Vanguart apresenta “Beijo Estranho” na Casa Natura Musical

Na quinta, 31 de janeiro, às 21h30, na Casa Natura Musical, a banda Vanguart apresenta o show do seu mais recente álbum, “Beijo Estranho”. Formada por Helio Flanders (voz, violão e piano), Reginaldo Lincoln (voz, bandolim e baixo), David Dafré (guitarra, clarinete e lap steel) e Fernanda Kostchak (violino), acompanhados por Loco Sosa (bateria) e Fabricio Gambogi (teclado), a banda mostrará o repertório do último álbum, além dos principais sucessos dos três discos anteriores, como Meu Sol, Mi Vida Eres Tu, Semáforo, Nessa Cidade e Demorou pra Ser.

Beijo Estranho (trechos do release do álbum, por Marcus Preto)

“Beijo Estranho” (Deck), o quarto álbum de estúdio do Vanguart, é, de longe, o melhor trabalho da banda. É o que tem as canções mais inspiradas. Esteticamente, é o mais ambicioso e também o mais maduro. O mais bem arranjado, o mais bem tocado e cantado.

Em um ajuste de contas com a história, o álbum parece ter chegado para recolocar o Vanguart no posto de ‘a banda mais influente do cenário independente brasileiro‘, que ela chegou a ocupar em 2007, quando os meninos se mudaram de Cuiabá para São Paulo trazendo embaixo do braço o trabalho de estreia, “Vanguart” (dos hits “Semáforo” e “Cachaça”). Aquela aparição teve importância fundamental para a cena que nascia, sobretudo na capital paulista (mas não só nela), e influenciou de imediato a gênese de artistas como Mallu Magalhães, Tiê, Thiago Pethit e Roberta Campos, entre outros.

Entre aquela estreia há dez anos e o “Beijo Estranho” de agora, o caminho do Vanguart foi corrido em ruas não lineares, entre buscas estéticas e questionamentos existenciais. Em 2011, a banda lançou “Boa Parte de Mim Vai Embora” (Deck), segundo álbum de estúdio, de poética pesada e intensa. Negaram justamente essa densidade no trabalho seguinte, o “clean” “Muito Mais que o Amor”, de 2013. Os dois discos eram tese e antítese, recolhimento e expansão, noite e dia, estranhamento e atração. Eram, na real, um processo inconsciente de maturação, que preparou a banda para que chegassem no equilíbrio entre uma coisa e outra que conseguiram agora, em “Beijo Estranho”.