“Ricardo III”, obra de William Shakespeare, um dos maiores dramaturgos do teatro ocidental, em monólogo do ator Gustavo Gasparani com direção de Sergio Módena, premiadíssimo pela critica, reestreia dia 02 de setembro, sexta, no Teatro Café Pequeno, para curta temporada.
“Ricardo III” vem de temporadas de enorme sucesso, com lotação esgotada e elogios do público e crítica no Rio de Janeiro e São Paulo e nos festivais de teatro de Salvador, Angra, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. Gustavo Gasparani recebeu por este espetáculo os prêmios de melhor ator da APCA 2015 e do FITA 2014 e foi indicado aos prêmios Shell, APTR e Cesgranrio 2014 e Cemig 2015.
Esta reestreia coincide com um momento especial desse “homem de teatro”, que além de ator, assina também como autor, diretor e produtor de vários outros espetáculos. Desde a estreia deste monólogo em 2014, Gasparani já dirigiu os musicais de sua autoria “Samba Futebol Clube”, “Gilberto Gil – Aquele Abraço” (em cartaz no Teatro Clara Nunes até 21 de agosto) e (“SamBRA – 100 anos de samba” (em cartaz na Cidade das Artes até 27 de agosto) e se prepara para a estreia de “Garota de Ipanema – O amor é bossa”, inaugurando o Teatro Riachuelo Rio no dia 26 de agosto, onde assina a direção do texto de Thelma Guedes.
“Ricardo III” narra um pedaço da história da Inglaterra. É um dos primeiros dramas históricos escritos por William Shakespeare e encerra em si um dos contos mais tenebrosamente sedutores que já se ergueram em cena. Sua obra encanta diferentes gerações graças à universalidade dos seus temas e à beleza poética que emerge de sua escrita.
O texto traz uma visão rica dos bastidores políticos no que se refere à imoralidade e à ambição desmesurada para se alcançar o poder. Mesmo tendo se passado pouco mais de quatro séculos, os temas abordados servem para refletirmos sobre o mundo em que vivemos. “Ricardo III” discute a luta por poder, intrigas, e a hipocrisia da política.
Gasparani leva ao palco um monólogo onde interpreta vários personagens (24 no total). Alternando narração e dramatização, interpreta-os num jogo cênico instigante, que revela, não só o conteúdo da obra de Shakespeare, mas também a natureza do próprio teatro. A cada instante, se transforma, convocando o público a usar a imaginação e a embarcar nas inúmeras possibilidades das convenções teatrais.
O figurino de Marcelo Olinto se resume a calça jeans, uma blusa cinza e tênis. No palco estão uma luminária, uma mesa, um quadro negro, pilots, um apagador e um cabideiro, com os quais Gasparani “contracena” em cenário criado por Aurora dos Campos.
Nesse projeto, Gustavo Gasparani e Sergio Módena voltaram a trabalhar juntos. A dupla já havia firmado uma parceria de sucesso em 2012, quando dirigiram o musical “As Mimosas da Praça Tiradentes”, que deu a Gustavo o prêmio Shell de melhor ator. Em “Ricardo III”, Gasparani e Módena também assinaram a adaptação do texto de Shakespeare, que propõe um único ator para “contar” essa história fascinante. Interpretando vários personagens, Gasparani alterna a narração e dramatização, num jogo cênico instigante, que revela, não só o conteúdo da obra de Shakespeare, mas também a natureza do próprio teatro. A cada instante, se transforma, convocando o público a usar a imaginação e a embarcar nas inúmeras possibilidades das convenções teatrais.
Gustavo comenta a experiência: “Foi assistindo à versão de Ricardo III de Laurence Olivier para o cinema, lá pelos meus vinte anos, que me encantei pelo personagem e pela peça. Quando o Sergio me propôs contar essa história para o público, sozinho em cena, me senti instigado pelo desafio. Todos os meus instrumentos de ator estão sendo exigidos no seu máximo, além da proposta remeter ao processo de criação dos meus textos e personagens. Sozinho na minha casa fui criando este universo ficcional com o que encontrava pela frente… de almofadas a cadeiras, todos os objetos foram bem vindos para serem transformados nesta “brincadeira” criativa. Toda essa viagem tendo Shakespeare como companheiro, o meu preferido, e tendo a oportunidade de falar os belos versos traduzidos por Ana Amélia Carneiro de Mendonça (mãe de Barbara Heliodora) durante os solilóquios do protagonista. Para um ator nada poderia ser mais prazeroso.”
Um espetáculo de linguagem popular e acessível, que transita entre a construção poética original de Shakespeare e intervenções narrativas para revelar a alma humana. Assim como fazia Shakespeare em seu tempo.
Texto: William Shakespeare
Adaptação: Gustavo Gasparani e Sergio Módena
Direção: Sergio Módena
Categoria: drama
Elenco: Gustavo Gasparani
Reestreia: 02 de setembro, sexta
Temporada: de sexta a domingo até 25 de setembro
Horário: 20h
Local: Teatro Municipal Café Pequeno
Endereço: Rua Ataulfo de Paiva, 269 – Leblon/ RJ
Preço: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia para casos previstos em lei e Passaporte Cultural)
Bilheteria: de quarta a domingo, das 16h às 20h, ou em http://www.compreingressos.com/
Duração: 90min
Classificação: 12 anos
Capacidade: 80 lugares
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