MAIS FORTE QUE BOMBAS (Louder Than Bombs) será distribuído nos cinemas brasileiros pela Vitrine Filmes e estreia em 7 de abril. O longa de Joachim Trier teve sua estreia mundial na Seleção Oficial do Festival de Cannes do ano passado, além do Cavalo de Bronze de Melhor Filme no Stockholm Film Festival e a menção honrosa no Norwegian International Film Festival. Seu longa anterior, “Oslo, 31 de agosto”, já havia sido selecionado pela Mostra Um Certo Olhar – Cannes – em 2011. O elenco estelar de Mais Forte Que Bombas conta com o indicado ao Oscar Jesse Eisenberg, a vencedora do prêmio de melhor atriz em Cannes, Isabelle Huppert e o vencedor do Globo de Ouro, Gabriel Byrne.
“Foi especialmente gratificante descobrir o paradoxo que é a especificidade cultural que tornou os filmes interessantes e universais. Aprendendo com isso, fizemos muitas pesquisas extensas sobre estas características e personagens norte-americanos antes de nos aventurarmos em “Mais Forte que bombas”. Eu honestamente acredito que, mais do que ser definido pela língua que você fala, como um cineasta você cria estilisticamente uma história na sua própria linguagem cinematográfica. Outro ponto sobre trabalhar em inglês foi a possibilidade de trabalhar com incríveis atores internacionais, algo que eu queria fazer há um longo tempo” – comenta o diretor sobre o seu primeiro trabalho nos Estados Unidos.
Uma exposição celebrando a fotógrafa Isabelle Reed (Isabelle Huppert) três anos após sua morte prematura traz seu filho mais velho Jonah (Jesse Eisenberg) de volta para a casa da família – forçando-o a passar mais tempo com seu pai Gene (Gabriel Byrne) e com seu recluso irmão mais novo Conrad (Devin Druid) do que ele passou em anos. Com os três sob o mesmo teto, Gene tenta desesperadamente conectar-se com seus dois filhos, mas eles lutam para reconciliar seus sentimentos em relação à mulher que eles se lembram de maneira tão diferente.
Ainda segundo Trier, “…o título reflete o equilíbrio entre as pequenas e tenras dores da vida familiar em oposição às grandes ambições e experiências de uma mãe que está trabalhando no exterior como fotógrafa de guerra. A incomparabilidade da dor é algo que eu acho intrigante. É claro, é o título do primeiro álbum americano da banda “The Smiths”, uma compilação de suas músicas a medida em que eles se aproximavam da América pela primeira vez. Mas o filme não é sobre guerra nem sobre “The Smiths”. Eu também descobri que a banda “The Smiths” também emprestou o título da poeta americana Elizabeth Smart e seu livro “By Grand Central Station I Sat Down and Wept”. E eu amei que aquelas palavras tinham uma proveniência especificamente americana enquanto trabalhei neste filme que se passa nos EUA”.
O filme se passa 3 anos após a morte da fotógrafa de guerra Isabelle Reed (Isabelle Huppert) e aborda diversas questões sobre as consequências da morte de um membro dentro da família. “Isabelle Reed é inspirada por muitos fotógrafos de guerra proeminentes que eu conheci ou estudei, mas não se trata de uma história sobre esta profissão em si. A história é sobre as relações entre pais e filhos e as dificuldades de uma família” diz Trier.