Presença brasileira no Festival Internacional de Cinema de Durban

Delegação brasileira de agentes do mercado, com apoio da ANCINE, participou na última semana da 36ª edição do Festival Internacional de Cinema de Durban, que aconteceu entre os dias 16 e 26 de julho, na África do Sul. A agência estava representada pelo seu assessor internacional, Eduardo Valente. Foram encontros, debates e mostras e a oportunidade de aproximar os dois países e suas atividades audiovisuais. “Há quatro anos a ANCINE e o National Film and Video Foundation – NFVF vêm trabalhando no sentido de aproximar de forma orgânica nossas indústrias audiovisuais. Assim, e como os produtores sul-africanos têm estado presentes no Rio Content Market com uma delegação, achamos que era importante apoiar de forma mais organizada uma presença nossa no evento principal do calendário deles. A comprovação do real interesse que existe foi a presença de um público grande na mesa de debates sobre ‘Coproduzir com o Brasil’ que fizemos no mercado. Os laços estão já bem amadurecidos, e logo vão frutificar”, antecipa Eduardo Valente.

Cinco empresas brasileiras produtoras independentes, beneficiadas pelo Programa de Apoio à Participação de Produtores Brasileiros de Audiovisual em Eventos de Mercado e Rodadas de Negócios Internacionais da ANCINE, participaram do Mercado do Filme de Durban, entre 17 e 20 de julho, dentro da programação do festival.

Os contemplados participaram de um encontro entre produtores brasileiros e sul-africanos organizado pela ANCINE e pela National Film and Video Foundation – NFVF a fim de incrementar as possibilidades reais de coproduções entre eles. A ANCINE e a NFVF estão em estágio avançado de negociações para a assinatura de um acordo de coprodução, e durante o Festival de Cannes de 2014 já haviam realizado um primeiro encontro de produtores dos dois países.

Estiveram presentes no Mercado do Filme de Durban as produtoras: Mar Brasilis Produções Culturais (projeto “Gênesis: a busca pelo desconhecido”), representada por João Pasquale; Tu i Tam Filmes (projeto “Agontimé”), representada por Larissa Figueiredo; Ideograph (projeto “Logo ali”), representada por Felipe Haurelhuk; Tambellini Filmes (projeto “Malês”), representada por Érica de Freiras; e Elka Filmes (projeto “O monstro em nós”), representada por Daniel Camargo. “A iniciativa da ANCINE de levar à África do Sul uma delegação brasileira foi maravilhosa. Há um desejo dos dois lados do Atlântico de resgatar o passado que nos une. As semelhanças entre os dois países são inegáveis e estão para todos os lados: na comida, na música, nas pessoas. Foi incrível poder participar de tudo isso e de apresentar um novo projeto nesse contexto. O Mercado do Filme de Durban é um mercado importante e bastante organizado, onde pudemos encontrar não apenas realizadores e produtores de toda a África, como também representantes de fundos, laboratórios e mercados europeus, interessados em projetos que relacionem África e América Latina. Os encontros foram muito ricos e com certeza renderão parcerias bastante produtivas para ambos os lados”, contou a produtora Larissa Figueiredo.

Na parte da programação de filmes, o festival promoveu este ano a mostra Brasil Focus em que foram apresentados onze filmes brasileiros, de longas e curtas metragens. Entre eles, “A História da Eternidade”, do cineasta Camilo Cavalcante, que prestigiou o evento, graças ao Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais e de Projetos de Obras Audiovisuais Brasileiras em Laboratórios e Workshops Internacionais. A mostra teve curadoria da produtora Carla Osório, que apresentou o filme “Cidade de Deus 10 Anos Depois”. “Existe um interesse cultural recíproco entre África do Sul e Brasil, o que nos proporciona um ambiente propício aos negócios e troca de experiência, nos colocando em contato direto com realizadores, produtores, distribuidores e o público africano. Fomos muito bem recebidos por todos. Para mim foi uma oportunidade única, e penso que isso se estenda a toda delegação brasileira. Espero que esta parceria entre a Ancine, DIFF (Durban International Film Fest) e o NFVF possa acontecer nos próximos anos, pois este diálogo deve ser permanente e constante”, comemora Carla, que viajou a Durban por meio do Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais e de Projetos de Obras Audiovisuais Brasileiras em Laboratórios e Workshops Internacionais.

O Brasil estava também representado por André Novais Oliveira, diretor do longa “Ela volta na quinta”, que concorria na Mostra Competitiva do festival.

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