A coletânea “Buuum Beats Vol.1” (Buuum Trax / Skol Music) já está disponível em todas as plataformas digitais e liberada para streaming no canal da Skol Music no YouTube.
“De uns seis meses pra cá chegamos num ponto em que a qualidade das produções subiu muito”. Disso, surgiu esta seleção de faixas de artistas que fazem parte de um dos setores mais vibrantes da música brasileira atual: a cena bass. O contingente de novos produtores é catapultado por festas que pipocam de norte a sul do país. Entre as mais conhecidas, estão a Wobble (Rio de Janeiro e São Paulo), Perde a Linha (Brasília), Red Room (Vitória), Metanol (São Paulo) e Creme de La Creme (Porto Alegre).
Bass music é um termo ‘guarda-chuva’ sob o qual se abrigam gêneros como o dubstep, o trap, o drum’n’bass e suas fusões com estilos que vão do pop ao hip hop, da EDM ao electro, passando por uma infinidade de ritmos regionais, do dancehall jamaicano ao nosso baile funk. Nos últimos anos, a cena bass brasileira tem se expandido e ramificado em sub-cenas que vão dos beats abstratos do future bass ao pancadões periféricos do global bass.
“Essa molecada tá bem original. Antes eu sentia que o pessoal estava tentando fazer uma coisa genérica. Agora não”, diz Zegon. Para esta primeira coletânea – sim, ele diz que tem intenção de fazer outras! -, ele escolheu um recorte da bass music mais voltada à pista de dança, em fusões com estilos distintos como EDM, dancehall, baile funk, rasteirinha e até samba reggae. “Eu procurei músicas que eu tocaria no meu set”, justifica.
Aqui temos um belo panorama, com produtores do Rio, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul – e até intrusos da Holanda -, numa espécie de cartão de visitas do que a bass music originalmente brasileira tem para mostrar. Tanto que alguns dos nomes apresentados aqui já figuram em sets de gente como Diplo, Flosstradamus e Branko. “Dá pra ser brasileiro sem ser óbvio”, diz Zegon. Essa coletânea é uma prova disso.