Chega às lojas em março, pelo slap – selo da Som Livre- o novo álbum de Dom La Nena. “Soyo” tem 11 faixas, todas compostas pela cantora, que produziu o disco junto com o músico Marcelo Camelo.
Soyo, Dom La Nena
Dizer que Dom La Nena é uma menina talentosa é dizer pouco sobre a força de sua delicadeza. Ouvir sua música é transformar seu dia. É desacelerar, voltar no tempo ou ter esperança. Dom é uma passarinha. Canta como se sussurrasse. E voa pelo mundo com seu cello desde bem pequena. Canta com a nostalgia dos que não tem lugar e a alegria de estar, por isso mesmo, livre pra viver pelo mundo.
Dom é La Nena, mas sempre teve agenda de gente grande. Tocou nas bandas de Jane Birkin – musa eterna de Serge Gainsbourg-, e de Jeanne Moreau, cantou com Camille – musa do pop alternativo francês -, com Kiko Dinucci. Com seu primeiro álbum, Ela, se apresenta no Sesc Pompéia em São Paulo, no Trianon em Paris, no festival de Jazz de Montréal, no Festival del Bosque em Buenos Aires, no Centro Cultural de Belém em Lisboa. Lançado em 2013, o disco foi elogiado pela imprensa internacional em jornais como o The New York Times, The Wall Street Journal, pela radio americana NPR, a revista Les Inrockuptibles, por aqui por jornais como O Globo. A turnê do disco passou por mais de dez países em menos de dois anos, fazendo ao todo mais de 100 representações.
Seu novo disco, Soyo, tem produção dela junto com Marcelo Camelo. Se encontraram em Lisboa por quinze dias e trabalharam as onze canções dividindo entre eles os instrumentos. Dom compõe, canta e toca. Já tinha gravado sozinha todas as bases, cello e piano. Diz que queria desta vez abrir um pouco as cortinas e colocar um pouco de sol nas novas músicas. Gosta da melancolia feliz de Camelo e quis seu acento na percussão, e no ritmo. Ouve-se piano e tamborim, batuque na caixa de fósforo, uma coisa qualquer de Nara Leão, daquela intimidade que ela imprimia na voz e que Dom também tem. Tem carnaval e tem silêncio. E tem seu cello delicioso. De formação clássica e matriz brasileira. Gosto especialmente do jeito pouco ortodoxo dela tocar seu instrumento. Nas suas andanças por aí, solo ou em duo, o cello vira um violãozinho brasileiro, um ukelele, vira percussivo sem perder sua voz tradicionalmente melódica.
Dom escreve e canta em português, francês, espanhol e inglês. As canções saem assim, a serviço da sonoridade, ela diz. Esse disco é um convite à alegria, à delicadeza. Deixe-se levar por mais esse voo da pequena golondrina. Tenho certeza que vai mudar o seu dia como tem mudado os meus.
Confira as faixas do álbum no link: http://jukebox.somlivre.com/playlist-945589208 .