O Paço das Artes –instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo– inaugura no dia 21 de julho, às 19h, a 2ª edição da Temporada de Projetos 2015 com trabalhos de nomes emergentes da arte contemporânea brasileira jovem: Andrey Zignnatto, Bárbara Wagner, Fabio Flaks, Gustavo Ferro, Jimson Vilela, Marcia Beatriz Granero, Luísa Horta e Ricardo Burgarelli, Grupo Práticas e Processos da Performance (3P) e Yukie Hori.
Paralelamente a esta grande mostra, a diretora artística e curadora do Paço das Artes, Priscila Arantes, convidou os artistas Flávio Cerqueira e André Terayama para desenvolverem projetos para o Espaço do Quadrado e Sala de Vídeo, respectivamente. Na mesma data, ocorre também a abertura de O universo azul é uma cabine, de Ricardo Barcellos, e curadoria de Diógenes Moura.
Apesar de linguagens e vertentes distintas, estes nove artistas selecionados para a convocatória da Temporada de Projetos 2015, têm em comum a aposta no risco. Na instigante série de fotografias Crentes e pregadores, Bárbara Wagner busca registrar o fenômeno do crescimento das igrejas evangélicas no Brasil e discutir sua inserção no centro da lógica imediatista do consumo e do empreendedorismo.
Ainda no campo da fotografia, Yukie Hori apresenta no delicado e poético ensaio Série Negra – Makie, registros do pôr-do-sol, contemplado de dentro de um salão vazio de um edifício, cuja incidência da luz sugere a passagem do dia para a noite. Já o cuidado fotorealista aparece nas pinturas em óleo sobre tela Luz Vermelha, do artista visual Fábio Flaks.
Andrey Zignnatto, por sua vez, utiliza sua experiência como assistente de pedreiro durante a adolescência para extrair do tijolo toda sua potencialidade artística e criar um desconforto óptico e físico em Territórios Forjados.
Ao misturar diversos suportes, a dupla Luísa Horta e Ricardo Burgarelli reúne registros de trabalho forçado na Colônia Penal de Clevelândia do Norte (1922-1926), no Oiapoque (AP), no trabalho O Inferno Verde. A “denúncia” é feita por meio de colagem de fragmentos reais e ficcionais constituídos de fotografias, vídeos, mapas, áudios, jornais e pequenos objetos.
No campo da instalação, destaque para Jimson Vilela, que propõe a inédita instalação Infiltração, composta por um livro de páginas estendidas que atravessam a parede de uma sala “cubo branco”, e Gustavo Ferro, que utiliza uma coleção de piquetes, objetos recolhidos pelas ruas da capital paulista, para compor Piquetes Anônimos.
A performance também está representada na segunda edição da Temporada de Projetos pelo Grupo Práticas e Processos da Performance (3P), que explora facetas teórico-práticas da performance em Preposformance II.
Já Márcia Beatriz Granero encarna a personagem Jaque Jolene, cerne de seu trabalho, na videoinstalação Minada. A artista narra a história fictícia a partir do trailer de um filme que não existe, ambientado no Paço das Artes.
Júri: Cauê Alves, Daniela Kutschat, Mario Gioia, Rejane Cintrão e Priscila Arantes
Abertura: 21 de julho de 2015, às 19h
Visitação: quartas a sextas-feiras – 10h às 19h; sábados, domingos e feriados – 11h às 18h
Grátis | Livre
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