Na próxima terça, dia 24, o Galpão do Sesc Campinas recebe a 31ª Bienal de Artes de São Paulo – Obras Selecionadas, exposição composta por 30 obras selecionadas do conjunto artístico que integrou a última Bienal, realizada na cidade de São Paulo (SP), em 2014. Para a abertura oficial da Mostra, o Sesc Campinas convida o público em geral a prestigiar o evento a partir das 20h. A entrada é franca.
A partir de diferentes relações entre ideias em torno dos termos “conflito”, “coletividade”, “imaginação” e “transformação”, a curadoria da Bienal selecionou trabalhos de artistas nacionais e estrangeiros. Com o título Como (…) coisas que não existem, a exposição é gratuita e acontece de 24 de março a 07 de junho, de terça a domingo, no Galpão do Sesc.
Para além da possibilidade da visitação, o Sesc Campinas preparou ao público diferentes opções de como adentrar na proposta conceitual trazida pela Bienal. Dentre artistas, ativistas e pesquisadores, 18 profissionais recebem grupos previamente agendados ou formados na hora para percursos, ações educativas e debates relacionados aos temas trazidos pelo recorte das obras. A proposta de recebimento do público em grupos, dá continuidade ao trabalho desenvolvido durante a exposição em São Paulo pelo Educativo da Bienal, entretanto, agora traz ênfase às questões locais da cidade de Campinas. A intenção desse trabalho é que as pessoas se identifiquem com as realidades retratadas nas obras, para que haja uma aproximação da arte contemporânea à realidade das pessoas que visitam a exposição. O agendamento de visitas em grupos, a partir de 11 anos e no máximo de 40 pessoas, com mediação dos educadores da Bienal, pode ser feito pelo e-mail agendamento@campinas.sescsp.org.br, durante todo o período da exposição.
Entre as obras selecionadas para a itinerância em Campinas, destacam-se o vídeo Apelo, filmado por Clara Ianni e Débora Maria da Silva no cemitério Dom Bosco, em São Paulo (construído para receber os cadáveres das vítimas da Ditadura Militar); a colagem It’s Just the Spin of Inner Life, da polonesa Agnieszka Piksa; Não é sobre sapatos, série de imagens registradas por Gabriel Mascaro durante as manifestações de 2013, mas sob a ótica da polícia; Open Phone Booth/ Black Series, da curda Nilbar Güreş, que registra, por meio de fotos e vídeos, as soluções criativas encontradas pelos moradores de Bingöl, no Curdistão turco, para as discriminações sociais geradas pelo governo central; e A Última Aventura, pesquisa de fotografia documental em que a artista gaúcha Romy Pocztaruk registra os resquícios do projeto da Rodovia Transamazônica, projeto faraônico arquitetado durante a Ditadura Militar, no governo Médici.
Com realização conjunta da Fundação Bienal, Sesc São Paulo e Ministério da Cultura, a abertura da 31ª Bienal de Artes de São Paulo – Obras Selecionadas acontece na terça, dia 24 de março, no Galpão do Sesc Campinas, a partir das 20h. As visitações estão liberadas de 25 de março a 7 de junho, de terça a sexta, das 8h30 às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 18h.
Itinerância
Após o encerramento da 31ª Bienal de Artes de São Paulo, no final de 2014, a Fundação Bienal, responsável pelo projeto, abriu um circuito itinerante que pretende levar um recorte da Bienal, até o final de 2015, a seis cidades no Brasil e uma no exterior. Diferentes recortes de obras da mostra Como (…) coisas que não existem viajam para São José dos Campos/SP (24 de fevereiro a 18 de abril, na Faap), Campinas/SP (24 de março a 7 de junho, no Sesc), Juiz de Fora/MG (9 de abril a 31 de maio, no Museu de Arte Murilo Mendes), Ribeirão Preto/SP (27 de abril a 20 de junho, no Museu de Arte Brasileira – Faap), São José do Rio Preto/SP (17 de junho a 30 de agosto, no Sesc), Belo Horizonte/MG (data a definir, no Palácio das Artes e Centro de Arte Contemporânea e Fotografia) e Porto, em Portugal (data a definir). Trata-se da primeira vez que o programa de itinerâncias da Bienal de São Paulo viaja para fora do país desde a sua criação, em 2011.
A renovação das parcerias com as instituições da Faap, Sesc, Palácio das Artes e Museu de Arte Murilo Mendes procuram repetir o impacto que a edição anterior teve com o público destas cidades, levando 184.076 mil visitantes às itinerâncias da 30ª Bienal, em 2013. Para Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, as itinerâncias “buscam expandir os intercâmbios possíveis entre a vida cultural de São Paulo e os espaços expositivos no interior e exterior, projetando as questões da 31ª Bienal rumo a novos públicos e novas direções”.
Sobre a 31ª Bienal de São Paulo – Obras Selecionadas
A 31ª Bienal de São Paulo teve 69 participações de 34 países, incluindo artistas, colaborações individuais e colaborações coletivas. Foram apresentados 81 projetos, dos quais 60% foram comissionados para a exposição. Com curadoria de Charles Esche, Pablo Lafuente, Nuria Enguita Mayo, Galit Eilat e Oren Sagiv, a mostra caracterizou-se pelo foco na vida contemporânea e obras que tocaram particularmente aspectos de religião, conflito social, sexualidade, ecologia e identidade.
Para o conjunto itinerante, que circula por sete cidades até o fim de 2015, foram selecionadas obras de: Agnieszka Piksa, Ana Lira, Armando Queiroz, Arthur Scovino, Asger Jorn, Bruno Pacheco, Clara Ianni e Débora Maria da Silva, Danica Dakić, Éder Oliveira, Edward Krasinski, Gabriel Mascaro, Graziela Kunsch, Gülsün Karamustafa, Halil Altindere, Ines Doujak e John Barker, Johanna Calle, Juan Carlos Romero, Juan Downey, Juan Pérez Agirregoikoa, Marta Neves, Michael Kessus Gedalyovich, Mujeres Creando, Nilbar Güreş, Romy Pocztaruk, Teresa Lanceta, Thiago Martins de Melo, Virgínia de Medeiros, Vivian Suter, Voluspa Jarpa, Walid Raad, Yael Bartana, Yuri Firmeza.
Abertura: Dia 24 de março, terça, às 20h
Período de visitação: De 24 de março a 7 de junho, terça a sexta, das 8h30 às 21h, sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 18h.
Galpão Multiuso do Sesc Campinas
Agendamento de grupos (máximo de 40 pessoas): De 24 de março a 7 de junho, pelo e-mail agendamento@campinas.sescsp.org.br.
GRÁTIS
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