de filme torna-se uma ferramenta de medição. A intenção é criar uma obra de arte do ponto de vista da máquina – especificamente, de uma câmera.
Six Easy Pieces | Germany, 2010 | Filme 16 mm convertido em vídeo digital HD e foto stills | 7’
Sinopse: Six Easy Pieces é a última parte da Trilogia Secrets, um ciclo de três partes que explora as condições imperceptíveis que emolduram a vida. O trabalho é baseado no livro Six Easy Pieces: Essentials of Physics Explained by Its Most Brilliant Teacher de Richard P. Feynman. O seu conteúdo fala sobre a especificidade do meio – apresentando imagens de medição do tempo, da luz, da mecanização da forma humana, e até mesmo referências diretas a Duchamp e Muybridge e seus respectivos estudos sobre o movimento. O trabalho conecta a arte e ciência, seu foco é o espaço e o tempo. Romanticamente se refere a uma época em que artistas e cientistas tinham preocupações semelhantes e muitas vezes eram a mesma pessoa.
Salla Tykka
Nasceu em 1973, em Helsinky, na Finlândia, onde vive e trabalha. Usar referências a diferentes filmes e gêneros cinematográficos foi uma maneira de processar a imagem feminina no cinema e na cultura de massa como um todo. Queria criar uma experiência cinematográfica que jogasse com a contradição entre forma e conteúdo. Nesses filmes, não existe qualquer narrativa lógica, mas o estilo em que são narrados dà ao espectador a sensação contrária.
A artista trabalha com cinema e vídeo desde 1996. Se formou na Academia de Belas Artes de Helsinky. Em 2001, participou da Bienal de Veneza. Suas últimas exposições individuais incluem: Baltic Centre for Contemporary Art, Newcastle, 2013; Drimart Garibadi, Istambul, 2012; EX3, Florença, 2011; Hayward Gallery Project Space, Londres, 2010. Os filmes de Tykkä foram mostrados em festivais de cinema internacionais, como o 60o Festival Internacional de Curtas de Oberhausen, 2014; 8 Miami International Film Festival, Miami, 2009; 36 Festival Internacional de Cinema de Rotterdam, 2007; 21 Best European Short Film Festival, 2006; Tribeca Film Festival, Nova York, 2003. Seu mais recente curta-metragem, Giant, ganhou a Canon Tiger Awards de Curta-Metragem, no 43o Internacional Rotterdam Film Festival de 2014.
Título: Giant | 2013 | Vídeo digital HD| 12’20’’
Sinopse: Giant é sobre os principais ginastas da equipe júnior da Romênia. O filme é rodado em duas escolas de ginástica artística, em Onesti e Deva. A trilha sonora das entrevistas com os ginastas acompanha imagens de sua formação e dos ginásios vazios. Imagens de arquivo dos anos setenta e clipes de um longa de ficção nos mesmos locais revelam não só uma continuidade no imaginário sobre este esporte, mas também nos modos de representá-lo.
Título: Zoo | 2006 | Filme 35 mm convertido em video digital HD| 12’
Sinopse: Em Zoo, uma mulher está tirando fotos de gaiolas em um zoológico. Os animais a olham de volta e a seguem com os olhos. A mulher mergulha em águas profundas, onde está acontecendo um violento jogo de rúgbi subaquático. Ela emerge para respirar, mas os olhares dos animais e o olhar da câmera bloqueiam sua via de fuga. Em desespero, ela toma uma decisão extrema.
Título: Lasso | 2000 | Filme 35 mm convertido em vídeo digital HD | 3’48’’
Sinopse: Lasso expõe um momento peculiar na vida de uma jovem mulher; um momento em que a incapacidade de enfrentar o outro – ou a si mesma – é comprimida em uma sensação poderosa em algum lugar no limite do irreal.
Tamar Guimarães
Nasceu em Belo Horizonte, Brasil, 1967. Vive e trabalha em Copenhague, na Dinamarca. A obra de Tamar se baseia em pesquisa histórica e frequentemente incorpora materiais encontrados, tais como fotos, textos, documentos e objetos para questionar as narrativas dominantes do modernismo. O reprocessamento desta matéria-prima produz narrativas de natureza híbrida entre o documentário, o ensaio e a ficção. A artista investiga a maneira como relações sociais de raça, classe e trabalho se manifestam em produtos culturais distintos, pertinentes à arquitetura, à literatura religiosa ou à dança, por exemplo.
Exposições recentes do artista incluem a 55o Bienal de Veneza e a 56o Bienal de Veneza, a 31o de Bienal de São Paulo, a 29 Bienal de São Paulo; The Insides Are on the Outside, na Casa de Vidro Lina Bo Bardi, São Paulo, Sin Motivo aparente no Centro de Arte Dos de Mayo, Madrid, Espanha, Better Homes, Sculpture Center, Long Island City, EUA, Ambiguacões, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, entre outros.
Título: A família do Capitão Gervásio | Tamar Guimarães/Kasper Akhøj | 2013 | Filme 35 mm convertido em vídeo digital HD | 14’
Sinopse: A Família do Capitão Gervásio foi filmado em vários locais no Brasil – a milhares de quilômetros um do outro – mas gira em torno de uma comunidade espírita de Palmelo, uma pequena cidade empoeirada de 2000 habitantes, no interior de Goiás (Brasil). Metade dos habitantes da cidade são médiuns psíquicos que trabalham como professores e funcionários públicos e participam diariamente de rituais comunitários de cura psíquica. Segundo os membros dessa comunidade, espíritos podem intervir, ensinar e transformar o mundo material. Os Espíritas de Palmelo praticam o que é conhecido como “cadeia magnética”, um legado do médico alemão Franz Mesmer, do fundador do Espiritismo Allan Kardec, e do botânico francês François Deleuze. Em Palmelo, a cadeia magnética é utilizado para o tratamento de várias formas de doença, inclusive as psiquiátricas. O subtexto do filme é indicativo de como essas práticas entram em conflito com os movimentos oficiais de sanidade mental e os códigos de “loucura” infligidos pela modernização.
