Celebração. Esse é o tom da Orquestra Sinfônica Brasileira em 2015, ano em que comemora seus 75 de existência e os 450 anos do Rio de Janeiro. E a comemoração se dá, claro, através da música, muita música. A Cidade das Artes e o Theatro Municipal, os dois mais importantes palcos cariocas,
compartilham a programação da festa com a presença de nomes nacionais e internacionais e duas séries que terão o mesmo repertório apresentado em ambas as casas.
A abertura da temporada 2015 será no fim de semana de 7 e 8 de março, na Cidade das Artes, com a interpretação integral das “Bachianas Brasileiras”, sob regência do maestro titular da OSB Roberto Minczuk. Este é o primeiro da série especial de concertos “Rio 450”, uma homenagem ao aniversário da cidade festejado no dia 1° de março.
Já o primeiro concerto das séries de assinatura acontece em 28 de março, com Nelson Freire, no Theatro Municipal, pela série Ametista. Os 75 anos da Orquestra serão comemorados ao longo de toda a programação, mas também ganham um concerto próprio, dentro desta série, regido por Minczuk e protagonizado pelo pianista Arnaldo Cohen, no dia 8 de agosto, também no Municipal.
– É um prazer dividir com os cariocas a nossa comemoração pelos 75 anos dessa orquestra que sempre buscou aliar a qualidade ao acesso do público à música – diz Eleazar de Carvalho Filho, presidente do Conselho da Fundação OSB. – A cidade cresceu e a cultura deve acompanhar essa expansão. A OSB quer levar música a todos os cariocas e por isso optamos em criar séries com os mesmos programas nas duas casas numa forma de integrá-las e valorizar quem frequenta cada uma delas.
Serão ao todo seis séries de assinaturas, o dobro em relação ao ano passado: no Municipal do Rio seguem-se as conhecidas Turmalina, Topázio e Ametista, com quatro apresentações cada. A Cidade das Artes ganha as séries Esmeralda, com o mesmo programa da Turmalina; a Rubi, com o mesmo repertório da Topázio; e a série Safira com quatro concertos. Realizada desde 2007 na capital paulista, este ano a Safira será transferida para o Rio de Janeiro por conta das celebrações dos aniversários da cidade e da Fundação OSB. O período de assinaturas para esta nova temporada se inicia no dia 5 de fevereiro, para as renovações, e entre os dias 26 de fevereiro e 10 de março o atendimento é para novas adesões.
Já na Sala Cecília Meireles acontece a série “OSB na Sala”, que marca a reabertura do espaço, com regência do maestro assistente da OSB, Lee Mills, em grande parte da programação. As apresentações de câmara seguem no programa com nove datas na Cidade das Artes e com a novidade de participação de solistas convidados. Já os Concertos da Juventude acontecem no Centro e na Barra, totalizando seis apresentações no Municipal e doze na sede da OSB.
– A temporada 2015 será repleta de celebrações e de muita alegria: 75 anos de fundação da OSB, 450 anos da nossa Cidade Maravilhosa e dez anos em que estou à frente da OSB! No próximo ano teremos a continuidade do “Ciclo Bruckner” e, pela primeira vez na história do Brasil, faremos a integral das “Bachianas Brasileiras” divididas em dois dias seguidos. Também daremos um destaque especial para a produção dos compositores cariocas, além de trazer grandes solistas e apresentar obras que serão tocadas pela primeira vez no país – fala, animado, o maestro Minczuk.
Convidados ilustres estão confirmados no calendário 2015, entre eles, os pianistas Nelson Freire e Arnaldo Cohen; o violinista e regente israelense Pinchas Zukerman; o violoncelista vencedor do Concurso Tchaikovsky Daniel Mueller-Schott; e a soprano Eliane Coelho. Para o repertório, o destaque fica por conta da interpretação do ciclo completo das “Bachianas Brasileiras”, como também para a celebração dos 150 anos de nascimento dos compositores Carl Nielsen e Jean Sibelius e para a estreia de doze obras: três mundiais, quatro latino-americanas, três nacionais e duas cariocas.
– Celebraremos nossos músicos e nossa música apresentando cariocas, de nascimento ou de escolha: os pianistas Nelson Freire, Arnaldo Cohen, Jean Louis Steuerman e as cantoras Eliane Coelho e Rosana Lamosa, por exemplo. Apresentaremos também obras de compositores do Rio de Janeiro, partindo de Padre José Maurício Nunes Garcia, passando por Villa-Lobos, do qual apresentaremos o Ciclo Integral das “Bachianas Brasileiras”, até contemporâneos como João Guilherme Ripper e Ronaldo Miranda. Compositores internacionais que por aqui viveram como Marcos Portugal, Sigismund von Neukomm e Darius Milhaud e brasileiros como Alberto Nepomuceno, Franscisco Mignone também estarão sendo festejados – declara Pablo Castellar, diretor artístico da OSB.