Saudade de Cuba desembarca em Copacabana em dezembro

Cubanía é o que os cubanos levam dentro de si, quando saem da pequena ilha. Cubanía é o rum, o tabaco, a música. Cubanía é a saudade que os cubanos que deixam Cuba têm. E, em dezembro, Cubanía será, também, a exposição que o artista plástico Jorge Mayet apresentará na Galeria Inox, com uma obra que está sendo produzida especialmente para a mostra.

A grande instalação, explica Jorge, será como uma explosão. Mas não uma explosão negativa. E, sim, como uma explosão que faz com que as coisas se espalhem, chegando a outros pontos. Assim como Cuba. “É uma explosão como algo que se expande a toda parte, uma explosão de uma ilha pequena”, comenta Jorge, fazendo referência a seu país.

Além dessa obra, outra escultura estará exposta na Galeria Inox. Uma casa que levita, se destrói, se reconstrói. Uma casa que representa a arquitetura típica de Cuba, que quem não tinha dinheiro para construir, a fazia. Os cubanos, em geral, quando representam a paisagem de Cuba, incluem a casa na obra. E isso sempre intrigou Jorge – e o irritou. Foi preciso sair do país para compreender a importância de um objeto tão marcante. A casa, assim como as árvores – principalmente o flamboyant e a ceiba, esta última o artista leva tatuado no braço –, são as raízes dele e estão sempre na obra deste artista plástico, que há 22 anos deixou Cuba.

Em novembro, durante a Feira de Abu Dhabi, dois trabalhos foram comprados pela Salama bint Hamdan Al Nahyan Foundation, uma das mais importantes coleções do Oriente Médio. Atualmente, ele está com uma exposição em Palma de Mallorca, na Espanha. Em dezembro, paralelamente à mostra na Galería Inox, o cubano estará expondo em Hong Kong.