“Guelã”, terceiro álbum da carreira de Maria Gadú, vai ganhar um registro ao vivo. O álbum, lançado em maio de 2015 pelo selo slap (Som Livre), foi indicado ao Grammy Latino na categoria “melhor álbum de Música Popular Brasileira” e, com a turnê homônima, já percorreu as principais cidades do país e países como Itália, Portugal, França, Luxemburgo, Angola, Holanda e Suíça, no nobre Festival de Montreux. Agora, um ano e meio após o início da turnê, a apresentação vai virar um DVD e a gravação será no dia 11 de agosto, às 20h, no Centro Cultural São Paulo – CCSP. O concerto transcorre intimista e tem como adorno cênico apenas uma leitura teatral de iluminação, assinada por Marcos Cicerone “Franja”.
Produzido pela própria cantora e compositora, “Guelã” contou com coprodução de Federico Puppi, que também participou da gravação do disco tocando cello e baixo. E, além dos vocais, a artista ainda assume a guitarra e o violão. O álbum foi gravado e mixado na Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, por Rodrigo Vidal.
“Guelã” traz a identidade da cantora, que cuidou de cada detalhe. “É um disco feito a pouquíssimas mãos. Trabalhei meticulosamente em cima dele dentro de casa, com preciosismo e cuidado. Não é um apanhado de canções, todas elas têm a ver entre si. Nos meus outros lançamentos, desde 2009, trabalhei com pessoas muito boas, mas desta vez senti a necessidade de me desafiar e ver quem eu era. Foi muito legal e diferente. Nesse momento, eu sou exatamente o que está ali no disco”, revela a artista.
Neste trabalho, Maria Gadú transcende as expectativas trazendo sonoridades inovadoras, sustentadas por um álbum muito bem-conceituado e amarrado – desde suas sensíveis músicas até seu belo projeto gráfico. A arte e concepção são assinadas pela cantora, Lua Leça e Luisa Corsini com foto de capa do acervo da artista plástica Catharina Suleiman.
Para Maria, a experiência musical e pessoal adquirida nestes quatro anos estão refletidas em “Guelã”. “É um disco diferente dos outros. Muita coisa aconteceu nesse meio tempo: viajei, fiz música lá fora e tive a oportunidade de conhecer outros artistas, de outras nacionalidades”, explica a cantora sobre as influências sob o novo trabalho.