O longa-metragem COMO NOSSOS PAIS, de Laís Bodanzky, terá sua estreia mundial na edição deste ano do Festival de Berlim, que acontece entre 9 e 19 de fevereiro. Estrelado por Maria Ribeiro, Paulo Vilhena, Sophia Valverde, Annalara Prates, Clarisse Abujamra e Jorge Mautner, o filme integra a programação da mostra Panorama Especial. O anuncio do festival feito ontem, dia 25 de fevereiro, destaca a atuação dos personagens com suas “paixões individuais e delírios existenciais encenados com uma naturalidade sublime”. “Como Nossos Pais” é uma produção da Gullane e da Buriti Filmes, em coprodução com a Globo Filmes e distribuição da Imovision.
“A estreia mundial é sempre muito importante para um filme, porque define o rumo que ele pode tomar. Ter a oportunidade de exibir “Como Nossos Pais” em um festival da linha A como o de Berlim é realmente uma grande conquista” – afirma Laís. Esse é o quarto longa-metragem da diretora, que festeja também o momento vivido pelo cinema brasileiro no festival alemão. – ‘Como Nossos Pais’ mais um filme nacional a ser anunciado por Berlim, um recorde num evento desse porte. Fico muito feliz de fazer parte desse momento.
“Ter o filme da Laís na seleção oficial do Festival de Berlim nos traz duas grandes alegrias. A primeira é perceber o quanto o cinema dela está em sintonia com os temas e as discussões que serão abordados neste ano na Berlinale e a segunda é a possibilidade de construir uma linda carreira para o “Como Nossos Pais” no mercado internacional” – comenta o produtor Fabiano Gullane. – “Realizar a estreia mundial em Berlim e ainda contar com a Wild Bunch como nossa representante internacional de vendas nos coloca numa excelente posição para o ano de 2017″ – complementa.
O longa conta a história de Rosa (Maria Ribeiro), uma mulher dividida entre o cuidado com as filhas, os afazeres domésticos, a convivência com o marido e a relação conflituosa com a mãe. Em meio a tantos afazeres, ela começa a questionar a sua rotina. – É uma mulher que busca uma nova maneira de se relacionar com a sociedade -, explica Laís, também autora do roteiro ao lado de Luiz Bolognesi.
Rosa é uma mulher que quer ser perfeita em todas suas obrigações: como profissional, mãe, filha, esposa e amante. Quanto mais tenta acertar, mais tem a sensação de estar errando. Filha de intelectuais dos anos 70 e mãe de duas meninas pré-adolescentes, ela se vê pressionada pelas duas gerações que exigem que ela seja engajada, moderna e onipresente, uma supermulher sem falhas nem vontades próprias. Até que em um almoço de domingo, recebe uma notícia bombástica de sua mãe. A partir desse episódio, Rosa inicia uma redescoberta de si mesma.