A sétima encenação da mundana companhia “Na Selva das Cidades – Em Obras” será apresentada nos dias 28 (Quadros 1 e 2), 29 (Quadro 3), 30 (Quadros 4, 5 e 6), 31 (Quadros 7, 8 e 9) de outubro e 01 (Quadros 10 e 11) de novembro no Instituto Cultural Capobianco. As apresentações marcam o movimento da mundana companhia no sentido de compartilhar com o público o processo de investigação realizado entre outubro de 2014 e maio de 2015 em torno dos temas propostos no texto ‘Na Selva das Cidades’, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. (A primeira experiência foi em São José do Rio Preto, nos dias 08 e 09 de outubro.)
Seguindo os 11 quadros propostos no texto original e o princípio adotado pela mundana companhia de realizar um trabalho teatral declaradamente em contínuo processo de revisão em todos os seus aspectos artísticos, cada ocupação levará em conta o espaço onde será apresentada e a fluidez inerente a este trabalho em permanente construção-destruição-construção-destruição…
“Embora sigamos uma linha estética que nos foi apontada pela pesquisa que fizemos na cidade de São Paulo entre outubro de 2014 e maio de 2015, estamos cientes de que não podemos dar uma só resposta às questões apontadas no texto. Fazemos um trabalho “aberto” para que o tempo, os artistas envolvidos nele, o público e a própria dinâmica do trabalho possam nos dar respostas que possam, inclusive, serem negadas no decorrer da vida do trabalho. Este é o caráter do ‘EM OBRAS’, explica Aury Porto, ator fundador da mundana companhia.
Além de inúmeras análises do texto e mesas interdisciplinares com profissionais convidados pela mundana companhia, foram 14 imersões coletivas em contraditórios e distintos territórios da cidade de São Paulo (Favela Ipanema e Favela do Escorpião em Aricanduva, Arthur Alvin, Itaquera, Região do Baixo Augusta, Região no entorno da Estação da Luz, Represa Billings, Represa de Guarapiranga, Parque Estadual da Cantareira, Morumbi, entre outros) a fim de estabelecer contrapontos entre cada um dos quadros do texto de Brecht e a realidade concreta da luta pela vida e pela sobrevivência na megalópole de São Paulo.
“Uma das imersões, por exemplo, ocorreu na região da Berrini com seus caríssimos prédios de escritórios construídos naquela área depois da remoção de favelas inteiras, e que, ironicamente, fica localizada à beira do poluidíssimo Rio Pinheiros. Essa área que associa especulação imobiliária, especulação financeira e destruição indiscriminada de recursos naturais, relaciona-se com os negócios de madeira do personagem C. Shlink do enredo de Brecht”, comenta Aury.
O texto que será encenado pela mundana companhia foi integralmente traduzido por Christine Rohrig e cotejado com a tradução usada pelo Teatro Oficina em 1969. Porém, ele traz atualizações da história, cortes de textos e alterações de algumas cenas dentro dos quadros.
“Durante a nossa pesquisa investigamos o contexto de diferentes espaços e tempos históricos: Chicago 1912 (onde se passa a história da peça) – Berlim 1923 (encenação da primeira versão do texto) – Teatro Oficina 1969 (montagem histórica do Teatro Oficina dirigida por Zé Celso Martinez Corrêa com cenografia de Lina Bo Bardi) e a São Paulo de 2014/2015. Estamos no tempo das conexões e de uma possível visão abrangente da história da humanidade.”, conclui Aury Porto.
Apresentações:
- dia 28, quarta, às 20h – QUADROS 1 e 2
- dia 29, quinta, às 16h – QUADRO 3
- dia 30, sexta, às 16h – QUADROS 4, 5 e 6
- dia 31, sábado, às 20h – QUADROS 7, 8 e 9
- dia 01 de novembro, domingo, às 20h – QUADROS 10 e 11.
Local: Teatro da Memória – Instituto Cultural Capobianco
Endereço: Rua Álvaro Carvalho, 97 – Centro
Capacidade: 40 lugares
Indicação de faixa etária – 14 anos
Cada dia terá APROXIMADAMENTE 120 minutos de duração.
Tel para informações: 11 3237-1187
Grátis
Horário de funcionamento da Bilheteria: uma hora antes do início do espetáculo
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