Título: Canoas | 2006 | Filme 35 mm convertido em vídeo digital HD | 12’
Sinopse: Canoas é um curta-metragem em 16 milímetros sobre os preparativos para um coquetel na Casa das Canoas – a casa que Oscar Niemeyer construiu para si no início dos anos 50. De acordo com Richard J. Williams, durante a presidência de Juscelino Kubitcheck, a Casa das Canoas foi uma parte crítica da infra-estrutura cultural do Rio, proporcionando um ambiente frequentado regularmente por dignitários e intelectuais. A carga erótica da casa era, sem dúvida, mais imaginária do que real, mas contribuiu – junto com as praias, a pavimentação de Copacabana e a genuinamente desinibida folia do Carnaval – para o mito do Brasil como um paraíso erótico. (…)Uma casa modernista neste cenário supera qualquer previsão dos Modernistas Europeus. Longe de ser uma “máquina de morar”, é veículo para uma profusão de prazer orgiástico.
- idealização e curadoria
Alessandra Bergamaschi _ Brasil/Itália
Graduada em Comunicação pela Universitá di Bolonha, pós graduada em Escritura Criativa pela Accademia di Comunicazione, Milão, sua pesquisa com vídeo e outros tipos de imagens lida com a noção genérica de documento, fundamental para a discussão contemporânea de valores culturalmente ligados à arte e à inormação. Exposições individuais: Visitas, Centro Cultural Hélio Oiticica, (2014), Cossyra, Skanes Konstforening, (2013), Malmo, Suécia. Participa das exposições coletivas Artelaguna International Art Prize, Arsenale, Veneza, Peace/utopia or real space, Art Transponder Gallery, Berlim, e do Doc Lisboa International Film Festival, entre outros. Em 2011 ganha menção honrosa no Festival Internacional de Documentários E’ tudo verdade. Em 2015 seu trabalho vai ser incluído na Publicação MuVi 4, Synaesthesia: Science & Art.
Vanina Saracino _ Itália, vive e trabalha em Berlim
Atualmente trabalha como curadora do canal de arte IkonoTV e faz parte do conselho editorial da Input Revista de Arte (Madrid). MFA em Estética e Teoria da Arte Contemporânea na Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), em 2011. Graduou-se com honra em Art Management (Faculdade de Economia), em 2009, e em Ciências da Comunicação, em 2006 (orientação: Semiótica), na Universidade de Bolonha. Foi visitante da Universidade de Vincennes Saint-Denis, Paris VIII (2004/2005, Paris, França) e da Universidad de Buenos Aires (2007/2008), com uma bolsa de estudo Overseas. Obteve Movin’UP – GAI Award em 2010 (Giovani Artisti Italiani) e o Prêmio Instituto Ramon Llull, que financiou a realização do projeto de arte coletiva Un Lugar Habitável es un Evento na Colômbia (Universidade de Antioquia, Medellín, 2012). Fez a curadoria de exposições de videoarte na Argentina, Colômbia, Espanha e Alemanha, e realizou uma oficina sobre curadoria de videoarte em plataformas digitais durante a 55a Bienal de Veneza, no Pavilhão Esloveno e no CyberFest (Berlin).
Mostra “Olho – vídeo art cinema” | de 14 a 20 de agosto de 2015
Cidade e data: Rio de Janeiro | 14, 15 e 16 de agosto 2015 (sexta a domingo)
Local: Espaço Itaú de Cinema Botafogo
End: Praia de Botafogo, 316
Cidade e data: São Paulo | 18, 19 e 20 de agosto 2015 (3af a 5af)
Local: Espaço Itaú de Cinema
End: Rua Augusta, 1475
Horários: os títulos são organizados em três sequências, apresentadas nas seguintes sessões: 18:00 – 20:00, 20:00 – 22:00, 22:00 – 24:00. Cada sequência será apresentada três vezes.
- Serviço Palestra “Convergência do cinema e video arte”
Cidade e data: Rio de Janeiro | 13 de agosto 2015 (5af)
Palestrantes: Daniella Géo e Prof. Antonio Fatorelli
Local: Auditório Pedro Calmon (campus da UFRJ)
Horário: 20h
End: Av. Pasteur, 250 – Urca
Cidade e data: São Paulo | 17 de agosto 2015 (2af)
Palestrantes: Juliano Gomes
Local: associação cultural Pivô, Edifício Copan
Horário: 18h
End: Avenida Ipiranga, 200 – República, loja 54
Antonio Fatorelli é doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, professor da ECO/UFRJ e pesquisador do Núcleo N-Imagem e do Laboratório Fotografia, Imagem e Pensamento (ECO/UFRJ).
Daniella Géo é curadora independente, pesquisadora e escritora com sede em Antuérpia, Bélgica, e Rio de Janeiro. Géo é doutora em Estudos de Cinema e Audiovisual (com foco em Arte Contemporânea / Fotografia) da Université Sorbonne Nouvelle – Paris III, e mestre pela mesma instituição.
Juliano Gomes é crítico de cinema, diretor e professor. Formado em Cinema, Jornalismo e Publicidade pela PUC- Rio. Doutorando em Tecnologias da Comunicação e Estética pela ECO-UFRJ, onde pesquisou sobre os filmes-diario do artista Jonas Mekas. É redator da Revista Cinética e lecionou na UFRJ-ECO e na Pós graduação em Audiovisual da UNOCHAPECò.
Após a mostra será publicado um catálogo.
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