A Orquestra Sinfônica volta ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes para mais uma apresentação das séries Sinfônica ao meio-dia e Sinfônica em Concerto, ambas com a participação especial do Coral Lírico de Minas Gerais. Sob regência do maestro convidado Roberto Duarte, os corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado interpretam Canção do Destino e Sinfonia nº 4, do compositor alemão Johannes Brahms. A dobradinha no repertório traz ao público o romantismo e o apuro técnico presentes nas obras do alemão. Dando prosseguimento ao projeto Bravo, Professor!, a FCS garante ingressos gratuitos para professores no Sinfônica em Concerto.
A primeira parte da apresentação é dedicada à música sinfônico-coral. A Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico interpretam Canção do Destino, considerada uma das melhores composições de Brahms para coro. Em estilo romântico e de curta duração, apenas 16 minutos, a peça é baseada no poema homônimo de F. Hölderlin. Brahms encontrou o texto na casa de um amigo e, impressionado, começou a compor a obra em 1868, concluindo três anos depois, optando por um final instrumental.
Para o maestro Roberto Duarte, Canção do Destino é uma obra tecnicamente muito bem elaborada e que expressa toda a grandeza e o talento do compositor. Além disso, o maestro aponta que a parte inicial da peça é um pequeno prelúdio que cria um ambiente de divindade celeste preparando assim a entrada do Coro, quando os contraltos em uníssono cantam: Vós que vagueais na luz, lá em cima, sob chão macio…. À medida que a obra avança, “cria-se um diferente tema subitamente novo, forte e rápido. Deixa-se o céu e chega-se à terra, onde o sofrimento faz parte da vida humana e a incerteza é uma constante”, explica o maestro Roberto Duarte.
Romantismo em destaque – Sinfonia nº 4 encerra o concerto. Considerada a melhor obra de Brahms e a mais significativa do estilo romântico, que imortalizou o compositor, a composição traz quatro movimentos que criam diferentes cenários musicais. O primeiro movimento, Allegro ma non troppo, é o ápice da dramaticidade e do romantismo de Brahms, aponta o maestro. “Os violinos anunciam o primeiro tema, que é uma melodia relativamente fragmentada. Uma transição com motivos rítmicos nas madeiras conduz ao segundo tema nos violoncelos e trompas, repetido pelos violinos. Seguem-se o desenvolvimento e a reexposição na forma sonata”.
O último movimento da peça, Allegro energico e passionato, é um claro exemplo de passacaglia, estilo de origem espanhola que é baseado na variação musical sobre um baixo a partir de um mesmo tema. O maestro Roberto Duarte ressalta que Brahms se inspirou no motivo principal da Chaconne da Cantata BWV 150 (Nach dir, Herr, verlanget mich) de J. S. Bach para produzir o seu tema de oito compassos. A peça foi composta entre os anos 1884 e 1885 e obteve grande sucesso desde a sua primeira apresentação em outubro de 1885.
Data: 14 de abril
Horário: 12h
Local: Grande Teatro Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Entrada Gratuita
SINFÔNICA EM CONCERTO
Data: 15 de Abril
Horário: 20h30
Local: Grande Teatro Palácio das Artes
Entrada: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia)
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