Em dezembro de 2014, a big band Nômade Orquestra lançava seu primeiro disco, Nômade Orquestra, fruto de intensa pesquisa musical dos integrantes Ruy Rascassi (baixo), Guilherme Nakata (bateria), Marcos Mauricio (teclado), Luiz Galvão (guitarra), Fabio Prior (percussão), Beto Malfatti (sax, flauta e pickups), Marco Stoppa (trompete), Bio Bonato (sax barítono), Victor Fão (trombone) e André Calixto (sax tenor, sax soprano e flautas).
Formada no ABC paulista em 2012 — quando a música instrumental começava a fazer barulho novamente com bandas como o Bixiga 70 e a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana –, a Nômade recebeu este nome justamente por não se prender a nenhuma referência específica. “A banda é muito plural, somos dez e cada um tem suas próprias referências, cada um traz uma bagagem”, explica o baixista Ruy Rascassi.
Sem pressa, o grupo passou os últimos dois anos se apresentando em shows, festivais e eventos culturais dentro e fora do Brasil, em uma espécie de “laboratório” ao vivo do primeiro disco, o que lhes rendeu um maior entrosamento e, consequentemente, o amadurecimento da banda, de acordo com Ruy: “Sinto que estamos mais maduros, tocando mais entrosados. O disco novo será uma continuação da pesquisa musical que nos propusemos a fazer em Nômade Orquestra”.
Do palco e das turnês — a última na Europa em outubro e novembro de 2016 –, surgiu a vontade de entrar em estúdio novamente e, em janeiro deste ano, a banda passou duas semanas no Red Bull Studio São Paulo, no centro da cidade, dando forma a seu segundo registro, Entremundos, cuja estreia está programada para maio deste ano. O nome do disco traz a ideia de que a música serve como uma “ponte” entre dois (ou dez) mundos diferentes.
Com a produção assinada pela própria banda e a gravação e mixagem por Rodrigo Funai Costa, Entremundos traz dez faixas inéditas e participações especiais.