Em 10 de dezembro é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos e o Canal Futura preparou uma programação especial sobre o tema. A partir do início do mês, às quintas-feiras, 19h, a faixa Mundo.doc apresenta quatro documentários: No dia 1, “Raça” é uma palavra de 04 letras, sobre como aspectos ligados às raças humanas influenciam e condicionam o sentimento de pertencimento e a formação das identidades da população; no dia 8, O Sonho de Shannen, que mostra a luta de uma comunidade indígena canadense para preservar suas tradições dentro do sistema educacional vigente no país; no dia 15, A Guerra não é um jogo, sobre as contradições da Convenção de Genebra; e no dia 22, Boom Populacional, sobre o superpovoamento do planeta e as implicações dos governos controlarem ou não a natalidade.
Ainda dentro da temática, o Futura exibirá dois documentários produzidos pela Agência Pública de Jornalismo Investigativo. “Nóia” aborda políticas de redução de danos para usuários de drogas em SP e “Arrasa, Manxs” trata sobre juventude e diversidade sexual. Os filmes serão exibidos às 19h35 dos dias 1/12 e 8/12, respectivamente.
De 5 a 16/12, às 19h, a série documental “Catavento – Tudo ao seu tempo” lança luz sobre o trabalho infantil, uma grave violação do direito das crianças e adolescentes. Já no dia 11 (domingo), às 18h30, o documentário “My life, My lesson” acompanha por dois anos a rotina de uma adolescente sueca, Felícia, que após perder seu pai biológico, cresce em meio aos maus-tratos do padrasto.
Para fechar, no dia 13, às 22h, o filme “Companheiras” mostra um lado da Ditadura Militar do Brasil pouco comentado: o das mulheres que lutaram ou estiveram ao lado de seus companheiros militantes – mortos e desaparecidos durante este período do Brasil.
“O Futura tem um compromisso com os Direitos Humanos. No Brasil e no mundo. Estamos conscientes que é necessário aprofundar nossos pontos de vista sobre questões étnico-raciais, de gênero, maus tratos e violência doméstica, dentre muitos outros, de modo a garantir que todas as pessoas possam crescer e conviver num ambiente de paz e diversidade de expressões”, conta João Alegria, diretor do Canal Futura.
SAIBA MAIS SOBRE OS DOCUMENTÁRIOS:
MUNDO.DOC
Estreia: 1 de dezembro, às 21h
Exibição: Quintas-feiras, às 21h
Reprise: Sábado, às 21h
Duração: 60 minutos
“Raça” é uma palavra de 04 letras
Diretor: Sobaz Benjamin
O diretor Sobaz Benjamin dirige e atua em Race is a four letter word, um filme que discute, a partir de sua própria experiência como negro, como aspectos ligados às raças humanas influenciam e condicionam a o sentimento de pertencimento e a formação das identidades da população. Partindo da realidade multicultural canadense, Sobaz acompanha quatro pessoas com diferentes olhares e sentimentos sobre a questão racial no país.
O Sonho de Shannen
Diretor: Alanis Obomsawin
O filme mostra a luta de uma comunidade indígena canadense, já relativamente integrada à sociedade, para preservar suas tradições dentro do sistema educacional canadense, em escolas adequadas para as crianças indígenas e com acesso tão fácil quanto o de outras crianças. Os ativistas querem que os indígenas e seus descendentes tenham escolas perto de suas casas, das reservas onde vivem. Eles se apegam, como um mito, à figura de Shannen Koonstachi, uma adolescente que lutava bastante por essa causa e morreu aos 16 anos num acidente de carro. O principal ponto de interesse deste documentário é o entrelaçamento da questão indígena com a educação.
A Guerra não é um jogo
Diretor: Lode Desmet
É excelente o tema deste documentário: as contradições da Convenção de Genebra, uma espécie de regulamento para guerras que existe desde meados do século 19. Acredito que todos que já ouviram falar do que se trata a convenção se pegaram ao menos por um momento pensando em como é estranho o fato de haver regras para algo tão caótico e destrutivo como uma guerra. “War Is Not a Game” aborda a questão de diferentes ângulos: qual a origem histórica do acordo; que pontos ele deixa vago; os dilemas que ele suscita em governos e soldados; e sua inadequação a um tipo de guerra “não clássico”, entre forças de natureza diferente desproporcional, que tem se tornado cada vez mais comum da segunda metade do século 20 para cá.
Boom Populacional
Diretor: Werner Boote
O documentário Population Boom parte de uma questão que vem sendo formulada por setores preocupados com o crescimento populacional: estaria o mundo superpovoado? A partir desta perspectiva, o diretor Werner Boote conduz a narrativa, fazendo entrevistas com pessoas e organizações que protagonizam estas discussões, como por exemplo, a ONU, o governo dos Estados Unidos e o governo chinês. Ao mesmo tempo, visita países que vêm sendo acusados de não promover nenhum controle de natalidade, nos continentes asiático e africano, para descobrir novas abordagens do problema. No decorrer do filme, junto com o narrador, vamos percebendo que a preocupação sobre o crescimento populacional talvez esteja sendo manipulada por certos países, em prol de interesses individuais.
NOIA
Exibição: 1 de dezembro (quinta-feira), às 19h35
Um mergulho no universo da Cracolândia, em São Paulo a partir do programa “De Braços Abertos”. O programa atende usuários de crack e se baseia na redução de danos – não exigindo que seus beneficiários realizem tratamento para a dependência química – o gera grande polêmica. O filme retrata essas ações e a região pela visão dos atendidos pelo programa.
CATAVENTO – TUDO AO SEU TEMPO
Estreia: 5 de dezembro, às 19h
Exibição: de 5 a 16 de dezembro, segunda a sexta-feira, às 19h
“Trabalho” e “Criança” são duas palavras que deveriam ser consideradas opostas dentro de uma mesma frase. Assim, pretende-se seguir com a estrutura do roteiro baseada em oposições, ou seja, mostrar através de comparações o que é o trabalho infantil, como ele deve ser combatido. Com isso, cada episódio deverá esclarecer ao espectador, e trazê-lo para colaborar com o desafio de erradicar o trabalho infantil no Brasil.
ARRASA, MANX
Exibição: 8 de dezembro (quinta-feira), às 19h35
Um retrato da juventude LGBT da periferia de São Paulo e como essa galera empoderada pensa família, trabalho, preconceito, amor, como lidam com as “tretas” do cotidiano e o que sonham para o futuro.
MY LIFE, MY LESSON
Exibição: 11 de dezembro (domingo), às 18h30
O documentário acompanha por dois anos a rotina de uma adolescente sueca, Felícia. Após perder seu pai biológico, a menina cresce em meio a maus-tratos do padrasto. Apesar dos muitos desafios, ela segue na tentativa de ajudá-lo a resolver a sua vida e ser um bom pai.
COMPANHEIRAS
Exibição: 13 de dezembro (terça-feira), às 22h
O documentário mostra um lado da Ditadura Militar do Brasil (1964-1985) pouco comentado, o de mulheres que lutaram ou apenas estiveram ao lado de seus companheiros militantes – mortos e desaparecidos durante este período do Brasil. As companheiras Clara Charf, Ilda Martins, Clarize Herzog, Izaura Coqueiro e Criméia Almeida, contam suas histórias de vida, antes, durante e após perderem seus companheiros na luta pela democracia. Com depoimentos de Cecilia Coimbra e Maria Victoria Benevides.