OSB estreia temporada 2015 e celebra 450 anos do Rio com Bachianas Brasileiras na íntegra em dois dias na Cidade das Artes

A semana é de comemorações: 450 anos do Rio (dia 1º), aniversário de nascimento de Villa-Lobos, Dia Nacional da Música Clássica (ambos no dia 5). O evento que celebra todas elas é o concerto de estreia da temporada 2015 da Orquestra Sinfônica Brasileira. Nos dias 7 de março, às 16h, e 8 de março, às 18h, na Grande Sala da Cidade das Artes, o conjunto regido por Roberto Minczuk traz como presente a rara interpretação do ciclo integral das “Bachianas Brasileiras”. Os ingressos já estão à venda na bilheteria da Cidade das Artes e pelo site Ingresso Rápido – http://bit.ly/osbrio450anos.

Compondo a série especial da OSB “Rio 450 anos”, criada para homenagear a cidade com obras de compositores cariocas ou que receberam alguma influência da cidade em sua vida, a apresentação, no dia 7, recebe a soprano carioca Rosana Lamosa nas “Bachianas n°5” e o pianista igualmente nascido na cidade, Jean-Louis Steuerman, no dia 8, protagonizando as “Bachianas n°3”. Minczuk, que ao longo de 20 anos de carreira dedicou atenção especial às composições de Villa-Lobos e tem gravação com a OSESP deste ciclo considerada pela revista Gramophone referência mundial, ressalta a importância do evento.

“A OSB estreia a temporada apresentando o ciclo integral das ‘Bachianas Brasileiras’ em dois dias, isto é inédito para o público carioca. Não é comum de se ver uma apresentação como esta pela complexidade dessas obras. Além desse fator de raridade, estaremos em uma semana de celebração e acredito que será um momento maravilhoso com o público tendo a chance de perceber a unidade da obra de Villa-Lobos e das ‘Bachianas Brasileiras’, que são um patrimônio da música sinfônica nacional” – comemora o maestro.

O concerto apresenta ao público as nove composições do músico nascido no bairro de Laranjeiras criadas entre 1930 e 1945. Entre elas está a famosa “Ária” que compõe as “Bachianas n°5”, também o movimento “Tocata”, mais conhecido como “Trenzinho Caipira”, das “Bachianas n°2”;  a própria “Bachianas n°8” com seus quatro movimentos que, segundo o maestro Minczuk, consegue transmitir traços marcantes da cultura e da música brasileira, mas que ainda é a menos conhecida do público; e a “Bachianas n°9” composta em 1945 em Nova York e interpretada pela primeira vez no Brasil, em 1948, pelo Quinteto de Cordas da OSB sob regência do maestro Eleazar de Carvalho.

Para aqueles que se perguntam do por que do nome “Bachianas”, Minczuk ainda explica que duas paixões nortearam Villa-Lobos a criar estas peças, umas delas foi o compositor alemão Johann Sebastian Bach.

“O que é maravilhoso em Villa-Lobos é essa criatividade e genialidade dele. Toda a ideia das Bachianas surgiu de duas paixões do Villa, a primeira pelo Brasil e por tudo o que é brasileiro, e a segunda pelas obras de Bach. Villa conseguiu encontrar essa semelhança entre as duas paixões. Com as Bachianas ele escreve música brasileira, faz um retrato do nosso país, utilizando-se da complexidade e da energia rítmica das composições de Bach” – completa o regente da OSB.