A bem sucedida parceria entre Disney/Pixar apresenta nessa semana seu mais novo filme, a aventura O Bom Dinossauro. Trazendo uma história para toda família, a animação tem como ponto inicial um pressuposto bastante interessante, abordando uma inusitada amizade entre um dinossauro adolescente e um jovem menino humano. Assim como é de costumo nos projetos realizados por ambos estúdios, este filme tem um atmosfera bastante emotiva, carregado de sentimentos de amizade, família e claro de muita aventura e superação.
Visualmente bonito e com personagens, até certo ponto, carismáticos (destaque claro para o “jovem das cavernas”) o filme tenta em seus minutos iniciais carregar um bom ritmo, mas infelizmente ao longo da exibição vai se mostrando enfadonho devido suas escolhas equivocadas para diversas situações. O Bom Dinossauro possui, sim, uma ideia bastante interessante e inovadora no fato de retratar o Homem e os Dinossauros juntos em uma era (numa linha do tempo alternativa), aonde ambos conseguem trocar experiências e, claro, aprender novos sentimentos, porém a escolha de manter toda a estrutura e elementos, com referências contidas em O Rei Leão, acaba afastando um pouco de um sentimento real e verdadeiro. Pois é evidente como o longa consegue transparecer uma emoção maravilhosa, porém a todo momento esse sentimento é interrompido com elementos, que nitidamente, foram transportados do clássico da Disney.
O roteiro escrito por Meg LeFauve, responsável pelo excelente longa Divertida Mente, transporta o público para uma visão alternativa e fantasiosa do que teria aconteceria caso o asteroide que atingiu a Terra, tivesse errado o alvo. Assim começa a aventura, aonde somos logo de cara apresentados a simpática família de dinos, que traz o nosso protagonista. O desenvolvimento a principio e feito de forma esclarecedora, basicamente focando em nos ambientar na era em questão e os devidos personagens.
O assustado Arlo, um dinossauro adolescente, desde pequeno senti-se inferior aos outros irmãos e acaba demonstrando insegurança em quase tudo que faz. Relutante em deixar seu medo conduzir suas ações, Arlo tenta superar tais desafios impostos por seus irmãos, um espesse de competição familiar. E nesse momento que o roteiro começa a se abrir completamente, logo após de se perder da família, Arlo, acaba adotando o jovem menino humano (que chama carinhosamente de Spot) que mais a frente se torna seu fiel escudeiro e amigo.
Em seu primeiro trabalho com maior repercussão, estreando em longas, o cineasta Peter Sohn traz uma direção e condução de cenas bastante harmônica para história. Se utilizando de planos abertos, explorando o máximo dos cenários da animação. Os efeitos visuais conseguem misturar animação com imagens reais da natureza, o que o torna visualmente bonito, com uma estética realista, com um ambiente que simula filmes live action, porém se utilizando 100% de personagens animados.
A animação O Bom Dinossauro sem dúvida alguma irá emocionar e encantar os mais sensíveis, mas jamais surpreender e inovar, podendo dessa forma decepcionar muitas pessoas que gostam de uma história original.
O Bom Dinossauro (The Good Dinosaur)
Direção: Peter Sohn
Roteiro: Meg LeFauve
Gênero: Animação | Comédia | Aventura
Distribuidora: Walt Disney / Pixar
Elenco vocal (em inglês): Jeffrey Wright, Frances McDormand, Maleah Nipay-Padilla.
Estreia no Brasil em: 07 de Janeiro de 2016.
Avaliação (4/10)