Selton volta ao Brasil para lançar single “Cemitério de Elefante”

Prestes a embarcar para o Brasil, o Selton dá um aperitivo do álbum que prepara para o ano que vem. O single “Cemitério de Elefante” acaba de chegar aos principais serviços de streaming e vem acompanhado de um jogo de 8-bits, disponível em www.seltonmusic.com, que premia com download gratuito da música quem alcançar a marca de 300 pontos — no pacote também estão capa e letra do single, e versão alternativa da faixa.

É a primeira de duas canções do disco Loreto Paradiso que o grupo de Milão promete revelar neste ano — a segunda está prevista para dezembro. O novo trabalho, que deve estrear no verão brasileiro de 2016, tem produção de Tommaso Colliva, responsável pelo premiado álbum Saudade, e do próprio Selton. O engenheiro de som italiano, também parceiro de nomes como Muse e Franz Ferdinand, assina a mixagem do disco em seu estúdio em Londres.

“Dizem que quando os elefantes sentem a proximidade da morte instintivamente se afastam de seu grupo e começam uma caminhada solitária. Essa imagem nos veio em mente quando estávamos trabalhando na letra da música e, de alguma maneira, fechava tão bem com o tema que acabou virando título. Fala sobre reflexão, reavaliação das escolhas de vida e expectativas que criamos.” — Ramiro Levy

Gravado entre dezembro de 2014 e março de 2015, no Brasil (na Praia de Atlântida, no Rio Grande do Sul) e nas capitais milanesa e inglesa, Loreto Paradiso sucede o CD e LP que rendeu aos gaúchos Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria “grupo de rock”, presença em listas especializadas de melhores discos de 2013, quatro turnês no Brasil e encontro com o cantor e compositor paulistano Mauricio Pereira — eles regravaram “Pra Marte” e “Eu Nasci No Meio de Um Monte de Gente” na Red Bull Station, no Centro de São Paulo, em junho do ano passado.

Lançado no início de 2013, Saudade reúne composições em português, inglês e italiano, e conta com participação especial do americano Arto Lindsay. Primeiro título trilíngue da discografia dos porto-alegrenses, expandiu o Selton para outros países da Europa e fez a banda ganhar destaque no Brasil.

Um dos nomes mais celebrados da nova geração independente italiana, com concorrida agenda de shows e reconhecimento da crítica no país da bota, o Selton é dono de uma história peculiar: originado nas ruas de Barcelona, na Espanha, onde tocava em parques e praças em meados dos anos 2000, o grupo deu os primeiros passos fonográficos com um disco em que interpreta repertório do cultuado “cantautor” Enzo Jannacci.

O título fez sucesso na Itália, onde o Selton permanece até hoje, e deu segurança para que Ramiro Levy (voz, guitarra e ukelele), Ricardo Fischmann (voz, guitarra e teclado), Eduardo Stein Dechtiar (voz e baixo) e Daniel Plentz (voz, bateria e mpc) compusessem a primeira obra de canções originais, o debute homônimo, de 2010, voltado para o mercado italiano. O álbum alçou a banda até grandes festivais do país e possibilitou uma nova empreitada: o retorno à terra-pátria.

Motivado pela saudade do Brasil, de onde mudou-se há quase uma década, o mais recente trabalho do Selton abre com “Qui Nem Jiló”, versão para o clássico de Luiz Gonzaga. Nas demais faixas, de autoria deles, misturam-se referências de cancioneiro da Itália (a exemplo de Lucio Dalla e o homenageado Jannacci), movimentos como Clube da Esquina e Tropicália, new folk (Devendra Banhardt, Fleet Foxes) e harmonias vocais inspiradas em The Beach Boys e Dirty Projectors.

Loreto Paradiso dá contornos inéditos à elegância pop do Selton, mas mantém a variedade de idiomas do grupo, caso raro de artista que se sente em casa em qualquer lugar do mundo. Além de “Cemitério de Elefante”, eles antecipam para a público brasileiro mais algumas faixas do próximo álbum na turnê que visita Porto Alegre, São Carlos, São Paulo e Rio de Janeiro no fim de agosto.

Agenda

  • 20 de agosto — 20h30 — Porto Alegre — Opinião (Festival Alavanca com Dingo Bells e Maglore)
  • 21 de agosto — 22h — São Carlos — GIG
  • 23 de agosto — 21h — São Paulo — Casa do Mancha (com participação especial de Mauricio Pereira)
  • 28 e 29 de agosto — sempre às 21h — Rio de Janeiro — Oi Futuro Ipanema (com participação especial de Teago Oliveira, do Maglore)

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